Por que temos Medo de Julgar?

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O Futuro é Hoje

Por: W. Lutzer

A Igreja deve estar no mundo como um navio no oceano; todavia, quando o oceano inunda o navio, este passa por gran­des dificuldades, tendendo a afundar. Temo que o navio evan­gélico esteja afundando. O mundo está se infiltrando tão rapidamente na Igreja, que ficamos imaginando por quanto tempo a embarcação poderá ficar flutuando. A Igreja, que é chamada para influenciar o mundo, encontra-se influencia­da por ele.

Se nós, na função de representantes de Cristo, mal nos mantemos flutuando, como esperaremos salvar uma socie­dade que está afundando? Aceitamos os valores do mundo; seu entretenimento, sua moral, suas atitudes. Também aceitamos sua tolerância, sua insistência em nunca desafiarmos as convicções particulares das pessoas, quer dentro quer fora da Igreja. Diante das pressões culturais, ficamos confusos, hesitantes em agir, incapazes de dar um testemunho amoro­so, mas convincente, ao mundo.

Claro que também há muitos sinais esperançosos em nossa - (Perdemos a nossa competência de julgar o mundo porque perdemos a competência de nos julgar) - cultura Há igrejas e indivíduos que estão causando grande impacto em prol do evangelho, e por isto so­mos gratos. Contudo, em sua mai­oria, como cristãos, nos estabele­cemos num tipo confortável de cristianismo que exige muito pou­co e, por sua vez, faz pouca diferença na cultura mais ampla. Quando o mundo dá um passo em nossa direção, nós o abraçamos sem remorso. Porém, a igreja que fez as pazes com o mundo é incapaz de mudá-lo.

Hoje, há o mito que diz que o mundo é mais tolerante que outrora, porque aceita "ambos os pontos de vista". Se numa das esquinas de nossa cidade alguém perguntar: "O que você acha de Jesus Cristo?", receberá, provavelmente uma resposta favorável. Ele seria descrito como um bom mestre ou como alguém que nos ensinou sobre o amor. Entretanto, temos certeza de que o mundo fala bem dEle, porque na verdade não compreende quem de fato foi (e é) Jesus, e por que veio a terra.

Ouça as próprias palavras de Jesus: "Se o mundo vos abor­rece, sabei que, primeiro do que a vós, me aborreceu a mim. Se vós fosseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos aborrece" (Jo 15.18,19). Em geral, o mundo de hoje,só tem uma opinião favorável em relação a Cristo porque o interpreta mal.

Lembre-se deste axioma: Quanto mais o mundo entende o propósito da vinda de Jesus, mais o odeia. O que o mundo valoriza, Cristo menospreza; o que Ele ama, o mundo odeia. Anos atrás, F. B. Meyer escreveu: "Entre tais opostos irreconciliáveis como a Igreja e o mundo não pode haver senão antagonismo e discussão. Cada um estima e busca o que o outro rejeita por ser desprezível. Cada um é dedicado a fins que são hostis aos mais preciosos interesses do outro". E veja só, a maioria dos cristãos acha que é possível seguir Jesus sem abandonar os princípios que o mundo nos apresenta.

Gerações atrás, ouvíamos sermões intitulados "Separação Bíblica", quer dizer, pregações sobre a convicção que temos de nos separar do que desagrada a Deus e de nos comprometer com os valores e crenças da Bíblia.

Minha geração afirmou ser mais sábia que nossos pais. Dissemos que a lista de "pecados mundanos" era artificial e que tínhamos de tomar nossas próprias decisões sobre esses assuntos. Os cristãos mais velhos, que conheciam o coração melhor que nós, avisaram que se começássemos a tolerar o mundanismo desencadearíamos um "efeito dominó" e chega­ria o dia em que a Igreja ficaria cheia de "crentes mundanos".

Esse dia é hoje.

