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Os apologistas da confissão positiva fazem um "cavalo de batalha" sobre os termos gregos "logos" e "rhema" que significam palavra, dizendo que há uma distinção entre eles no sentido de que logos é a Palavra escrita, revelada de Deus, e que rhema é a palavra dita, expressa de Deus, que faz com que as coisas sejam realizadas. Desta forma, eles afirmam que podemos usar a palavra rhema para realizarmos no mundo espiritual e físico aquilo que desejamos.
Entretanto, na Palavra de Deus não há sequer uma distinção teológica entre estes dois termos. Todo estudante da teologia sabe que os nomes sempre aparecem na Bíblia para designar uma função ou estado de um ser ou objeto. Por exemplo: o nome Jeová é o designativo da Divindade quando foi manifestada no tempo para a redenção de Israel; e El-Shadai para suprir a necessidade do povo a fim de que a promessa feita a Abraão fosse cumprida na sua totalidade (Êxodo 6.3). E quanto à ênfase dada por Jesus, "em meu nome expulsarão os demônios", nunca quis ele dizer que seria no poder do nome em si, mas na autoridade da pessoa que o nome se refere Jesus Cristo. A ênfase de Pedro, no capítulo dois, e versículo 38 de Atos dos Apóstolos: "e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo", não contradiz o mandamento do Senhor,"batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo".
Na Bíblia Sagrada, nome é o símbolo de autoridade. A sentença grega "epi to onomati Iesou Christou" (em nome de Jesus Cristo), explicita que o batismo deve ser feito na autoridade do nome de Jesus. A preposição grega epi - em nome, de Atos 8.38; a en - no nome, de Atos 10.48 e eis - pelo nome, implica autoridade proprietária e direta legada à uma pessoa! Portanto, acrescentar valores superiores aos nomes mais do que às pessoas que eles representam, seria fabricar uma doutrina panteísta.
O Dr. Russel Shedd afirmou que Pedro não fez distinção sobre estes termos em sua primeira carta, capítulo 1.23-25: "Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra (logos) de Deus, viva que permanece para sempre. Porque toda a carne é como a erva, e toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor; Mas a palavra (rhema) do Senhor permanece para sempre; e esta é a palavra (rhema) que entre vós foi evangelizada".
Como podemos ver, na mente do apóstolo não havia distinção entre estas palavras. Sendo assim fica desfeita a pretensão daqueles que querem forçar uma interpretação e aplicação errônea destes termos.
Na verdade poderíamos definí-los como termos sinônimos: O termo rhema significa “palavra, coisa”; enquanto em logos, os léxicos apresentam uma extensa variedade de significados como: “palavra, discurso, pregação, relato, etc”. Mas ambos os termos coincidem-se.
Alguns chegam ao absurdo de declarar que o texto de 2Crônicas 29, relativo a Ezequias, palavra Rhema. Ora Rhema é termo grego, completamente desconhecido ao hebraico do livro de Crônicas.
Aqui, a heresia dividiria as Escrituras em duas categorias, o que além de ser herético, é histórica e exegeticamente um absurdo. Nisto vemos que o "logos" de Deus não faz mais tanto sucesso quanto o "rhema" da confissão positiva: é a Palavra Turbinada. Só a Palavra não serve... tem que ter a "revelação".
Portanto esta diferenciação entre "logos" e "rhema" não tem base bíblica e representa o momento típico dos dias em que vivemos em se falando de teologia.
Em Cristo!
6 comentários
Olá Bereiano,
Responderparece sensata a sua explicação!
O que me intrigou, como um leigo teológico quase completo, foi só o fato de a própria concordância Strong trazer esse significado disseminado na internet e não o que você mencionou:
http://biblehub.com/greek/4487.htm
Mesmo assim, achei interessante a sua explicação.
Vou conversar com uma colega de trabalho que é grega e ver o que ela diz.
Obrigado.
shalom
Paz e Graça
ResponderAcho bacana seus comentários pois nos leva a refletir e pesquisar sobre seus portes na internet, só lamento que 95% dos leitores são completamente leigos quando se trata do texto original.não concordo com você pois Deus me concedeu alguns privilégios nesta vida e um deles é conhecer o grego koine fica na paz.
No meu ponto de vista, A Palavra é logos enquanto está escrita, mas ao ser falada, se torna rema para todos os que ouve com atenção e intende e aceita o seu significado ou crer nela.
ResponderMATEUScap. 13
15 Porque o coração deste povo se endureceu, e com os ouvidos ouviram tardamente, e fecharam os olhos, para que não vejam com os olhos, nem ouçam com os ouvidos, nem entendam com o coração, nem se convertam, e eu os cure.
A palavra, o termo, o vocábulo, enfim para riqueza de um texto os gregos e a maioria dos povos usam a plurisignificacao. Várias palavras com um mesmo sentido. Logos e Rhema podem ser usadas em um mesmo contexto A palavra de Deus em ação logos ou rhema será sempre VIVA e eficaz para corrigir ensinar salvar ajudar socorrer e edificar vidas.
ResponderEntão, se _logos_ é a palavra escrita, por que Jesus é chamado de Logos em João 1.1?
ResponderAmado irmão. Os significados são os mesmos, embora mais extensivos, também para Logos:
Responderhttp://biblehub.com/greek/3056.htm
Em síntese, não há diferença entre ambas. Consulte o grego em Mateus 12:36-37.
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