Por: Daniel Clós Cesar
Não é a primeira vez que escrevo sobre ecumenismo. Por isso quero deixar bem claro já no início do discurso. Não vou me referir ao movimento ecumênico, que tem origem no próprio protestantismo. Vou utilizar o termo ecumenismo num sentido bastante amplo. União de religiosidades ou instituições religiosas de "fés" opostas.
Não muito tempo atrás, seguindo a cartilha do mercado de consumo, uma pastora e um padre estiveram no programa de maior audiência da moralmente decadente tv brasileira. enquanto promoviam seus "ministérios" e CDs, assisti um (que vou considerar em respeito a pastora) grande ato falho de um cristão em rede nacional. Se fora da grande mídia, cristãos são apedrejados, mutilados e queimados vivos por não negarem ao evangelho. Em cadeia nacional, no canal mais visto pelos brasileiros, uma pastora (a quem considero minha irmã em Cristo), não fez distinção entre trevas e Luz. Pelo contrário, produziu um novo pensamento em uma teologia pseudo-cristã:
"Cada um anda na luz que tem"... disse ela.
Preciso, antes de continuar, explicar minha posição a respeito da amizade entre cristãos e católicos, cristãos e muçulmanos, hindus, budistas ou qualquer outro que professe um evangelho diferente daquele pregado por Cristo e seus apóstolos.
Creio, de todo coração, ser possível existir amizade entre pessoas que pensam, agem e fazem construções de mundo antagônicas. Primeiro, independente do credo, TODOS pecaram e destituídos estão da Glória de Deus. Segundo, não importa se é em Jerusalém, em Samaria ou em Nínive, homens e mulheres aguardam as boas novas do Evangelho. Terceiro, não existe mais distinção entre senhor, escravo, livre, grego ou bárbaro... Cristo é tudo em todos.
Deste modo, cristãos não são a melhor classe de pessoas sobre a face da terra... pelo contrário, se cremos nas palavras de Cristo, e certamente cremos: "De todos sereis odiados por causa do meu nome." (Lucas 21.17)
Logo, a questão não é obviamente o padre. Pois ele, dentro dos conceitos do homem de bondade, misericórdia e amor, é muito estimado. A questão é quem ele representa e o que ele prega.
Sei que a referida pastora não acredita existirem várias "luzes", mas sim, que há apenas uma Luz. O resto, são trevas. Não existem "muitas" luzes, como não há outros deuses. Existe um único Deus... uma única luz.
O cristianismo contemporâneo tem se perdido nas ideologias e no pensamento pós-moderno. Como resultado da intolerância do século XX, como dos fascismos europeus, do socialismo e dos regimes militares de direita, a misericórdia de Jesus demonstrada pela adúltera (João 8) passou a ser vista como tolerância. O amor demonstrado por Cristo ali, agora é visto como aceitação.
Ora, foi uma simples aplicação do "misericórdia quero, não holocaustos" (Mateus 12.7). Mas em nenhum momento ele demonstrou tolerância ao pecado daquela mulher. Ou não teria dito: "não peques mais". Sim, ele considerou ser um pecado o adultério, não, ele não a condenou, ele a absolveu... e não, ele não foi tolerante com o pecado... a este, ele condenou... "não peques mais". E não, ele não aceitou que ela permanecesse naquele estado... mas ele radicalmente a transformou... pois ela estava morta, e lhe foi dada a vida.
Não devemos ser tolerantes com os erros. Não devemos deixar de admoestar. E por fim, não devemos colocar o homem no lugar de Deus. Antes de pecar contra Aquele que tem o poder sobre nossas almas, deveríamos considerar nos opor aos que só podem tocar nossa carne. Pois não serão estes últimos a nos julgar, mas o Primeiro.
Portanto, um púlpito consagrado a Deus não pode ser dividido com alguém que serve a outro deus... ou que evoca mortos por intermédio de estátuas mudas. Um ministério forte não é aquele que arrebanha milhares e milhares em torno de sua cidadela, mas aquele que mantem-se integro até a volta de nosso Senhor.
Ainda que criados pelo mesmo Deus... somos absolutamente incompatíveis nas coisas espirituais.
"Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade;" (Isaías 5.20)
Soli Deo Gloria
Fonte: [ Blog do autor ]
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Não muito tempo atrás, seguindo a cartilha do mercado de consumo, uma pastora e um padre estiveram no programa de maior audiência da moralmente decadente tv brasileira. enquanto promoviam seus "ministérios" e CDs, assisti um (que vou considerar em respeito a pastora) grande ato falho de um cristão em rede nacional. Se fora da grande mídia, cristãos são apedrejados, mutilados e queimados vivos por não negarem ao evangelho. Em cadeia nacional, no canal mais visto pelos brasileiros, uma pastora (a quem considero minha irmã em Cristo), não fez distinção entre trevas e Luz. Pelo contrário, produziu um novo pensamento em uma teologia pseudo-cristã:
"Cada um anda na luz que tem"... disse ela.
Preciso, antes de continuar, explicar minha posição a respeito da amizade entre cristãos e católicos, cristãos e muçulmanos, hindus, budistas ou qualquer outro que professe um evangelho diferente daquele pregado por Cristo e seus apóstolos.
Creio, de todo coração, ser possível existir amizade entre pessoas que pensam, agem e fazem construções de mundo antagônicas. Primeiro, independente do credo, TODOS pecaram e destituídos estão da Glória de Deus. Segundo, não importa se é em Jerusalém, em Samaria ou em Nínive, homens e mulheres aguardam as boas novas do Evangelho. Terceiro, não existe mais distinção entre senhor, escravo, livre, grego ou bárbaro... Cristo é tudo em todos.
Deste modo, cristãos não são a melhor classe de pessoas sobre a face da terra... pelo contrário, se cremos nas palavras de Cristo, e certamente cremos: "De todos sereis odiados por causa do meu nome." (Lucas 21.17)
Logo, a questão não é obviamente o padre. Pois ele, dentro dos conceitos do homem de bondade, misericórdia e amor, é muito estimado. A questão é quem ele representa e o que ele prega.
Sei que a referida pastora não acredita existirem várias "luzes", mas sim, que há apenas uma Luz. O resto, são trevas. Não existem "muitas" luzes, como não há outros deuses. Existe um único Deus... uma única luz.
O cristianismo contemporâneo tem se perdido nas ideologias e no pensamento pós-moderno. Como resultado da intolerância do século XX, como dos fascismos europeus, do socialismo e dos regimes militares de direita, a misericórdia de Jesus demonstrada pela adúltera (João 8) passou a ser vista como tolerância. O amor demonstrado por Cristo ali, agora é visto como aceitação.
Ora, foi uma simples aplicação do "misericórdia quero, não holocaustos" (Mateus 12.7). Mas em nenhum momento ele demonstrou tolerância ao pecado daquela mulher. Ou não teria dito: "não peques mais". Sim, ele considerou ser um pecado o adultério, não, ele não a condenou, ele a absolveu... e não, ele não foi tolerante com o pecado... a este, ele condenou... "não peques mais". E não, ele não aceitou que ela permanecesse naquele estado... mas ele radicalmente a transformou... pois ela estava morta, e lhe foi dada a vida.
Não devemos ser tolerantes com os erros. Não devemos deixar de admoestar. E por fim, não devemos colocar o homem no lugar de Deus. Antes de pecar contra Aquele que tem o poder sobre nossas almas, deveríamos considerar nos opor aos que só podem tocar nossa carne. Pois não serão estes últimos a nos julgar, mas o Primeiro.
Portanto, um púlpito consagrado a Deus não pode ser dividido com alguém que serve a outro deus... ou que evoca mortos por intermédio de estátuas mudas. Um ministério forte não é aquele que arrebanha milhares e milhares em torno de sua cidadela, mas aquele que mantem-se integro até a volta de nosso Senhor.
Ainda que criados pelo mesmo Deus... somos absolutamente incompatíveis nas coisas espirituais.
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Fonte: [ Blog do autor ]
1 comentários:
Olá Daniel, eu concordo plenamente com você, tem muitos teólogos modernos querendo misturar luz com trevas.
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