As pesquisas de opinião pública mostram que a diferença entre a Igreja e o mundo é, de certa forma, indistinguível. Os pecados que estão no mundo acham-se na Igreja: imora­lidade, pornografia, entretenimento picante, materialismo, etc. Oficialmente, acreditamos que sem confiar em Jesus como Salvador as pessoas estão perdidas; extra-oficialmente, agi­mos como se o que as pessoas crêem e o modo como real­mente se comportam não tivessem importância. Não é de admirar que nossa luz tenha ficado tremeluzente e nosso sal tenha perdido o sabor.

Muitos reputam que não temos o direito de julgar o estilo de vida ou crenças de quem quer que seja. Nosso compromisso com o individualismo radical e a privatização da fé nos deixou propensos a 'Viver e deixar viver" sem discussão, avaliação ou repreensão. Perdemos a competên­cia de julgar o mundo porque perdemos a competência de nos julgar. Afirmamos certos princípios e, depois, agimos como se eles não importassem.

Não é de admirar, na minha opinião, que o versículo mais citado da Bíblia não seja: "Porque Deus amou o mundo" (Jo 3.16), mas: "Não julgueis, para que não sejais julgados" (Mt 7.1). Mesmo nos círculos evangélicos chegamos a ouvir: "Quem é você para julgar?" A implicação clara da
pergunta é que não temos o direito de dizer: "Este estilo de vida é errado", ou: "Isto é heresia", ou ainda: "Este pregador é um falso mestre". A frase que melhor descreve nossa cultura é: Qualquer coisa serve!!!

Como chegamos a isso?

Por que achamos tão difícil dizer que algumas opiniões religiosas são erradas? Ou que alguns tipos de comportamento são pecaminosos? Por que permitimos que tanto de Hollywood entre em nossas casas, fingindo que nós e nossas famílias não somos influenciados pela indústria de entreteni­mento? Por que permitimos que falsos mestres e profetas pros­perem sem advertirmos o povo de Deus? Por que há várias formas de ocultismo em prática? Estas são apenas algumas questões.

Precisamos ter um entendimento melhor de como as idéias prevalecentes da cultura têm influenciado a Igreja. Talvez venhamos a desco­brir que somos mais afetados pelo mundo do que percebe­mos. Antes de nos dedicarmos a falar sobre nossa responsa­bilidade como membros da Igreja, temos de entender os de­safios que confrontamos no mundo que nos cerca. (A VERDADE DESAPARECEU E POUCOS NOTARAM) -

Vivemos em uma sociedade pós-moderna, mas o que isso significa? E como o pós-modernismo influencia a Igreja?Toda geração tem de lutar suas próprias bata­lhas; às vezes, as aflições que uma sofre são as mesmas da anterior, porém com freqüência os assuntos são diferentes. Mas cada geração tem de confrontar o inundo, mudá-lo ou ser mudada por ele.

Hoje nossos desafios são singulares, porque nenhuma geração foi influenciada pela tecnologia como a nossa. So­mos bombardeados com televisão, a revolução do vídeo e a Internet. Talvez nenhuma geração teve tantas oportunidades como a nossa; nem tantas armadilhas. E no meio disso tudo, receio que nos afastamos muito do que é bom em direção ao que é trivial e até mesmo irracional. Em nossos dias, houve uma mega-mudança de pensamento; esta geração percebe a realidade de modo diferente, se comparada às gerações pas­sadas. As pessoas, na maioria, não vêem a vida do modo como a viam, e nós cristãos também não.

Vamos fazer uma breve excursão ao que se chama mente pós-moderna, de forma que possamos entender melhor os desafios diante de nós. Depois, perguntaremos como somos influenciados pelo mundo e o que pode ser feito a respeito.

Caindo na Decadência

A verdade desapareceu e poucos notaram. Diante de nos­sos olhos, as antigas formas de pensamento estão se esmigalhando, e em seu lugar encontramos novas maneiras de ver e conhecer o mundo. Crescemos com suposições que estão sendo descartadas, e em seu lugar acham-se novas conjeturas que oferecem resistência direta ao evangelho cristão. Talvez não seja muito forte dizer que a guerra foi declarada no pas­sado a favor de um novo futuro bravio.

