Surge o poder constituinte terceirizado capaz de julgar a Constituição inconstitucional

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Por Rubens Teixeira*

A Constituição da República, ou Carta Magna do país, é a norma jurídica de mais alto grau de hierarquia. Sua elaboração é feita por meio de uma Assembléia Nacional Constituinte composta por representantes do povo eleitos. O Parágrafo único do primeiro artigo da Constituição afirma que: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”. A sua alteração, prevista no próprio texto constitucional, pode ser feita por meio do poder constituinte derivado, que também são representantes do povo eleitos para o Congresso Nacional: Câmara de Deputados e Senado Federal.

O legislador constituinte originário previu que a Constituição Federal poderia ser alterada por meio de Emenda Constitucional, o que na doutrina se chama poder constituinte derivado. Esta previsão está no artigo 60 § 2º: “A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros”. Ou seja, a proposta de alteração da Constituição, depois de debatida, deve ser submetida à votação quatro vezes: duas vezes na Câmara de Deputados e duas vezes no Senado Federal. Nas quatro votações, deve obter aprovação de pelo menos 3/5, ou 60%, dos membros de cada casa. O legislador criou essa dificuldade exatamente para evitar que a Lei Maior fosse facilmente mudada. São direitos muito importantes e relevantes que estão contidos na Constituição Federal.

A mesma Constituição, no artigo 226 § 3º, prevê: “Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento”. O Supremo Tribunal Federal é a instância máxima do Poder Judiciário e tem como incumbência fundamental julgar as questões de constitucionalidade. Dizer o que é ou não constitucional. Quem tem o poder de alterar a Constituição, no que pode ser mudado, é o Congresso Nacional seguindo o rigoroso rito do artigo 60 descrito acima.

Cada Poder da República tem as suas atribuições previstas na própria Constituição. Essa divisão é antiga e a sua sistematização remonta ao século XVIII com a Teoria da Separação dos Poderes ou Tripartição dos Poderes do Estado. Esta teoria, desenvolvida pelos filósofos gregos Aristóteles e Platão, foi sistematizada pelo filósofo iluminista Montesquieu no seu livro “O Espírito das Leis” escrito em 1748. A idéia da divisão de poderes visava moderar o Poder do Estado, dividindo-o em funções e dando competências a seus diferentes órgãos, evitando-se a concentração sobre as mesmas pessoas e instituições do poder legislativo, executivo e judiciário.

A decisão do Supremo em considerar a união homossexual uma entidade familiar contraria frontalmente o que diz a Constituição em seu artigo 226. O STF declarou inconstitucional parte do artigo 226 da Constituição ao decidir contrariamente ao próprio artigo. Não caberia ao STF alterar a Lei se ela for anacrônica, como não pode outro poder julgar uma questão judicial se o Judiciário demorar em fazê-lo, ou for anacrônico, ou por demais progressista em seu julgamento. Se o judiciário tardar em decidir uma causa, o cidadão não pode fazer uso arbitrário das próprias razões, pois será imputado como crime, conforme prevê o artigo 345 do Código Penal.

A demora no julgamento ou a demora no trâmite de um processo legislativo é um ônus da democracia. A demora na decisão pode ser fruto de um debate, salutar à democracia. Ademais, o artigo 2º. da Constituição Federal afirma que: “Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si: o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. Não pode um poder avocar para si o que é atribuição do outro sob pena de estar insurgindo-se contra a Constituição.

A alegação de uso de princípios para julgamento se aplica de forma adequada quando a lei não deixa claro de que lado está o direito. Se todo poder emana do povo, as instituições que exercem as suas atribuições não podem ser mais ou menos avançadas em seus conceitos, devem estar em sintonia com o desejo do detentor de todo poder democrático no país. Do contrário, estamos em processo de retorno aos idos da Idade Média, antes de Montesquieu, aproximando-nos do século XVIII e do absolutismo.

A prática de desconsiderar a Constituição e o Legislativo pode levar a uma crise institucional que não será em nada salutar à democracia e à segurança do Estado Democrático de Direito. A partir desta decisão, inaugurou-se uma via de desprezo pelo texto da Carta Magna, fazendo-a parecer uma norma romanceada que permite julgamentos consuetudinários decorrentes de um poder constituinte terceirizado. Parte do poder deixou de ser do povo, contrariando o primeiro artigo da Constituição, e passou a ser do próprio Estado que ficou com feições mais absolutistas podendo, inclusive, legislar e cometer o máximo de inconstitucionalidade ao julgar a Constituição inconstitucional.

*Rubens Teixeira é formado em Direito, doutor em economia, mestre em engenharia nuclear, engenheiro civil, bacharel em Ciências Militares, membro da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil e pastor evangélico.

Site do autor: www.rubensteixeira.com.br

Artigo enviado por e-mail ao Blog Bereianos.
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Por Quê Igrejas Presbiterianas pelo Mundo estão Aceitando Pastores Homossexuais?

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Por Augustus Nicodemus Lopes

Duas denominações presbiterianas acabam de decidir no plenário de suas Assembléias Gerais que homossexuais praticantes podem ser pastores nas igrejas delas.

A primeira foi a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos da América (PCUSA). Veja a notícia aqui:

Igreja Presbiteriana dos EUA permite ministros homossexuais

E ontem, foi a vez da Igreja Presbiteriana da Escócia. Veja a notícia aqui:

Church of Scotland votes on gay ministers


Estas resoluções foram tomadas depois de muitos anos de conflitos internos e discussões teológicas. E em ambas as igrejas, o voto passou com uma maioria apertada. Os pastores, presbíteros, diáconos e membros destas denominações que discordam da decisão, e que por muito tempo lutaram para que ela não fosse aprovada, enfrentam agora o dilema de saber qual é a coisa correta a fazer. Com certeza, muitos sairão para outras denominações ou para formar novas igrejas; outros, ainda, permanecerão na esperança de que um dia as coisas mudem.

A pergunta que não quer calar é como igrejas de origem reformada, que um dia aceitaram as confissões de fé históricas e adotaram os lemas da Reforma, especialmente o Sola Scriptura, chegaram a este ponto? Em minha opinião, o que está acontecendo hoje é o resultado lógico e final da conjunção de três fatores: a teologia liberal que foi aceita por estas igrejas, a conseqüente rejeição da autoridade infalível da Bíblia e a adoção dos rumos da sociedade moderna como norma.

O processo pelo qual estas denominações passaram, uma na Europa e outra nos Estados Unidos, é similar. As etapas vencidas são as mesmas. Primeiro, em algum momento de sua história, em meados dos séculos XIX, o método crítico de interpretação da Bíblia passou a ser o método dominante nos seminários e universidades teológicas destas denominações. Boa parte dos pastores formados nestas instituições saíram delas convencidos que a Bíblia contém erros de toda sorte e que reflete, em tudo, o vezo cultural de sua época. Para eles, os relatos bíblicos dos milagres são um reflexo da fé dos judeus e dos primeiros cristãos expresso em linguagem mitológica e lendária (veja aqui um post sobre liberalismo teológico).

Segundo, uma vez que a Bíblia não poderia ser mais considerada como o referencial absoluto em matérias de fé e prática, devido ao seu condicionamento às culturas orientais antigas e patriarcais, estas denominações aos poucos foram adotando as mudanças culturais e a direção da sociedade moderna como referência para suas práticas.

Terceiro, com a erosão da autoridade bíblica e o estabelecimento da cultura moderna como referencial, não tardou para que estas igrejas rejeitassem o ensinamento bíblico de que somente homens cristãos qualificados deveriam exercer a liderança nas igrejas e passaram a ordenar mulheres como pastoras e presbíteras. As passagens bíblicas que impõem restrições ao exercício da autoridade por parte da mulher nas igrejas foram consideradas como sendo a visão patriarcal dos autores bíblicos, e que não cabia mais na sociedade moderna (veja aqui uma matéria deste blog sobre ordenação feminina).

O passo seguinte foi usar o mesmo argumento quanto ao homossexualismo: as passagens bíblicas que tratam as relações homossexuais como desvio do padrão de Deus e, portanto, pecado, foram igualmente rejeitadas como sendo fruto do pensamento retrógrado, machista e preconceituoso dos autores da Bíblia, seguindo a tendência das culturas em que viviam. A igreja cristã moderna, de acordo com este pensamento, vive num novo tempo, onde o homossexualismo é comum e aceito pelas sociedades, inclusive com a aprovação do Estado para a união homossexual e benefícios decorrentes dela.

E o resultado não poderia ser outro. O único obstáculo para que uma igreja que se diz cristã aceite o homossexualismo como uma prática normal é o conceito de que a Bíblia é a Palavra de Deus, inerrante e infalível única regra de fé e prática para o povo de Deus. Uma vez que esta barreira foi derrubada - e a marreta usada para isto sempre é o método crítico e o liberalismo teológico - não há realmente mais limites que sejam defensáveis. Pois mesmo os argumentos não teológicos, como a não procriação em uniões homossexuais e a anormalidade anatômica e fisiológica da sodomia, acabam se mostrando ineficazes diante do relativismo da cultura moderna. E as igrejas que abandonaram a autoridade infalível da Palavra de Deus acabam capitulando aos argumentos culturais.

