Refutando o pacifismo

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Por Filipe Levi

O pacifismo sempre foi muito pregado entre os cristãos desde a Igreja Primitiva, mas o próprio Jesus Cristo e os apóstolos nunca condenaram o serviço militar e nem o direito que todos os seres humanos têm de lutar por suas vidas. Os religiosos pacifistas costumam usar versículos bíblicos fora de contexto para sustentar o pacifismo biblicamente, mas qualquer pessoa inteligente e sábia verá que a Bíblia nunca sustentou tal heresia.

No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do Diabo; porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. (Efésios 6:10-13)

O interessante desse trecho bíblico é que ele foi escrito pelo mesmo autor da Carta aos Romanos, ou seja, o apóstolo Paulo. Em nenhum momento, na Carta aos Efésios, o apóstolo Paulo pregou o pacifismo, até porque o contexto não fala de guerra física, mas, sim, de guerra espiritual. Na Carta aos Romanos, o apóstolo Paulo ensinou que as autoridades governamentais foram estabelecidas por Deus e que os magistrados e militares são seus ministros para castigar os malfeitores. Então, seria contraditório o autor da Carta aos Romanos pregar o pacifismo na Carta aos Efésios. Na minha humilde opinião, o apóstolo Paulo quis dizer que a função dos cristãos civis é se preocupar com a guerra espiritual, mas os cristãos que são magistrados e militares devem cumprir com o seu dever, que é castigar os que praticam o mal; porque eles são revestidos de autoridade por Deus para essa função. (Eu sei que quem escreveu a Carta aos Romanos foi Tércio a mando de Paulo).

Porque, andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas;. (2 Coríntios 10:3-4)

Por isso, as armas carnais e humanas, tais como argúcia, habilidade, riqueza, capacidade organizacional, eloqüência, persuasão, influência e personalidade são em si mesmas inadequadas para destruir as fortalezas de Satanás; porque as únicas armas adequadas para desmantelar os arraiais do Diabo, as injustiças e os falsos ensinos são as armas que Deus nos dá. Esse trecho não se refere às armas bélicas, mas, sim, a capacidade humana; e para combater o Inferno precisamos das armas espirituais dadas por Deus, pois somos incapazes de vencermos Satanás e os seus demônios sozinhos.

Ouvistes que foi dito: Olho por olho e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; (Mateus 5:38-39)

Os fariseus deturpavam as leis do Antigo Testamento para incentivar as pessoas ao ódio e a retaliação, porque olho por olho e dente por dente eram na verdade as punições aplicadas pelas autoridades nos malfeitores e não um incentivo a represália do indivíduo. Jesus condenou a vingança pessoal e não a legítima defesa, pois Ele usa muito simbolismo nas coisas em que ensina. Cristo, em outra parte da Bíblia, ensinou que se as suas mãos e pés e os seus olhos te fizerem pecar, se deve amputar as mãos e os pés e arrancar os olhos fora, mas tudo isso é simbólico e não se deve fazer no sentido literal.

Então, Jesus lhe disse: Embainha a tua espada; pois todos os que lançam mão da espada, à espada perecerão. (Mateus 26:52)

Cristo não fez apologia ao pacifismo, mas simplesmente falou que os violentos sofrerão violência. Se Pedro tivesse matado Malco, ele seria punido com a morte pelo Estado Romano e Jesus quis impedir que isso acontecesse.

O mandamento “Não Matarás” em sua tradução correta significa “Não Assassinarás”, pois o verbo hebraico “ratsach” e o verbo grego “foneuo” usados para esse mandamento na Bíblia original se referem somente ao assassinato criminoso e nunca a legítima defesa e a pena capital. E quem disse que a guerra pertence ao Senhor foi Davi, que era um guerreiro. Espero ter esclarecido o meu ponto de vista neste artigo.

Fonte: [ Militar Cristão ]
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2 comentários

Anônimo mod

É verdade, mas sou PM e eu conheço crente sem noção que extrapola essa atividade, achando que além de policial é escrivão, delegado, juiz e até carrasco. Não podemos deixar nossos sentimentos nos guiar; pelo contrario, pode parecer cruel, mas muitas vezes é necessario manter um destanciamento.

Responder

O pacifismo não é uma heresia, portanto um pacifista não é um herético. O pacifismo cristão é um estilo de vida, e deve ser respeitado como tal. Paulo em Romanos 14 fala sobre a questão de ser ou não vegetariano, comer ou não comer carne, acho que o pacifismo pode também se encaixar nesse conceito, eu pessoalmente concordo com a doutrina da "não resistencia". Respeito os que não concordam com a não resistencia, mas devemos ponderar que JESUS nunca dirigiria um tanque ou faria front numa batalha armado até os dentes para derrubar o maior numero possivel de soldados inimigos...

CJJ

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