Não podemos entender o pós-modernismo, a menos que entendamos o que era (e é) o modernismo. O modernismo ( A VERDADE HOJE É DEFINIDA COMO MINHA OPINIÃO PESSOAL DA REALIDADE) - era a crença de que a razão tinha o poder de compreender o mundo; a mente humana, pensava-se, tem a ha­bilidade de interpretar a realidade e descobrir valores abrangentes. Havia um otimismo, acreditava-se no pro­gresso, na convicção de que a ciência e a história pudessem nos conduzir a várias verdades que nos ajudariam a interpretar a realidade. O modernismo atacava a religião, particularmente o cristianismo, porque achava que este estava cheio de superstições. Pelo menos o modernismo acreditava que a verdade existia e não temia dizê-lo.

Veio o pós-modernismo.

A noção contemporânea é que a razão fracassou em dar sentido ao mundo. Dizem que o modernismo não tem os blocos construtivos necessários para construir um sistema de verdades que seja aplicável a todas as culturas. A antiga suposição de que há verdade objetiva deve ser substituída pela noção de que, na realidade, não há "verdade" — se por verdade quisermos dizer valores aplicáveis a todas as cultu­ras e em todas as épocas. A verdade, se é que existe, não existe "lá fora" para ser descoberta, mas é simplesmente mi­nha própria resposta pessoal aos dados quê me são apresen­tados. Eu não descubro a verdade, eu sou a fonte da verdade.

Enquanto o modernismo atacava a religião tachando-a de superstição, o pós-modernismo aceita todas as religiões e considera todos os tipos de superstições. Qualquer espiritualidade agora é aceita sem sequer haver uma indica­ção de que um ponto de vista seja errado e outro certo. Visto que a verdade hoje é definida como minha opinião pessoal da realidade, segue-se que temos qualquer número de "verdades" — aproximadamente uma para cada pessoa no mundo.

Teoricamente, o pós-modernismo diz que não há padrão independente de certo ou errado, não há padrão indepen­dente de verdade e erro. Contudo, visto que somos seres morais, nem mesmo os pós-modernistas podem descartar todos os julgamentos morais. Quando os pós-modernistas vêem algo de que não gostam, eles têm novos meios de des­crever o que vêem; eles inventam noções que substituem o conceito da verdade.

Essas novas formas de pensamento mudaram o diálogo em nosso mundo moderno. Temos de entender melhor nos­sa cultura se desejamos desafiá-la.

Autor: W. Lutzer
Fonte: [ Josemar Bessa ]

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Como montar uma "igreja" neo-evangelical

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Fonte: [ Frases Protestantes ]
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Dez acusações contra a igreja moderna - 2

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Por Paul Washer

Segunda Acusação: um desconhecimento de Deus

Às vezes me perguntam, "Irmão Paul, por favor, venha e faça uma série semanal sobre os atributos de Deus."

E, muitas vezes, tenho que dizer isto: "Bem, irmão, você já pensou muito bem antes de me chamar?"

Ele disse: "O que quer dizer com isso?"

"Bem, é bastante controverso, o tema que você está colocando, que você está me dando para ensinar em sua igreja".

Eles dizem: "Como assim é controverso? Estamos falando de Deus. Nós somos cristãos. Esta é uma igreja. Como assim é controverso?"

Eu disse, "Querido pastor, me ouça. Quando eu começar instruindo seu povo sobre a justiça de Deus, a soberania de Deus, a ira de Deus, a supremacia de Deus, a glória de Deus, você irá ter alguns de seus melhores e mais antigos membros da igreja levantados e dizendo alguma coisa como isto: ‘Esse não é o meu Deus. Eu nunca poderia amar um Deus como este’; porque eles têm um deus que eles fizeram com a sua própria mente e eles amam o que eles fizeram."