Nem todos os que adotam o método crítico são favoráveis ao homossexualismo. E nem todos liberais são a favor da homossexualidade. Mas espero que as decisões destas duas igrejas, que têm em comum a adoção deste método e a aceitação do liberalismo teológico, sirvam como reflexão para os que se sentem encantados com o apelo ao academicismo e intelectualismo da hermenêutica e da teologia liberais.

Veja o artigo relacionado:

Gays e Lésbicas praticantes agora podem ser ministros do Evangelho na Igrejas Luterana Americana

Fonte: [ O Tempora, O Mores! ]
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Devemos ungir com óleo? (2)

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Alguns irmãos questionaram sobre a questão do óleo em Tiago – se ele refere-se a uma unção simbólica ou não (veja os comentários da postagem anterior). Primeiro quero enfatizar quatro pontos antes de continuarmos:


(1) Essa questão não é central a fé e, portanto, o erro nela não é uma heresia (se você não levar para extremos como “extrema unção”). Por isso no começo do ebook clamei para que ninguém o usasse de forma imprudente.

(2) Embora não seja central a fé, podemos observar na história que símbolos não raramente se tornam objetos de idolatria. Então, não devemos ser levianos na questão.

(3) Se você não leu o ebook ainda, sugiro que você o faça antes de continuar. (clique aqui ou na imagem acima para baixar)

(4) No texto que escrevi falo sobre quatro usos atuais de se ungir: (i) consagração de ministros, (ii) simbolismo de recebimento do Espírito Santo, (iii) simbolismo de cura e (iv) consagração de objetos. Afirmo que o NT não prescreve nenhum deles para ser realizado de forma simbólica. Aqui só o (iii) está em debate, pois de fato não há nenhuma outra referência sequer controversa a respeito dos outros três pontos. Logo, fica certo que não há prescrição do NT para ungir com óleo ao consagrar ministros, objetos ou como simbologia de recebimento do ES (não adentrando o debate do pentecostalismo).


Voltando a questão da simbologia ou não do óleo, apesar do ebook já argumentar sobre isso, quero fazer jus e postar o argumento de um respeitável teólogo (Vincent Cheung) que defende a questão simbólica.

Há várias passagens bíblicas que as pessoas usam para tentar justificar o uso da medicina. Tomaremos primeiro Tiago 5:14-15 como um caso representativo, visto que examinar os argumentos a favor e contra o uso da medicina baseado nessa passagem será útil quando estudando diversas outras passagens. A passagem diz o seguinte:

Entre vocês há alguém que está doente? Que ele mande chamar os presbíteros da igreja, para que estes orem sobre ele e o unjam com óleo, em nome do Senhor. A oração feita com fé curará o doente; o Senhor o levantará. E se houver cometido pecados, ele será perdoado.

Donald Burdick diz que deveríamos considerar “essa aplicação de óleo como medicinal antes do que sacramental”. Afinal de contas, “é um fato bem documentado que o óleo era um dos remédios mais comuns dos tempos bíblicos…É evidente, então, que Tiago está prescrevendo oração e remédio”.[28] Veremos que essa interpretação é superficial e irresponsável.

Em primeiro lugar, nem todo erudito bíblico crê que o apóstolo Tiago está recomendando o uso de remédios. Por exemplo, E. Gibson escreve: “Se…o óleo era usado como um remédio real, (1) porque ele tinha que ser administrado pelos presbíteros? e (2) porque a cura é imediatamente atribuída à ‘oração com fé’? Essas questões parecem sugerir que o óleo foi imposto por São Tiago como um símbolo externo, antes do que como um remédio real”.[29] Em adição, Alexander Strauch escreve: “Tiago certamente não era tão ingênuo para acreditar que o óleo era curativo para todas as enfermidades. Podemos assumir que se o óleo fosse necessário para propósitos médicos, ele teria sido aplicado bem antes da visita dos presbíteros…A tarefa dos presbíteros era orar por cura, de acordo com o versículo 15, e é a oração com fé — não o óleo — que restaura o doente…O óleo, portanto, devia ter um significado simbólico”. [30]

Agora, se o óleo sozinho fosse suficiente para curar, então seria desnecessário orar por cura em conjunção com a unção do doente. Mas a passagem faz da oração o fator decisivo: “A oração feita com fé curará o doente” (Tiago 5:5). Contudo, se a oração é o fator decisivo, então o óleo não é um fator necessário; isto é, o óleo em si mesmo não é o meio ou nem mesmo um dos meios na cura. Tiago diz que é a oração que faz com que a pessoa seja curada, e que é o Senhor que a levanta. Não há implicação de que o óleo tenha qualquer parte em fazer a pessoa ser curada.

A Escritura registra casos nos quais Deus curou os casos mais extremos e até mesmo ressuscitou mortos em resposta à oração.[31] Em muitos destes casos, nenhuma substância, tal como óleo, foi usada. Isso significa que a oração sozinha é um meio suficiente para receber cura de Deus, que, conseqüentemente, significa que nenhuma substância possuindo valor médico é necessária quando alguém deseja receber cura dEle.

Mesmo que o óleo possua certas propriedades curadoras, quantos tipos de enfermidades ele pode curar? Tiago não coloca uma limitação nos tipos de enfermidades sobre as quais os presbíteros podem orar usando esse método. Aqueles que dizem que Tiago tinha o valor medicinal do óleo em mente devem também estar preparados para dizer que o óleo é um “cura-tudo”; de outra forma, sua interpretação falha em fazer a passagem ter sentido.

Agora, mesmo que o óleo possua algumas propriedades curadoras, a maioria das pessoas concordaria que a medicina de hoje é muito mais eficaz do que uma aplicação externa de óleo ao corpo. Aqueles que afirmam que o processo descrito aqui depende mesmo que parcialmente do valor medicinal do óleo devem também estar preparados para afirmar que Tiago, se ele estivesse vivo hoje, sugeriria melhores tipos de remédios. Mas não há indicação a partir da passagem que devamos interpretá-la dessa forma.

Aqueles que interpretam essa passagem como significando uma aprovação bíblica para o uso de remédios, não tem garantia para mudar ou igualar “óleo” com “remédio”; portanto, se eles baseiam suas tentativas de unir oração e remédio sobre esta passagem, eles devem continuar a usar somente o óleo como remédio, e nada mais.

Em outras palavras, se Tiago tem em mente o valor medicinal do óleo, ao invés de seu significado simbólico, aqueles que entendem a passagem dessa forma não têm razão para continuar usando óleo quando eles oram pelos doentes, visto que agora possuímos remédios muito mais eficazes. Contudo, a própria passagem não diz que você pode usar algo mais no lugar do óleo, mas que você deve usar o próprio óleo. Por outro lado, se Tiago está considerando o significado simbólico de óleo, então podermos continuar a usá-lo quando orando pelos doentes.

Portanto, a interpretação mais apropriada dessa passagem é que o óleo usado para ungir os doentes é meramente simbólico, e não devemos pensar que haja qualquer valor medicinal no óleo em si. Não há justificação para crer que Tiago tinha em mente algum valor medicinal que o óleo poderia possuir quando ele nos ensina a ungir com óleo e orar pelos doentes. A passagem simplesmente não ensina o uso de remédios, mas somente que Deus curará quando orarmos em fé, e ela estabelece uma forma pela qual podemos cumprir essa instrução. A conclusão é que mesmo que a Escritura permita o uso de remédios, essa passagem particular não diz isso. Mesmo que ela não desencoraje o uso de remédios, ela certamente não encoraja, visto que ela prescreve a oração como a solução para a doença.

[28] Expositor’s Bible Commentary, Vol. 12; Grand Rapids, Michigan: Zondervan Corporation, 1981; p. 204.
[29] The Pulpit Commentary, Vol. 21, “The General Epistle of James”; Peabody, Massachusetts: Hendrickson Publishers; p. 71.
[30] Alexander Strauch, Biblical Eldership; Lewis and Roth Publishers, 1995; p. 258.
[31] Visto que eu já citei alguns deles num capítulo anterior, eu não os listarei novamente aqui.

Por: Vincent Cheung. Excerto do livro Cura Bíblica.
Tradução
: monergismo.com

De fato, a passagem de Tiago não é uma passagem fácil. Existem outras questões, como: a doença é física ou espiritual? A passagem se refere ao dom de cura? Estava este restrito ao tempo apostólico? Não entrarei nestes quesitos, pois não é o foco. Contudo, sugiro que você leia também as seguintes opiniões:

1. João Calvino – Comentário de Tiago 5:14-15 (defende unção simbólica e dom de cura restrita aos tempos apostólicos. Aborda também a questão da extrema unção).

2. Herman Hanko – Oração e Cura (defende doença espiritual e unção simbólica)

3. Augustus Nicodemus Lopes, a quem muito respeito, em seu livro Tiago (Interpretando o Novo Testamento), afirma:

“não posso concordar com aqueles que pensam que óleo era usado como remédio nestes casos. [...] Quanto a pergunta sobre se a orientação de Tiago nessa passagem se aplica hoje, respondo que não vejo objeção textual. Considerando, contudo, os abusos cometidos pela igreja católica e pela igrejas neopentecostais, pastores e presbíteros deveriam cuidar para não incorrer nos mesmos erros e também para não ser levados a essa prática por motivos incorretos. Além do que, deveriam observar criteriosamente o que Tiago recomenda aqui, para não adotar práticas espúrias, supersticiosas e humanas no ministério pastoral, que acabam por corromper a fé dos crentes”.