Jeremias 9:23-24:
Assim diz o Senhor: "Não se glorie o sábio em sua sabedoria nem o forte em sua força nem o rico em sua riqueza, mas quem se gloriar, glorie-se nisto: em compreender-me e conhecer-me, pois eu sou o Senhor e ajo com lealdade, com justiça e com retidão sobre a terra, pois é dessas coisas que me agrado", declara o Senhor.”

Salmos 50:
“Você pensa que eu sou como você? Mas agora eu o acusarei diretamente, sem omitir coisa alguma. Considerem isto, vocês que se esquecem de Deus; caso contrário os despedaçarei, sem que ninguém os livre.”

Agora, qual é o problema aqui? Há uma falta de conhecimento de Deus. Muitos de vocês, talvez pensem: "Oh, falar sobre os atributos de Deus e teologia, é tudo coisas altas, de torres de marfim, que não tem aplicação prática".

Ouça a você mesmo, dizendo que o conhecimento de Deus não tem aplicação prática. Você sabe por que todas as suas livrarias cristãs estão preenchidas com livros de auto-ajuda e “cinco maneiras de fazer isso” e “seis maneiras de ser piedoso” e “10 maneiras para não cair”? Porque as pessoas não conhecem a Deus. E por isso elas precisam de toda sorte de pequenos dispositivos triviais da carne para mantê-los andando como ovelhas devem andar.

1 Coríntios 15: 34.
"recuperem o bom senso e parem de pecar; pois alguns há que não têm conhecimento de Deus; digo isso para vergonha de vocês.”

Por que há um pecar desenfreado mesmo entre o povo de Deus? A falta de conhecimento do Deus. De Deus.

Agora deixa eu te fazer uma pergunta: Quando foi a última vez que você assistiu a uma conferência sobre os atributos de Deus? Quando foi a última vez que, como um pastor, você ensinou sobre quem é Deus? Quanto de todo o ensinamento que se passa na América toda a semana tem alguma coisa a ver com quem é Deus?

E, ainda ficamos abismados. Não é tão fácil ir com o fluxo, bastando seguir todo mundo e, então, um dia você ouve algo parecido com isto e de repente você diz, "eu não posso sequer lembrar quando alguém ensinou sobre os atributos de Deus"?

Não é de admirar que somos um povo como nós somos.

Para conhecê-Lo, tudo é sobre isto. Essa é a vida eterna. E a vida eterna não começa quando você passa através dos portais da glória. A vida eterna começa com a conversão. A vida eterna consiste em conhecê-Lo. Você sinceramente acha que você vai estar emocionado em se balançar em portões de pérolas e caminhar em ruas de ouro por toda uma eternidade? A razão por que você não vai perder a cabeça na eternidade, é isso: Há Um ali que é infinito em glória e você irá passar uma eternidade de eternidades buscando-O e você nunca vai ter seus braços sequer nos pés de montanha dEle.

Comece agora. Tantas coisas diferentes que vocês querem saber e fazer, e todos os livros. Pegue um livro sobre Deus, uma Bíblia, e estude-a para conhecê-Lo, para conhecê-Lo.

Domingo de manhã, por causa de tudo isso, eu quero dizer-lhes que seria melhor não ter sequer um domingo de manhã. Domingo manhã é a hora de maior idolatria em toda a semana da América, porque as pessoas não estão adorando o único Deus verdadeiro - a grande massa, pelo menos - mas adoram a um deus formado a partir dos seus próprios corações por sua própria carne, artifícios satânicos e inteligência mundana. Eles têm feito um deus, como eles próprios e ele parece mais com Papai Noel do que Jeová.

Não pode haver temor de Deus entre nós porque não há conhecimento de Deus entre nós.

Fonte: Voltemos ao Evangelho
Via: [ Ministério Batista Beréia ]

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Pecadores da teologia

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“Porque estando vestidos, não seremos achados nus” (II Co. 5.3)

Lutero disse: “A matemática faz tristes; a medicina, doentes; a teologia, pecadores”. A ironia da frase nos atinge com violência. Giordano Bruno dizia que: “Todas as coisas são feitas de contrários; razão pela qual, não podemos experimentar prazer algum que não seja mesclado de amargura”. O prazer do pensar teológico vem junto com a amargura das descobertas desconcertantes. O próprio Lutero dizia: “Não tenho outro nome senão pecador. Pecador é meu nome, pecador é meu sobrenome”.

A verdade fundamental é uma só: Todos somos pecadores! Todos temos nossas fraquezas. Deslizes são íntimos companheiros nessa viagem alucinante da existência. A incrível capacidade de totalidade do pecado nos atinge implacavelmente, porém a multiforme graça de Deus, também tem o poder da totalidade, também trabalha com o princípio do todo e da verdade. De Adão a Noé; de Abraão a Jacó; de Jacó a Davi; a história é o relato de homens em luta contra o domínio cruel do pecado. Mas a vida de Cristo, seu amor e sua esperança nos garantem a beleza do acreditar, de semear na graça, de existir em plena capacidade de, apesar do pecado, amar a Deus.

Nosso grande salto, nosso maior triunfo está justamente no amar a Deus. Essa é a grande certeza que podemos ter: pela mediação de Cristo, no poder do Espírito Santo, somos capazes de amar a Deus! Quando isso acontece, a história ganha novas cores, nova dimensão, novo cheiro de graça. Aí podemos aprender as lições dos “pecadores da teologia”, homens como Abraão, que apesar de suas mentiras, amava a Deus, e isso o ajudou a trabalhar essas arestas do caráter e amar a verdade. Podemos aprender com Davi, o sanguinário, que amava a Deus, e isso o ajudou a desenvolver uma incrível capacidade de arrependimento. Quando amamos a Deus, nossa ética começa a ser trabalhada pelos frutos desse amor, aí, todo o intrigante domínio do pecado se torna uma área que procuramos vencer todos os dias com o “carregar a cruz”.

Pecadores, porém amados. Essa deve ser nossa esperança, nossa graça, nossa âncora nesse tempestuoso oceano da história. Quando entendemos que somos amados por Deus, passamos a buscar corresponder a esse amor, e esse é o milagre maior do relacionamento entre Deus e o homem: O milagre do amor mais profundo e puro nascendo em corações tatuados pelo pecado.

Quem não faz parte do incrível grupo dos “pecadores da teologia?”

Até mais...

Alan Brizotti
Fonte: [ Blog do autor ]

Cura Bíblica ou placebo psicológico?

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Por Jorge Fernandes Isah

Lendo o livro do Dr. Jay Adams, "Manual do Conselheiro Cristão"1, percebi que ele bate repetidamente na mesma tecla: de que à parte da Escritura é impossível qualquer mudança ou cura espiritual.

O homem poderá se debater e se bater com diversas metodologias, desde as pretensamente mais científicas até as não-científicas; porém, sem que se creia nas orientações da Bíblia, a mudança mais radical, o novo nascimento, é inatingível; visto essa condição somente ser possível pelo poder do Espírito Santo o qual nos predispõe, transformando a antiga natureza em uma nova natureza, para que sejamos capazes de seguir o Seu norteamento.

Desta forma o não-crente somente terá uma esperança viva e verdadeira se, pela operação divina, converter-se à fé no Evangelho de Cristo. De outra forma, andará em círculos, amenizando aqui e acolá seus problemas, que "volta e meia" retornarão, sem que haja uma solução. São placebos sem nenhuma eficácia, o mesmo que tomar comprimidos de açúcar (que podem matar ao invés de curar, se a pessoa for diabética, p.ex).