4. John Piper, pregando na passagem, afirma:

Tiago 5 é uma repreensão aos pastores que nunca tem fé para curar e igrejas que não oram no espírito de Elias. [...] Este é um caso onde a pessoa está tão fraca e acamada que não pode sair facilmente para reunir-se à igreja. Vemos essa condição na expressão “orar sobre” (provavelmente, significando ele estar em uma cama com os anciãos em volta), e nós vemos na declaração “o Senhor o levantará” (o que implica que ele está deitado). Então, a situação em que os presbíteros são chamados provavelmente envolve uma condição física que impede uma pessoa de sair para ter comunhão com os irmãos.


Não julgando ter entendido todo assunto, atualizo brevemente com minhas considerações para continuarmos a boa reflexão cristã, fundamentada no amor de Cristo.

Uma Resposta para “Devemos ungir com óleo? (2)”

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"Todo aquele que ler estas explanações, quando tiver certeza do que afirmo, caminhe lado a lado comigo; quando duvidar como eu, investigue comigo; quando reconhecer que foi seu o erro, venha ter comigo; se o erro for meu, chame minha atenção. Assim haveremos de palmilhar juntos o caminho da caridade em direção àquele de quem está dito: Buscai sempre a Sua face."

Agostinho de Hipona

Fonte: [ Voltemos ao Evangelho ]

Gostaria de parabenizar o Vinícius pelo excelente e-book. Recomendo a todos o download e leitura do mesmo.

Ruy Marinho
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O falso evangelho

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Por Marcos Aurélio de Melo

Nos dias de hoje há muita confusão no meio evangélico. Não podemos negar que são muitos pregadores (nas televisões, no rádio e nas igrejas) que tentam convencer as pessoas com seu estilo e suas convicções. E diante de tantas vozes que falam sobre a Bíblia, alguém já me perguntou: "como posso saber se o evangelho que é pregado na minha igreja não é falso?" Há um grande número de pessoas vendendo "gato por lebre", isto é apresentando um evangelho falsificado ou diluído para agradar às multidões. Então, precisamos recorrer às Escrituras para não comprar "gato por lebre".

Como você pode saber se o evangelho que é pregado na igreja que frequenta não é falso? O caminho correto é comparar o que você ouve na sua igreja com Evangelho que foi pregado por Cristo e explicado pelos apóstolos nas Escrituras. É importante observar o que está registrado na Bíblia, pois somente a Bíblia oferece o autêntico evangelho. Quando as Escrituras são deturpadas, surgem os falsos evangelhos, os ensinos que são contrários ao padrão bíblico. Então eu gostaria de tratar rapidamente sobre três ensinamentos contrários à Palavra de Deus, que geram falsos evangelhos.

1 – Qualquer ensinamento que promete saúde física perfeita nessa vida como resultado da salvação em Cristo é um falso evangelho. Jesus nunca prometeu que os seus seguidores ficariam livres de qualquer problema de saúde e teriam saúde garantida. O crente também sofre de câncer, tem hepatite e pneumonia. E se não for ao médico e tratar corretamente pode morrer destas doenças. Cristo pagou o preço porque o nosso maior problema era o pecado e não doenças físicas. A Sua morte em favor do pecador serviu como livramento da condenação do pecado. Então, se você está ouvindo um evangelho que promete libertar você de seus problemas de saúde, tome cuidado, porque este é um falso evangelho.

2 – Qualquer ensinamento que nega a realidade do céu e do inferno é um falso evangelho. Satanás quer enganar se possível até os crentes. E muitos hoje acreditam nesta ensino errado. Se observarmos o que Jesus ensinava, vamos perceber que ele falou várias vezes sobre o inferno como um lugar real. Não é uma ilusão ou invenção de alguém. O inferno é um lugar de tormento para todos aqueles que rejeitaram a salvação pela fé oferecida por Cristo. Jesus contou a história do rico e de Lázaro para mostrar a situação do homem que morreu confiando em suas riquezas e estava em tormento neste lugar chamado inferno. Então, se você está ouvindo em sua igreja que o inferno é aqui mesmo, tome cuidado, porque este também é um falso evangelho.

3 – Qualquer ensinamento que defende que todas as pessoas serão salvas mesmo sem arrependimento é um falso evangelho. A Bíblia não ensina em lugar nenhum a salvação universal. As pessoas se agarram ao conceito que Deus é amor e não irá condenar ninguém, porque todos são filhos de Deus. Errado! Deus nunca prometeu que todos os homens serão salvos. Então, se você, está ouvindo que não importa como vai viver sua vida aqui e que Deus vai salvá-lo de qualquer jeito, cuidado, porque este também é um falso evangelho.

"Todo ensinamento que você escuta deve ser avaliado à luz da Palavra de Deus, que oferece o padrão absoluto sobre o que é verdadeiro e o que é falso."

Fonte: [ Blog do autor ]
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Uma defesa da apologética reformada

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Uma defesa da apologética reformada -
por Cornelius Van Til

Um diálogo – Sr. White, Sr. Black, Sr. Grey

Temos, primeiro, o não-cristão, que cultua a criatura em vez do Criador. Vamos chamá-lo de Sr. Black. Poderá ser um tipo de pessoa bem “decente”. Em função da graça comum ele pode fazer muita coisa “boa”. Ainda assim, conquanto permaneça em seu estado de não-conversão, ele será tenebroso aos olhos de Deus.

Entretanto, temos um representante daqueles que, pela graça de Deus, tornaram-se adoradores do Criador-Redentor. Será o Sr. White. Certamente, ele está distante de ser aquilo que poderíamos esperar devido ao seu nome. Mas ele foi lavado no sangue do Cordeiro. Em Cristo, ele é alvo como a neve. O Sr. White é um cristão reformado.

Estranhamente, porém, há uma terceira parte, um arminiano, chamado Sr. Grey. Certamente, em Cristo, o Sr. Grey é tão alvo como o Sr. White. O primeiro, acha que o Sr. White é muito severo na avaliação do Sr. Black, mas ele próprio crê que o Sr. Black não seja assim tão tenebroso.

Sequer seria correto, política ou pedagogicamente, requerer que o Sr. Black fizesse uma virada de mente tão completa. Certamente, nem será necessário que tal revolução seja completa nos campos das ciências e filosofias. Muitos dos seguidores do Sr. Black têm defendido valentemente a existência de Deus contra o materialismo, o ateísmo e o positivismo. Até mesmo em teologia, muitos desses discípulos do Sr. Black saltaram em defesa quando Deus foi atacado pelos teólogos do Deus-está-morto. O Sr. Grey, portanto, tipifica o metódo de Aquino-Butler de defesa do cristianismo.

Vamos observar agora a diferença na maneira do Sr. White e do Sr. Grey abordarem o incrédulo Sr. Black com o Evangelho de Cristo.

Digamos que o Sr. Black esteja com dor de dente. Ambos, o Sr. White e o Sr. Grey são dentistas. O Sr. White crê em uma metodologia radical. Ele crê que o Sr. Black deveria ter toda cárie removida dos dentes, antes de obturá-los. O Sr. Grey é uma pessoa mais sensível e carinhosa. Ele não quer que o Sr. Black se sinta mal e, por isso, não quer que a broca penetre tão fundo no dente. Ele, certamente, retirará apenas uma parte da matéria deteriorada, e preencherá a cavidade.

Naturalmente, o Sr. Black achará tudo isso maravilhoso. Infelizmente, o dente do Sr. Black em breve continuará a deterioração. Ele retornará ao Sr. Grey, mas este jamais chegará a um procedimento radical. Por conseguinte, ele jamais resolverá o problema do dente do Sr. Black.

Suponha, agora, que, em vez de procurar o Sr. Grey, o Sr. Black tenha ido ao consultório do Sr. White. Este é radical, muito radical. Usa máquina de raios-X para diagnosticar as condições da boca do Sr. Black. Perfura o dente o quanto é necessário para remover toda a matéria deteriorada. A cavidade é preenchida. E o Sr. Black jamais precisa retornar por causa daqueles dentes.

Esta simples ilustração aponta para uma verdade básica. A Bíblia diz que o homem está espiritualmente morto em seus delitos e pecados. Os credos reformados falam de uma depravação total do homem. A única cura para a sua morte espiritual é a regeneração realizada pelo Espírito Santo, na base da morte expiatória de Cristo. É por meio da luz que a Escritura lança sobre a condição do homem natural que o Sr. White examina todos os seus pacientes. Ele poderá também ligar a luz da experiência, mas insistirá sempre que a experiência deva ser derivada, primariamente, da luz da Escritura. Assim, ele poderá apelar à razão ou à História, mas, de novo, somente da maneira que elas são vistas à luz da Bíblia. Ele nem mesmo toma a experiência, a razão ou a História para corroborar os ensinos da Escritura, mas a Bíblia para examinar todas essas operações. Para ele, a Bíblia e, portanto, o Deus da Bíblia, é como o sol do qual derivam a luz das lâmpadas de óleo, de gás e a lâmpada elétrica.