Outra posição do Dr. Adams é a da necessidade de confrontação com o cliente (a utilização do termo se dá pelo fato do autor não ver o aconselhado como paciente). Enquanto ele não souber claramente qual é o seu problema, e esse problema não for tratado através do arrependimento e do perdão (sobretudo o arrependimento diante de Deus para receber o Seu perdão); confrotado pela sua natureza caída e a de seus semelhantes (a impiedade humana) diante da graça divina, esse homem será um homem sem esperança.

Ao contrário, se tiver a mente de Cristo, e for inundado por ela, aprenderá a viver uma vida relativamente desprovida de raízes neste mundo, e isso será uma imensa alegria, pois viverá como se peregrino e estrangeiro fosse. Como definiu o autor: "Toda mudança prometida por Deus é possível. Toda qualidade requerida por Deus, da parte de Seus filhos remidos, pode ser atingida. Deus supriu cada recurso para tanto necessário... sua pátria está nos céus (FP 3.20), e, por isso, há esperança de alegre mudança no aconselhado pela graça de Deus"2.

A mudança na crença do que é o homem a partir de conceitos "mascarados" pelo próprio homem, como a sua bondade inerente, a sua animalidade inerente, a sua irresponsabilidade inerente, a relatividade das relações e da moral, tornam em infrutíferas, perniciosas e catastróficas a metodologia humana para se tratar os desvios e os problemas espirituais (inorgânicos). A abordagem não-cristã é inútil e apenas escravizará o "doente" numa espécie de redoma que o próprio método o direcionará e aprisionará.

Por exemplo, existe a abordagem do conhecimento do especialista (freudianismo) em que o aconselhamento somente deve acontecer por métodos e técnicas apropriadas (segundo eles). Nela os problemas são resultados dos eventos externos ocorridos na vida do cliente, o que retira do cliente qualquer responsabilidade, pois os fatores que o levaram ao problema decorrem das ações de outras pessoas. Interessante que esse método tende a "inocentar" o cliente e a culpabilizar quem vive ao seu redor. E, assim, o indivíduo vive num círculo vicioso onde a culpa dos seus problemas se deve à socialização deficiente, onde o cliente sempre será a vítima, e as outras pessoas com quem conviveu em seu passado ou mesmo no presente, são os criminosos. E isso determinou-lhe uma consciência rígida (superego), a qual se encontra em conflito com os seus desejos normais (id), levando-o às dificuldades, à sua não adaptabilidade, gerando os vários e duradouros conflitos da vida.

Portanto, o perito terá de desfazer aquilo que os outros fizeram, reverter esse quadro pela psicanálise, retrocedendo ao passado do cliente, fazendo-o reviver pessoas e situações desagradáveis, a fim de torná-las, durante as sessões, agradáveis, reestruturando o sistema de valores do aconselhado. Esse método é longo e está envolto em um emaranhado de especialização que torna o psicanalista em uma espécie de "super-homem" com todos os poderes sobre o cliente. Ele cria uma dependência e um vínculo que impedem o paciente até mesmo de decidir sobre si mesmo, pois muitos são internados por ordens desses mesmos peritos, que controlarão a sua vontade e desejos tornando-os em corpos sem almas.

Da mesma forma, ainda que o padrão seja diferente, o behaviorismo de Skinner, se posiciona como a escola de modificação comportamental baseada no empirísmo. Para eles, o homem é apenas um animal, e, por isso, produto do seu meio ambiente. Novamente, temos uma causação externa ao cliente. Ele não é culpado por seu comportamento nocivo, o qual é somente consequência do seu convívio social.