A atitude do arminiano, Sr. Grey, é bem diferente. Ele usa a Bíblia, a experiência, a razão ou a lógica como fontes de informação igualmente independentes sobre os próprios predicamentos e, portanto, os do Sr. Black. Isto não quer dizer que, para o Sr. Grey, a Bíblia, a experiência e a razão sejam igualmente importantes. Na verdade, não são. Ele sabe que a Bíblia é, de longe, a mais importante. Porém, não obstante, ele constantemente apela aos “fatos da experiência” e à “lógica” sem lidar primeiro com a própria ideia de fato e com a ideia de lógica, nos termos da Escritura.

A diferença é básica. Quando o Sr. White diagnostica o caso do Sr. Black, ele toma como máquina de raios-X, somente a Bíblia. Quando diagnostica o caso do Sr. Black, o Sr. Grey toma primeiro a máquina de raios-X da experiência, depois, a máquina de raios-X da lógica, e finalmente, a máquina de raios-X maior, a Bíblia. De fato, ele poderá tomar tais itens em qualquer ordem, mas sempre haverá de considerá-los como sendo fontes de informação independentes.

(…)

Entretanto, quando o cristão reformado, o Sr. White, tem consciência das riquezas da própria posição, e, realmente, tem a coragem de desafiar o Sr. Black, apresentando-lhe uma chapa de raios-X do seu interior tirada com uma máquina chamada Bíblia, ele enfrenta a acusação de “raciocínio circular”. Ele não apresenta nenhum “ponto de contato” com a experiência. Ele será, também, objeto de crítica do arminiano, por falar como se o cristianismo fosse irracional e por falhar em alcançar o homem das ruas.

(…)

1. Um testemunho consistente

A grande questão à qual desejamos nos referir, agora, é se os cristãos que abraçam a fé reformada também abraçam um método especificamente reformado de raciocínio quando se engajam na defesa da fé.

Essa questão abrangente não pertence meramente aos “cinco pontos do calvinismo”. Quando os arminianos atacam estas grandes doutrinas (depravação total, eleição incondicional, expiação limitada, graça irresistível, perseverança dos santos), nós, como calvinistas, estamos prontos para defendê-las. Cremos que estes cinco pontos são derivados diretamente da Escritura. Mas a questão, agora, em discussão é se, na defesa de qualquer doutrina cristã, os cristãos reformados usariam um método de sua própria construção.

Pode ser prontamente demonstrado que uma resposta negativa a tais questões não poderá ser mantida. Tome, por exemplo, a doutrina da expiação. A doutrina arminiana da expiação não é a mesma que a doutrina reformada da expiação. Ambos, arminianos e calvinistas, afirmam crer no sacrifício substitutivo. Mas o conceito arminiano de expiação substitutiva é colorido, e nós, como calvinistas, creríamos “descolorido”, segundo a visão do “livre-arbítrio”. Segundo a visão arminiana, o homem tem poder absoluto ou final para aceitar ou rejeitar a salvação que lhe é oferecida. Isso implica que a salvação oferecida ao homem é mera possibilidade de salvação.

Para ilustrar: suponha que eu deposite um milhão de reais em sua conta bancária. Ainda assim, fica ao seu critério crer que tal riqueza lhe pertença, e usá-la para cobrir o chão de sua casa com tapetes persas, em vez de fazê-lo com os velhos tapetes puídos que você tem agora. Assim, no esquema arminiano, a própria possibilidade das coisas não mais dependem exclusivamente de Deus, mas, em algumas áreas, dependem do homem. O efeito daquilo que Cristo fez por nós é feito dependente de nós. Não é mais certo dizer que, para Deus, todas as coisas são possíveis.

Fica óbvio, portanto, que os arminianos levaram para o seu protestantismo uma boa porção do levedo do catolicismo romano. O arminianismo é menos radical e menos consistente em seu protestantismo do que deveria ser.

Ora, o Sr. Grey, o evangélico, parece estar confortável quando tenta conquistar o Sr. Black, o incrédulo, à aceitação do “sacrifício substitutivo”. Ele pode firmar os pés em “chão comum” com o Sr. Black em termos daquilo que é possível ou impossível. Observe o Sr. Grey enquanto fala com o Sr. Black.

“Sr. Black, porventura já aceitou Jesus Cristo como seu salvador pessoal? Crê que ele morreu na cruz em seu lugar? Se não, certamente estará perdido para sempre.”

“Bem”, responde o Sr. Black, “acabei de receber uma visita do Sr White, falando sobre o mesmo assunto. Vocês parecem ter um ‘testemunho comum’ sobre a matéria. Ambos creem que Deus existe, que ele criou o mundo, que o primeiro homem, Adão, pecou, e que todos nós merecemos o inferno por causa do que esse homem fez, e daí em diante. Tudo isso me parece muito fatalista. Se, como você diz, eu sou uma criatura, então, não terei nenhum poder final para escolher. Não sou livre. E se não sou livre, então, não sou também responsável. Assim, se eu for para o inferno, será simplesmente porque seu ‘Deus’ assim determinou. Vocês, cristãos ortodoxos, matam a moralidade e todo progresso humano. Não quero ter nada com isso. Até logo!”

“Ei! Espere um pouco”, diz o Sr. Grey afobado. “Eu não tenho um ponto de vista em comum com o ponto de vista calvinista. Nós dois, sim, temos um testemunho comum contra o calvinismo quanto ao determinismo mencionado. É claro que você é livre. Absolutamente livre para aceitar ou rejeitar a expiação que lhe é oferecida. Você mesmo terá de torná-la real para a sua vida. Concordo com você, contra o calvinismo, dizendo que a ‘possibilidade’ é maior do que a vontade de Deus. Nem por um momento eu diria com os calvinistas que o conselho de Deus determina tudo o que se passa.”

“Além disso, calvinistas menos extremistas, como o Dr. J. Oliver Buswell, Jr., virtualmente concordam conosco. Observe o que Buswell disse: ‘Não obstante, nossas escolhas morais são escolhas em que nós mesmos somos causas últimas’. O próprio Dr. Buswell deseja ir além da ‘resposta meramente arbitrária’ de Romanos 9.20,21, que fala sobre o oleiro e o barro, para uma análise bem mais profunda do plano de Deus para a redenção em Romanos 9.14-19, em que Paulo faz um retrato de faraó, dizendo: ‘Para isto mesmo te levantei, para mostrar em ti o meu poder e para que o meu nome seja anunciado por toda a terra’.”

“Eu entendo, então”, replica o Sr. Black, “que vocês, arminianos e calvinistas moderados, opõem-se ao determinismo regular e antiquado do calvinismo histórico das confissões reformadas? Alegro-me em ouvir isso. Dizer que todas as coisas já foram fixadas por Deus desde a eternidade é algo terrível! Dá-me calafrios! O que aconteceria com toda moralidade e decência, se todos os homens acreditassem em tal ensino? Porém, agora, vocês, arminianos e calvinistas abertos, juntaram-se a nós, para proclamar que a ‘possibilidade’ é independente da vontade de Deus. Vocês, assim, com toda a gente boa e com todos os teólogos liberais e neo-ortodoxos, como Barth, tornam possível a salvação para todos os homens”.

“Isso significa, é claro, que a salvação é possível também para aqueles que jamais ouviram falar de Jesus de Nazaré. A salvação, portanto, será possível até mesmo, sem a aceitação de sua expiação substitutiva mediante esse Jesus de quem você fala. Certamente, você não quer dizer, como os calvinistas, que Deus determinou os limites de todas as nações e indivíduos, e assim, no final das contas, determinou que alguns homens, de fato, milhões deles, jamais ouvissem esse evangelho.

“Além disso, se a possibilidade é independente de Deus, como vocês, evangélicos e calvinistas moderados, ensinam, então, eu não preciso ter medo do inferno. É bem possível, ainda, que nem exista inferno. O inferno, você há de concordar, é a tortura que um homem experimenta quando falha em atingir os próprios ideais morais. Assim, não acho que deva me preocupar, agora, com tal aceitação de Cristo como meu Salvador pessoal. Tenho todo o tempo do mundo.”

Pobre Sr. Grey. No fundo, ele realmente desejaria dizer algo sobre ter um testemunho em comum com os calvinistas. No fundo do coração, ele sabe que o Sr. White, o calvinista, e não o Sr. Black, o incrédulo, foi seu amigo verdadeiro. Mas ele assumiu um testemunho comum com o Sr. Black, contra o suposto determinismo do Sr. White, o calvinista, e assim, era-lhe dificultoso, depois disso, voltar a face e assumir um testemunho com o Sr. White, contra o Sr. Black. Ele não tinha nada inteligente para dizer. Seu método de defesa da fé o forçava a admitir que o Sr. Black estava basicamente certo. Ele não deu ao Sr. Black a oportunidade de conhecer o que supostamente deveria aceitar. Antes, seu testemunho havia confirmado o Sr. Black na crença de que não teria necessidade de aceitar a Cristo.

É verdade, é claro, que, na prática, o Sr. Grey é bem melhor em sua teologia e em seu método de representação do evangelho do que ele disse ser. Mas isso é porque, na prática, todo evangélico que realmente ama o Senhor é um calvinista no coração. Como poderia ele, orar a Deus por ajuda, se realmente cresse que haveria possibilidade de Deus não o ajudar? No fundo do coração, todo cristão verdadeiro crê que Deus controla todas as coisas. Porém, a respeito da expiação substitutiva, os calvinistas não podem ter um testemunho comum com os arminianos que tenham, contra ele, um testemunho comum com o incrédulo, sobre a mais importante questão de se Deus controla ou não todas as coisas que ocorrem.

Devemos nos lembrar de que o primeiro requisito para um testemunho efetivo é que a posição defendida seja inteligível. O arminianismo, quando consistentemente conduzido, destrói tal inteligibilidade.

O segundo requisito para um testemunho efetivo é o de que aquele a quem o testemunho é dado tem de entender substancialmente por que deveria abandonar sua posição para aceitar a que lhe é oferecida. O arminianismo, quando consistentemente conduzido, destrói a razão pela qual o incrédulo deveria aceitar o evangelho. Por que haveria o incrédulo de mudar sua posição se não lhe é mostrado o próprio erro? Por que deveria mudar sua posição para a do cristianismo se aquele que o incita à mudança, na verdade, o encoraja a pensar que está certo? Portanto, o calvinista, certamente, tem um melhor método de defender a doutrina da expiação substitutiva do que o do arminiano.

Fonte: [ Monergismo ]
Via: [ 2 Timóteo 3.16 ]
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A Culpa não é minha - João Calvino

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A Culpa não é minha -
por João Calvino

A mente assim temperada para a reverência e a humildade não murmurará contra Deus por causa das calamidades que sobrevieram à humanidade em tempos passados; nem culpará a Deus por crimes que o homem cometeu, dizendo com Agamemnom na llíada:

"A culpa não é minha;

Os culpados são o Céu e o Destino."

O homem humilde de coração preferirá buscar a vontade de Deus, e cumpri-la mediante a ajuda do Seu Espírito.

Quanto aos eventos ainda futuros, aprendemos com Salomão que os propósitos do homem operam em harmonia com a providência de Deus; "O coração do homem traça o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos" (Prov. 16:9]. Estas palavras ensinam que os decretos eternos de Deus não nos impedem, de modo algum, de exercer providência por nós mesmos e de dispor todos os nossos negócios em sujeição à Sua vontade.

E isto não deixa de ser razoável. Pois Aquele que colocou limites à nossa vida também nos comissionou a cuidar dela, nos forneceu modos e maneiras de preservá-la, nos deu poder para prever perigos e nos ensinou a aplicar precauções e remédios. Nosso dever, portanto, é claro. Se Deus entregou a nós o cuidado da nossa própria vida, devemos zelar por ela; se fornece meios, devemos usá-los; se nos adverte de antemão dos perigos, não devemos temerariamente correr ao encontro deles; se fornece remédios, não devemos negligenciá-los.

Há homens que tiram conclusões falsas e temerárias após considerarem isoladamente a doutrina dos propósitos providenciais de Deus. Argumentam: "Por que um ladrão deve ser castigado, se despojou um homem que Deus determinou afligir com pobreza? Por que um assassino deve ser punido, se matou um homem cuja vida atingiu o limite determinado pelo Senhor? Se todos estes agentes estão sujeitos à vontade de Deus, por que devem ser castigados?" Mas nego que os criminosos estejam "sujeitos à vontade de Deus". Estão sujeitos às suas próprias concupiscências malignas.[1]

O coração do cristão, estando totalmente convicto de que todas as coisas estão sujeitas à ordenação de Deus, e de que nada acontece por acaso, sempre olhará em primeiro lugar para Ele; mas dará às causas secundárias seu lugar apropriado. Quanto aos homens, quer bons, quer maus, o cristão reconhecerá que seus planos, desejos, tentativas e poderes estão sujeitos ao controle do Senhor, e que Ele pode virá-los para onde Ele quiser, e frustrá-los quantas vezes quiser. Há muitas promessas que testificam muito claramente que a providência de Deus sempre cuida vigilantemente da segurança dos crentes; talvez baste citar os seguintes: "Confia os teus cuidados ao Senhor, e ele te susterá; jamais permitirá que o justo seja abalado (Sal. 55:22). "Ele tem cuidado de vós" (1 Ped. 5:7). "O que habita no esconderijo do Altíssimo, descansará à sombra do Onipoente." (Sal. 91:1). "Aquele que tocar em vós toca na menina do meu olho" (Zac. 2:8). "Acaso pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti." (Is. 49:15).

E assim, Cristo depois de asseverar que nem sequer um insignificante pardalzinho cai por terra sem nosso Pai consentir, diz-nos que temos mais valor do que muitos pardais, e que Deus, portanto, dispensa cuidados mais abundantes sobre nós, e que devemos descansar-nos na certeza de que os cabelos da nossa cabeça estão todos contados.

Além disso, as Escrituras testificam que todos os homens estão sob o poder de Deus, e que Ele pode ou torná-los bem dispostos para com Sua igreja ou evitar que sua malícia tome efeito. Ele deu aos israelitas graça aos olhos dos egípcios. Derrotou o conselho de Aitofel quando este ameaçava destruir a Davi. O diabo nada podia fazer contra Jó sem a permissão divina.

O conhecimento de tais verdades como estas nos torna gratos na prosperidade, pacientes na adversidade e maravilhosamente confiantes da nossa segurança futura. Em chegando a prosperidade, atribuímo-la à bondade de Deus, quer chegando a nós através da agência dos homens, quer através de outros canais. Quando os homens nos mostram bondade, consideramos que Deus inclinou seus corações para ajudar-nos; e quando temos colheitas abundantes, percebemos que Deus respondeu aos céus, os céus responderam à terra, e a terra respondeu ao seu produto (Os. 2:21-22).

Quando a adversidade nos sobrevém, erguemos nossos pensamentos a Deus, e o saber que Sua mão a enviou, torna-a mais eficaz para produzir a paciência, a submissão e a tranqüilidade da mente. Se José tivesse deixado que seus pensamentos permanecessem fixos na traição dos seus irmãos, nunca poderia ter reavido sua afeição por eles; mas quando considerou a providência de Deus, esqueceu-se o dano que lhe tinham feito, e disse: "Vós, na verdade intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida. Não temais pois; e vos sustentarei a vós outros e a vossos filhos" (Gen. 45:8 e 50:19-21).

Mas embora a vontade de Deus seja a grande causa primária, assim como está escrito: "Eu formo a luz, e crio as trevas; faço a paz, e crio o mal; eu o Senhor, faço todas estas coisas" (Is. 45:7), nenhum homem piedoso fechará seus olhos às causas secundárias.

Na realidade, considerará um homem que lhe faz um ato de bondade como um agente utilizado pela bondade de Deus; mas também sentirá de todo o coração que está endividado para com o agente, e esforçar-se-á para demonstrar sua gratidão de modo apropriado e dentro das suas possibilidades. Se sofrer perda mediante sua própria negligência ou descuido, culpará a si mesmo, embora reconheça nisto a mão de Deus. Se alguém que foi entregue aos seus cuidados morrer devido doença, por causa da sua negligência, considerar-se-á culpado, embora saiba que a duração da vida é fixada pela determinação de Deus. Não fará abuso da doutrina da providência de Deus para apresentar desculpas por nenhum pecado.

Fonte: [ Josemar Bessa ]
Via: [
2Timóteo 3.16 ]

Prática homossexual torna-se cada vez mais garantia contra impunidade e descaso policial