Para Skinner, falar ao menos em responsabilidade é uma insensatez. "A solução aventada por Skinner consiste em descobrir cientificamente as contingências relacionadas à conduta 'deficiente' (todos os julgamentos de valores fazem parte da mitologia), para então, com base nos informes obtidos, reagrupar as contingências ambientais, a fim de reprogramar as reações do paciente. Isso é feito mediante o uso de recompensas e controles que provoquem a aversão"3. Em outras palavras, seria o mesmo que domesticar o homem como se domestica um cão selvagem, treinando-o para fazer exatamente o que o "dono" quer. Porém, ao meu ver, os animais foram criados por Deus para servirem ao homem; e, especificamente neste caso, o que vemos é o homem no mesmo nível dos animais, servindo a um grupo elitista que se considera como um semi-deus. Desta forma, o método utilizado não é o da confrontação bíblica, mas o da manipulação, ao qual muitos aconselhadores cristãos se submeteram (p.ex., Dobson).

Para ele, o homem é tão destituído de valor quanto qualquer animal; e assim, podem fazer do homem qualquer tipo humano desejado, começando pela manipulação genética e então estabelecendo as contingências ambientais desejadas. O objetivo é o de criar rebanhos, como gado. Mas, mesmo entre peritos tão obstinados, não há unidade, e determinar o que quer que fosse seria impossível, visto não haver valores fixos, nem padrões, pois tudo é relativo, está a ser descoberto ou mesmo pode não ser o desejado.

Da mesma forma outras abordagens seguem o mesmo padrão de controlar, dominar e aprisionar os clientes aos seus métodos. Não há desejo real de libertá-los.

Sem o uso das Escrituras, sem a conversão, sem o arrependimento, sem que o Espírito Santo atue no homem, sem a santificação, sem a confrontação bíblica, sem que a criança seja ensinada nos caminhos do Senhor, todos esses métodos se tornam em uma louca prisão, onde o cliente não obtém cura, e necessita constantemente estar "conectado" ao especialista e sua metodologia, sem que muitas vezes se saiba exatamente o que ele tem, nem como "curá-lo".

Uma boa dica de série televisiva é Monk, cujo personagem sofre de transtorno compulsivo, o chamado "toc", e se mete em hilárias situações (ainda que a série faça da psicanalise uma "válvula de escape"; de onde o personagem não consegue escapar, e se mantém completamente dependente, preso ao método).

Há outras como Criminal Mind e Lie To Me (nitidamente adeptas do método de Skinner) que abordam o homem a partir do seu comportamento. Em última análise, eles sempre poderão solucionar os casos criminosos baseados na personalidade, no seu passado, e em suas relações. Acontece que sendo o próprio homem quem investigará esses elementos, assegurar que ele os compreenderá e solucionará é impossível. Como séries policiais, elas não se propõem a garantir a cura do cliente (nem estão preocupadas com esse aspecto), mas apenas descobri-lo, revelando-lhe a identidade através dos crimes. Mesmo que o objetivo seja minimamente alcançável, tenho dúvidas da sua eficácia.

Outra interessante série no campo psicológico voltada para os animais é o Encantador de Cães, ainda que esteja fundida a uma crença holística (espiritualista panteísta), mas que também analiza os comportamentos dos humanos, no caso, os donos, a partir do mesmo princípio em que os animais são examinados.

Voltando ao Dr. Adams, ele se posiciona frontalmente contra os métodos anticristãos, os quais, perpassados por técnicas esotéricas, obscuras, não revelam a verdade do paciente, nem o colocam em contato com a realidade, sua e do mundo em que vive. Pelo contrário, eles o transportam para um mundo paralelo, onde não há solução, apenas contemporização e uma cura intangível.

Com o alicerce sólido [a Escritura] o crente poderá erguer uma metodologia cristã coerente com o alicerce; enquanto o incrédulo sempre distorcerá esses aspectos com seus pecados e sua posição não-cristã de vida. Porém, o conselheiro cristão poderá trazer à luz a verdade obscurecidamente refletida pelo incrédulo a partir dos princípios e metodologia bíblicos. Ele jamais deverá buscar e incorporar a esses princípios e metodologia elementos alheios e antibíblicos. Técnicas que aparentemente são eficazes somente o distanciarão ainda mais da eficiência escriturística.