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Por: Julio Severo
Um morto na rua. A polícia cumpriu o seu dever de fazer suas averiguações do crime e comunica o caso ao delegado, que pergunta: “A vítima era gay?”
Quando a resposta é negativa, o delegado diz: “Joguem então esse caso nas estatísticas dos mais de 50 mil brasileiros assassinados todos os anos”.
Não é que a polícia seja amante da impunidade. Com dezenas de milhares de assassinatos ocorrendo, fica difícil para poucos policiais mal pagos e mal treinados resolverem tantos crimes. Tudo o que lhes resta é cuidar dos casos que recebem holofotes.
Em 2007, o menino Gabriel Kuhn, de 12 anos, foi estuprado e esquartejado ainda vivo, morrendo de hemorragia depois que suas duas pernas foram arrancadas a golpes de serra, mas o caso nunca ganhou fama na grande imprensa. Um crime comum — estupro, esquartejamento e assassinato de um menino — não atrai tanto a atenção da mídia quanto o caso de um gay que sofre uma agressão.
A moda é, por causa da pressão do movimento homolátrico, tirar da nuvem negra do descaso somente incidentes onde homossexuais sofrem arranhões, agressões e assassinatos — ou até mesmo, como muitas vezes ocorre, aqueles que simplesmente se sentiram ofendidos. O PLC 122/06, por exemplo, pune o autor de uma simples “ofensa” contra a prática homossexual com uma pena tão pesada quanto leva um estuprador de crianças.
Na classificação dos crimes, a prática homossexual dá a uma vítima o direito de não ser tratada com a mesma indiferença com que são tratadas todas as outras vítimas.
A impunidade que afeta crimes contra bebês, meninos, meninas, rapazes, moças, homens e mulheres está perdendo sua força quando a vítima é viciada naqueles impudicos atos privilegiados, pois legisladores, jornalistas e grupos de direitos humanos colocaram os praticantes do homossexualismo na categoria de indivíduos que merecem atenção VIP.
Se você é homossexual, há agora as delegacias especializadas de “direitos humanos”, onde você terá atendimento personalizado. Há o disque-denúncia gay, para você usar e abusar, denunciando como “homofóbico” até o cão do vizinho que incomoda com seus incessantes latidos. Se você não é gay, você terá de se juntar ao povão e entrar na fila do atendimento público. Afinal, o perfil dos gays é economicamente mais elevado e essa classe endinheirada não pode se misturar com as pessoas comuns. Uma mistura só ocorre quando o gay ricão vai atrás de um rapaz ou menino pobretão para oferecer presentes em troca “daquilo”.
Contudo, os homossexuais não são os alvos preferenciais de assassinatos. Se fossem, haveria dezenas de milhares deles perdendo a vida todos os anos. Quem está perdendo a vida aos milhares são os brasileiros comuns que, de 1980 a 2005, sofreram o astronômico e assombroso número de aproximadamente 800 mil assassinatos. Então você pergunta: “Mas como é que nunca ouvi falar disso?” Simples: eles não eram gays.
Nesse mesmo período de 25 anos, 2.511 homossexuais foram assassinados, de acordo com informações do próprio Grupo Gay da Bahia, fundado por Luiz Mott. Esse pequeno número pode incluir também episódios onde a causa do crime é a paixão irracional de um amante da vítima. Além disso, é supervalorizada e supermaquiada a morte de homossexuais que frequentam, às 2h da madrugada, ambientes de drogas, prostituição e criminalidade.
Embora as vítimas homossexuais não cheguem nem a 1% dos 800 mil brasileiros assassinados, elas se tornaram a estrela principal do “show”. É como se os homossexuais é que somassem 800 mil vítimas, e todos os outros brasileiros não passassem de 2 mil assassinados.
Por ano, são assassinados 122 homossexuais, ou 1 a cada três dias, conforme alegação do sr. Luiz Mott. Em contraste marcante, por ano são assassinados 50 mil brasileiros, 414 a cada três dias, ou 138 por dia. Isso significa que o número de brasileiros mortos por dia é maior do que o número total de homossexuais mortos por ano, indicando, nas palavras de Solano Portela, que “a melhor forma de escapar com vida, no Brasil, é virar gay”.
A maioria dos homossexuais assassinados é de travestis, conforme Oswaldo Braga, presidente do Movimento Gay de Minas, que declarou: “São homossexuais que estão mais envolvidos com a criminalidade, como prostituição e tráfico de drogas, ficando mais expostos à violência”. (Tribuna de Minas, 09/03/2007, p. 3.)
Não se sabe o motivo por que travestis e outros homossexuais, que escolhem ambientes de criminalidade e prostituição, não sofrem uma proporção muito maior de assassinatos. Será que a bandidagem agora tem também medo de ser acusada de “homofóbica”?
Certas atitudes do homossexual perturbado (por homossexual queremos dizer o homem que dá ou recebe o pênis no ânus) passaram a fazer parte integral da propaganda que trata como “homocausto” (holocausto de homossexuais) os 122 homossexuais assassinados todos os anos no Brasil. Esse homocausto na verdade soma uma proporção baixíssima que entra em choque com o quadro imenso de todos os outros brasileiros assassinados. Mas a realidade maior é vencida pela realidade pequena à custa daquelas atitudes típicas de gay espalhafatoso, como mentiras, intrigas, estardalhaços e fofocas, sofisticamente mascarados em linguagem de propaganda.
Com a pressão e opressão da Gaystapo na mídia, que chance tem a vasta maioria das vítimas (que são tratadas como cidadãos de quinta categoria) diante das “vítimas de primeira classe”?
A agenda da homolatrina joga a verdade no chão e exalta a homolatria acima de toda e qualquer estatística e realidade social, ganhando no puro estardalhaço.
No entanto, se os homossexuais são realmente 10% da população brasileira, conforme alegam os grupos gays do Brasil, onde estão então os 80 mil homossexuais mortos no período de 25 anos? Se eles são apenas 5%, então onde estão os 40 mil homossexuais mortos? Se eles são apenas 1%, onde estão os 8 mil mortos?
Com todos os holofotes da mídia no pequeno número de vítimas homossexuais, a impunidade só tende a aumentar para todos os brasileiros, pois mais atenção e policiamento para homossexuais significa menos atenção e policiamento para todos os cidadãos.
Os crimes agora só ficarão protegidos de impunidade conforme a homolatria da vítima. O agredido é gay? O culpado será condenado e preso, sem chance de escapar. A vítima não é gay? Então a polícia está ocupada demais para investigar, dando ao culpado a chance de suspirar de alívio. É a ideologização e idiotização do sistema de punição. É a homolatria privilegiando quem presta culto ao ânus.
Quer que um caso de agressão ou assassinato em sua localidade receba atenção da imprensa, dos políticos e da polícia? Numa sociedade mergulhada na homolatrina, só lhe resta alegar que a vítima é gay. No incidente do menino Gabriel Kuhn, que foi estuprado e esquartejado, o caso dele seria lembrado regularmente em todos os canais de TV e no próprio Congresso Nacional — se o esquartejador não fosse homossexual. E há milhares de outros casos de meninos estuprados que não viram notícia na tela da TV Globo ou da TV Record, porque o estuprador é homossexual.
Quando a vítima é homossexual, holofotes. A “causa” do crime é a “homofobia” e ponto final. Cada caso de “homofobia” se torna motivo para campanhas espalhafatosas em favor de leis para proteger depravados de primeira categoria como se fossem vítimas de primeira classe.
Quando o criminoso é homossexual, manipulação, falsificação e ocultamento, protegendo a prática homossexual de toda desonra. A “causa” do crime é um mistério! A culpa é jogada em tudo e em todos, menos na chamada “orientação sexual”.
A agenda da homolatrina garante atenção VIP para vítimas homossexuais e impunidade para homossexuais que cometem insanidades. Luiz Mott, o líder máximo do movimento homossexual brasileiro, é acusado de defender a pedofilia, enquanto o homossexual Denílson Lopes, professor universitário, tem descaradamente defendido o sexo com crianças. Além disso, um filme brasileiro promoveu abertamente o sexo homossexual entre meninos. Em cada um desses casos, as autoridades jamais tomaram qualquer medida. Contudo, se um pastor ou padre dissesse apenas 10% do que Mott e Lopes disseram sobre sexo com crianças, já estariam — e com muita justiça — presos e completamente desmoralizados com denúncias jornalísticas desde a revista Veja até a Rede Globo.
Na violência generalizada que assola a todos no Brasil, a homolatria agora faz toda a diferença na hora de decidir quais vítimas recebem tratamento de estrela de cinema e quais perpetradores obtêm impunidade.
Fonte: [ Blog do autor ]
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Bancada evangélica pressiona e Dilma proíbe o kit gay

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A presidente da República, Dilma Rousseff, acaba de derrubar o programa do Ministério da Educação chamado de Kit gay pelos opositores - as bancadas evangélica e católica e, principalmente, o militar e deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ).

Em encontro há pouco no Palácio do Planalto com 20 deputados da Frente da Família, a presidente garantiu que o material não será distribuído pelo MEC às escolas públicas do país.

O chamado kit gay é composto por três filmetes e cartilhas, material bancado pelo MEC. Num dos pontos mais polêmicos, nos vídeos, há imagens de meninos de 12 anos se beijando na boca, o que os parlamentares consideraram uma ofensa à honra familiar e um incentivo à homossexualidade infantil. Os vídeos podem ser assistidos no http://www.fenasp.com/.

Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, em declarações à imprensa, ele não acompanhou a confecção do material.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou, nesta quarta-feira, que a presidente Dilma Rousseff determinou a suspensão do material do Ministério da Educação (MEC) de combate à homofobia nas escolas, apelidado de "kit gay". "O governo entendeu que seria prudente não editar esse material que está sendo preparado no MEC. Daqui para frente que todo material que versará sobre costumes será feito a partir de consultas mais amplas à sociedade", afirmou o ministro, em referência aos vídeos e cartilhas que compõem o kit.

De acordo com Carvalho, Dilma vai se reunir com os ministros da educação, Fernando Haddad, e da Saúde, Alexandre Padilha, para discutir sobre o material. "Não se trata de recuo. Se trata de um processo de consulta que o governo passará a fazer, como faz em outros temas também, porque isso é parte vigente da democracia", ressaltou.

Nessa terça-feira, o deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) e outros parlamentares da bancada evangélica da Câmara dos Deputados ameaçaram endossar a convocação do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, para dar explicações sobre a multiplicação patrimonial. Porém, a ameça de usar Palocci como "moeda de troca" não teve adesão total dos deputados evangélicos. “Uma coisa [kit anti-homofobia] não tem nada a ver com a outra [caso Palocci]. Devemos convocar o ministro se acharmos que ele foi desonesto, não para tratar de um assunto que nada tem a ver com a nossa posição”, afirmou o deputado federal mineiro Lincoln Portela (PR).

Após reunião com a bancada evangélica, nesta quarta-feira, o ministro Gilberto Carvalho negou um possível "toma lá, da cá" entre o governo e os deputados. "Nós falamos que eles tomassem as atitudes que achassem consequentes com esse diálogo. Eles é que decidiram suspender aquelas histórias que estavam falando", afirmou.

Fonte: Informe JB, Últimas Notícias
Via: [ Presbiterianos Calvinistas ]

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Qual é a diferença entre legalismo e obediência?

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Por C. Matthew McMahon

Existe um dilema na igreja cristã hoje que será esclarecido facilmente. É caracterizado por pessoas que dizem coisas como “nós somos uma igreja do Novo Testamento”, ou “nós não precisamos mais da Lei porque estamos debaixo da graça”, ou “as pessoas que guardam a Lei são legalistas”. Se você disse coisas como estas no passado, este texto é para você. Iremos observar a diferença entre o que significa ser legalista, e o que significa ser obediente. Há um grande abismo entre os dois significados. Mas parece que muitas pessoas falham em entender o que ambos significam.

Há um argumento na igreja do século XX que é algo do tipo: Jesus cumpriu a Lei, portanto nós não precisamos guardar a Lei. A idéia continua desta forma: E nós não precisamos guardar a Lei porque estamos debaixo da graça de Cristo; não podemos conquistar a salvação por nós mesmos de modo algum, portanto o Antigo Testamento é inválido como regra de vida e prática. Como exemplo, existem muitas pessoas que desconsideram o Sermão do Monte porque Jesus expôs a Lei naquela ocasião. Eles colocariam tudo que, de qualquer forma, aluda ou afirme a Lei no lixo. Eles não dão uma resposta satisfatória de por que Deus, em sua providência, permitiu que o Antigo Testamento fosse incluído em nossa Bíblia, uma vez que ele lida com a Lei. Eles têm certeza de que não precisam disso, mas não podem dar uma boa resposta ao “por que”. Estas pessoas sentem que a observação da Lei, de qualquer tipo, é um ato de legalismo. E eles não querem tornar-se como a igreja da Galácia novamente. Assim, eles fluem na graça, e desviam-se da Lei.

Definir legalismo de uma forma bíblica seria dizer “alguém que toma a Lei e a usa de uma forma que mereça a salvação”. Legalismo é uma tentativa de salvação. Ainda assim, freqüentemente ouvimos o termo usado dessa forma: “Oh, estas pessoas são legalistas”. Os puritanos foram freqüentemente esteriotipados desta forma. Eles eram tão firmes em trazer o significado da Lei, que foram considerados legalistas. Mas se realmente entenderemos a definicação acima, então descobriremos que pessoas que seguem a Lei de Deus de uma forma que não buscam adicionar algo à obra meritória de Jesus Cristo e à sua Cruz não são legalistas. Legalista, por definição, seria dizer que a Lei ajuda a ganhar a salvação. Este foi o problema com os judaizantes. Eles pensavam que guardar a Lei mais crer na obra de Cristo fazia uma pessoa salva. Em Gálatas 5:4, Paulo diz: “De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes”. Existiam alguns que pensavam que ser circuncidado ajudava na salvação. Mas Paulo diz que no momento que você adiciona alguma coisa à obra de Cristo, então você caiu da graça. A obra de Cristo somente justifica o ímpio (Gl 2:16; 3:11-13, 24; 6:13-14). (Solo Christus - Cristo Somente).

Legalistas estão errados. Você não pode usar a Lei para ser salvo. Você não pode guardar os mandamentos como forma de justificação porque ninguém faz só o que é certo e nunca peca (Ec 7:20). Aqueles que tropeçam em um ponto são culpados da Lei inteira (Tiago 2:10). A Lei apresenta o nosso pecado, mas não pode nos salvar. Ela somente nos faz conscientes de nossa necessidade (Rm 7:7).

Ser legalista não é bíblico. Não é uma opção do cristão. Então o que nós faremos? Aqueles que desconsideram a Lei estão certos? Se Cristo dispensa sua graça a nós, e não podemos guardar a Lei, então porque usá-la? Qual o bem da Lei? Deveríamos ser uma “Igreja do Novo Testamento”?

É verdade que o legalismo é errado e enviará uma pessoa ao inferno por crer nele. Gálatas 1:8 afirma: “Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema”. Mas desconsiderar a Lei lançará você no inferno também. Apocalipse 22:14 (KJV) afirma: “Bem-aventurados aqueles que praticam seus mandamentos, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas”. O livro de Apocalipse deixa claro que aqueles que devem entrar na Nova Jerusalém e passar a eternidade com Deus são aqueles que “praticam seus mandamentos”. A palavra “mandamentos” é plural. Isto significa que Deus requer que guardemos mais que um mandamento. E freqüentemente as pessoas nos dirão para guardar o maior mandamento e que isto é tudo. Mas Cristo quer que guardemos todos os seus mandamentos.

Apocalipse 22:18-19 também nos ajuda a mostrar que Deus não quer ninguém diminua sua Palavra de forma alguma: “Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro; e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro”. Ninguém pode tirar ou adicionar algo à Palavra de Deus. Isto significa que devemos guardar a Lei Cerimonial, uma vez que é parte da Palavra de Deus? E que nós temos de sacrificar animais novamente, porque a Lei Cerimonial nos diz isto no Antigo Testamento? Estas são boas questões, e as respostas a estas e questões similares são respondidas com um conhecimento equilibrado da obra de Cristo.

Cristo veio e completou a Lei. Em Mateus 5:17, Jesus diz que ele veio para “cumprir a Lei”. A palavra “cumprir” é plhro,w, {play-ro'-o]. Isto significa “tornar cheio, completar; fazer completo em todo particular, tornar perfeito; levar até o fim, consumar, efetivar (alguma promessa); cumprir; i.e. fazer com que a vontade Deus (como conhecida na Lei) seja obedecida como deve ser, e as promessas de Deus (dadas por meio dos profetas) recebam cumprimento”. Jesus veio para cumprir a Lei e completá-la em nosso lugar. Isto não significa que ele acabou com ela, ou a tornou nula. Este não é o significado da palavra usada.

Em Mateus 5:18, um versículo depois, ele diz: “Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra.” Não somente Jesus não anula a Lei por nós, mas pelo contrário, ele faz justamente o oposto: que diante de sua obra para cumpri-la, nem um “i” ou til deve ser removido. Por causa de sua obra como Salvador sem pecado, Jesus deu aos cristãos a capacidade na salvação de fazer escolhas morais de uma nova forma, com respeito à Lei. Ele guardou a Lei de forma que podemos guardá-la também. A obra de Jesus capacita-nos a correr a corrida de uma forma digna a ganhar o prêmio. Ele não invalida a Lei, mas a coloca diante de nós, sabendo que ele estará trabalhando em nós para guardá-la. E apesar de falharmos em guardá-la, ele trabalha em nós para ultrapassarmos as barreiras.

A noção legalista aqui é destruída. Não guardamos a Lei para sermos salvos. Pelo contrário, ao guardar a Lei mostramos a nós mesmos que já recebemos a salvação por meio da cruz de Cristo. À luz da cruz de Cristo e da libertação do pecado, que recebemos, somos agora livres para guardar a Lei (Gl 4:31).

Cristo requer obediência. Nós não nos tornamos antinomianos. E aqueles que dizem que devemos nos livrar da Lei não são nada além de antinomianos heréticos. Um antinomiano é alguém que é “anti', “contra” ou “contrário”, ao “nomos” ou “lei”. Ele diz que uma pesosa pode ser salva e nunca ter de preocupar-se em viver uma vida de obediência porque estamos debaixo da graça de Cristo. Mas Paulo rapidamente dispensa esta idéia em Romanos, quando ele diz: “E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça? De modo nenhum!” (6:15). Nós não recebemos liberdade para pecar, mas recebemos liberdade para não pecar. E como nós não pecaríamos a não ser que saibamos o que o pecado é? E como nós saberemos o que o pecado é a não ser que sigamos a Lei? “É a lei pecado? De modo nenhum!” (Romanos 7:7). Deus nos deu seus mandamentos para que possamos nos tornar obedientes a seus mandamentos. E nós somos capazes de ser obedientes por meio do sacrifício de seu Filho na cruz por nós. Sem o lavar-se no sangue de Cristo, nenhum homem é capaz de seguir a Lei. Não, nós não somos legalistas, e não somos antinomianos. Nós somos cristãos que desejam fazer a vontade do Pai. Nós somos aqueles que podem dizer com Paulo: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (2Tm 3:16-17). Os antinomianos não podem dizer isto. Os legalistas não podem dizer isto. Somente aquele que é liberto por Cristo para guardar a Lei pode dizer isto, porque ele considera toda a Palavra de Deus como sendo útil. Para quê? Para ser habilitado para toda boa obra.

Nós não somos legalistas quando guardamos a Lei, porque não buscamos a Lei para encontrar a vida. Pelo contrário, a Lei nos apresenta que temos verdadeira vida em nossos corações. Guardamos a Lei para sermos obedientes a Cristo e apresentar-lhe o quanto nós o amamos por ter nos resgatado das influências condenáveis de tentar guardar a Lei para ganhar a vida eterna. Obediência está muito longe de legalismo.

“O que é obediência?” deveria ser a próxima questão a ser respondida. Obediência é expressar o amor de Cristo a Cristo ao guardar a Lei. Cristo produz em nós o fruto do Espírito (Gl 5:22-25). O Espírito produz em nós o amor de Cristo por boas obras; pois é para isto que fomos criados. Deus nos criou para as boas obras (Ef 2:10). O amor de Cristo em nós nos leva a boas obras quando estudamos e observamos a Lei. Em nosso prazer neste trabalho diante de Deus, Deus se compraz, e ele é glorificado. Quando nós nos agradamos em seguir todos os mandamentos de Deus, ele se agrada. Não deveríamos ser obedientes a Deus quando Deus, em numerosas passagens, ordena obediência de nossa parte como representantes de sua Palavra? (Nm 27:20; Isaías 1:19; Atos 6:7; Rm 6:16; 16:19; 16:26; 2Co 7:15; 9:13; Fp 1:21; 1Pe 1:2). Deus requer de nós que sejamos obedientes em toda circunstância, e aqueles que ensinam diferente são lobos malignos disfarçados em pele de cordeiro para enganar o povo de Deus. E é interessante ver que em Mateus 7:15 Jesus chama aqueles que maltratam o rebanho de “loubos roubadores”. Ele diz isto no final do Sermão do Monte, que é uma exposição dos Dez Mandamentos e da vida no Reino. Isto não é coincidência. Deus não quer falsos profetas vindo à igreja contando a ela que não é necessário guardar a Lei. Isto não é nada, senão blasfêmia e heresia contra a Palavra de Deus. Nós devemos nos esforçar para guardar a Lei de uma maneira santa por meio de Cristo.

Assim, nós vemos o grande abismo entre o que signifca ser legalista (guardar a Lei para a salvação) e obediente (guardar a Lei porque fomos salvos). Nós precisamos da Lei para mostrar o nosso pecado. Nós precisamos da Lei para nos dirigir à justiça. Nós precisamos dos mandamentos de Cristo que estão distribuídos por toda a Escritura para alcançar nossa santificação e santidade, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12:14). Salvação não depende de guardar a Lei, pelo contrário, nossa salvação é vista em nós quando guardamos a Lei.

Caminhe por qualquer igreja do século XX neste domingo e pergunte sobre o que significa guardar o Dia do Senhor. Como uma pessoa segue o quarto mandamento? As pessoas olhariam para você perplexas. Elas veriam você como um legalista. E se você não levantasse a questão, isto nunca teria entrado em suas mentes. Mesmo quando eles participam da lição da Escola Dominical, cantam um hino ou dois, e ouvem um sermão, elas esperam a benção final durante o domingo na Igreja e nunca percebem o que o Dia do Senhor significa. Isto é uma piada; é pecado.

Que sejamos o povo da Palavra, da Palavra inteira e nada mais do que a Palavra. Que joguemos fora a heresia do legalismo, e abracemos a obediência a Cristo. Pois, a não ser que obedeçamos a Cristo, nós não temos parte nele. Por isso ele diz: “Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?” (Lucas 6:46). Não somos legalistas quando obedecemos a Cristo, pelo contrário, nós somos cristãos quando o obedecemos.

Traduzido por: Josaías Cardoso
Fonte:[
O Cristão reformado ]
Via: [
Ministério Batista Beréia ]

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Evangélicos tentam anular decisão do STF sobre união homoafetiva

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A Frente Parlamentar Evangélica (FPE) começa a articular investida para tentar anular os efeitos da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à união homoafetiva. O grupo está colhendo assinaturas e vai apresentar um requerimento para a convocação de uma comissão geral no plenário da Câmara dos Deputados, objetivando discutir o assunto.

No último dia 5, a corte máxima da Justiça brasileira decidiu, por 10 votos a zero, reconhecer a união homossexual estável como unidade familiar. Na prática, ela foi equiparada à relação estável entre homem e mulher, permitindo que direitos e deveres comuns aos casais heterossexuais sejam estendidos aos casais do mesmo sexo. Conquista para o movimento gay, desconforto para os segmentos religiosos mais conservadores.

"Achamos que o remédio para isso é o Parlamento aprovar um projeto de decreto legislativo, com fundamento na Constituição Federal, que diz caber ao Parlamento zelar pela sua competência. O remédio que tem é sustar, através do decreto legislativo, os efeitos dessa decisão (do Supremo)", disse o presidente da FPE, deputado João Campos (PSDB-GO). "Agora, se a Casa terá esse mesmo entendimento e irá aprovar, evidentemente, depende de um debate a partir da apresentação desse projeto. Esta é a nossa disposição".

Na avaliação João Campos, o Supremo vem praticando um "ativismo judicial perigoso", invadindo e atropelando a competência do Legislativo.

"Isso é muito ruim para o Estado Democrático de Direito, pois ofende o princípio da separação de poderes, fere o princípio do equilíbrio entre os poderes. O Judiciário não tem legitimidade democrática para alterar nenhuma norma", afirma Campos. "Ele pode interpretar. Em alguns casos, como o da união homoafetiva, como o da fixação do quantitativo das câmaras de vereadores, como o da fixação das regras para o uso de algemas, o Judiciário não interpretou lei nenhuma, mas legislou. Isso é um absurdo. É como se o Parlamento, em nome da demora do poder Judiciário, avocasse processos aqui para que nós pudéssemos dizer a sentença".

Sobre as críticas de que o STF teria sido impelido a se posicionar em relação à união estável homoafetiva diante da suposta inércia, do vácuo deixado pelo Legislativo, Campos rebate:

"Esse argumento é falacioso. Se a própria Constituição e o Código Civil criaram uma regra, que, do meu ponto de vista, não cabe nem interpretação de tão clara que é, não há vácuo. Outro argumento que os ministros do Supremo utilizaram foi o da demora do Parlamento em deliberar. Onde é que está escrito que, quando o Parlamento demora a decidir por que a sociedade não constituiu dentro dele uma maioria acerca daquele assunto, outro poder tem que decidir?", questiona Campos. "Se o argumento da demora vale para o Judiciário, então, vale para o Legislativo em relação ao Judiciário. Então, nós poderíamos alocar o processo do mensalão, que está quase prescrevendo sem que o Judiciário se pronuncie, e dizermos a sentença. Isso não tem cabimento".

"Kit gay"

O material do projeto 'Escola sem Homofobia', elaborado pelo Ministério da Educação (MEC) para ser distribuído em colégios da rede pública, também vai receber marcação cerrada dos religiosos.

Segundo João Campos, que participou na quarta-feira (19) da reunião entre deputados evangélicos, católicos e o ministro Fernando Haddad, ficou acertado que a Frente Parlamentar Evangélica, a Frente Parlamentar da Família e a bancada católica irão compor uma comissão para examinar o material, que recebeu a pecha de "kit gay":

"Esta comissão será nossa interlocução com o MEC. Ela, em nosso nome, irá examinar o conteúdo do kit, que não será aprovado antes de ser avaliado pela comissão. A ideia é verificar se há excessos sob nossa visão"

O deputado afirma ainda que, se forem atendidas todas as exigências da comissão, não há objeção quanto à aprovação do material anti-homofobia. Entretanto, pondera em tom de crítica:

"Se ele se adequar àquilo que achamos razoável do ponto de vista pedagógico, não há por que ter objeção. Só achamos que o governo, ao invés de fazer um material que previna preconceito, discriminação a gays, deveria elaborar um material que pudesse prevenir preconceito, violência contra qualquer pessoa. Por que um material apenas para este segmento?", questiona.

Campos confronta a ideia de que lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais seriam mais vulneráveis à violência em razão da intolerância.

"A sociedade brasileira não é intolerante, preconceituosa. Graças a Deus, as ocorrências de intolerância em relação a preconceitos são muito pontuais. Pela nossa formação, essa miscigenação que ocorreu no Brasil, somos uma síntese da sociedade mundial. Mas o que parece é que o governo brasileiro e o movimento homossexual querem vender para o mundo que a sociedade brasileira é intolerante. Querem criminalizar condutas, oferecer toda uma estrutura de governo para enfrentar a intolerância. Se for assim, teremos que criar um plano nacional de cidadania para os religiosos, para os ciganos, daí por diante, com a mesma linha, com a mesma estrutura, o mesmo financiamento do voltado para o movimento homossexual".

Na interpretação de João Campos, as estatísticas sobre crimes motivados por homofobia no Brasil não encontram paralelo com a realidade:

"Todos nós somos contra a violência. Isso é base, fundamento do cristianismo. Mas há dados hoje que nos preocupam. Não batem. Tem situações em que o homossexual foi vítima de uma lesão corporal, um homicídio, mas não por homofobia. Foi um desentendimento numa boate etc. Aí, colocam tudo isso numa estatística como se fosse homofobia. É como se colocássemos todos os religiosos que foram vítimas de violência num determinado mês e falássemos que a motivação foi religiosa. Há dados que indicam que os maiores algozes do homossexual são os próprios parceiro deles. Se o autor é o companheiro, certamente a motivação não é homofobia".

Vazamento

Durante a reunião com parlamentares católicos e evangélicos, o ministro da Educação, Fernando Haddad, negou que alguns materiais em circulação, atribuídos ao kit anti-homofobia, tenham sido aprovados pelo MEC.

"O ministro disse que o governo contratou uma empresa para elaborar o material, que só agora o apresentou ao ministério. Segundo ele, houve um vazamento. Nós estamos presumindo que o vazamento partiu da empresa contratada. Aí, o nosso questionamento, como uma empresa contratada pelo governo para elaborar um material dessa natureza, se antecipa e coloca na mídia? Queremos que seja apurada a responsabilidade. Senão, vamos concluir que houve concordância, aquiescência do governo. Mas independentemente de ele ter concordado, vamos fazer uma representação para que isso aconteça", avisa Campos.

Ana Cláudia Barros
Fonte: Jornal do Brasil
Via: [ Blog dos Eleitos ]

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