Infelizmente o eclético e o cristão "moderno" (diga-se pragmático e liberal) partem da premissa de que não existe base bíblica que sirva de alicerce, e, invariavelmente, pegarão tudo de que dispoem à mão para tentar construir algo que funcione, mas que ao final, será apenas um trabalho sem efeitos reais e verdadeiros.

Na ânsia de se obter resultados a qualquer custo, esquece-se de que há somente um caminho que o assegurará: a sabedoria e o conhecimento bíblico com o qual o homem é transformado à imagem de Cristo. Em sua rebeldia, o que o homem faz é afastar-se de Deus, e buscar em si mesmo o deus (in)capaz de curá-lo.


O crente não pode agir como alguém que ao final não tem nada, quando Deus lhe deu tudo, tanto o alicerce como os materiais a fim de construir um sistema bíblico.

O pressuposto principal é o da inspiração divina da Escritura, a qual tem o poder de:

1) Ensinar, estabelecendo normas de fé e de vida.

2) Repreender, mostrando de modo convincente aos crentes que errarem, como e de que forma estão vivendo no erro.

3) Corrigir, endireitar novamente a partir das Escrituras a fim de que o crente se firme outra vez.

4) Disciplinar na justiça, pois as Escrituras permanecem operando em nós, estruturando-nos na disciplina diária, conduzindo-nos à piedade.

Esses quatro usos das Escrituras delimitam quatro atividades básicas do aconselhamento bíblico:

1) Atividade aquilatadora, o crente, alicerçado na Bíblia, não encontra dificuldade alguma em fazer juízo sobre as questões. Por exemplo, a Bíblia diz que o homossexualismo é pecado. Para o crente, a questão está resolvida.

2)Atividade convencedora, na qual a Palavra revelará o padrão divino de santidade a fim de que haja arrependimento do aconselhado, e não uma busca infrutífera por um alívio. Condutas pecaminosas sempre trarão consequências danosas às vidas das pessoas; logo, o conselheiro, ao invés de minimizar ou contemporizar o pecado, deve mostrá-lo, levando o cliente à convicção de sua rebeldia. Somente a ação do Espírito Santo mediante a Palavra poderá ajudar o aconselhado a buscar o "reino de Deus e a Sua justiça", através da qual ele experimentará o verdadeiro alívio e a verdadeira felicidade.

3)Atividade Transformadora - As escrituras, eminentemente práticas, levarão o crente não somente a reconhecer o seu pecado, mas a como ser restaurado, recuperado do pecado. A Bíblia deve ser usada de modo prático, da forma como Deus tencionou que fosse empregada.

4)Atividade Extruturadora - O discipulado através da disciplina no ensino regular e ordenado da Palavra, pela Palavra, tornará o crente habilitado para toda a boa obra; porque não há nada que o homem de Deus não esteja adequadamente preparado pelas Escrituras.

Portanto, a metodologia a ser aplicada no aconselhamento não pode ser o ajuntamento e colagem de toda espécie de coisas à Bíblia, e sim, usarmos os recursos do conhecimento divino no aconselhamento, através do estudo árduo e contínuo das Escrituras.

É preciso conhecer os problemas humanos, e descobrir as respostas dadas por Deus. E o único método é através do estudo e ensino das Escrituras.

Para completar, o aconselhamento cristão é uma prerrogativa de qualquer crente, mas, sobretudo, ele tem de vir sob a autoridade investida por Cristo e a Igreja; portanto, segundo Adams, é função primordial dos pastores, os quais são preparados escrituristicamente para tal, e outorgados por Deus e a Igreja para cumprirem essa missão, como vocação especial.

Infelizmente, do último século para cá, o aconselhamento tem sido adotado secularmente por profissionais da área médica; e os médicos devem se ocupar exclusivamente com os problemas orgânicos, ou seja, com a saúde física do homem. Assim, "não há lugar, no esquema bíblico, para o psiquiatra como médico de especialidade separada. Essa casta, que a si mesmo se nomeou, veio à existência ante a expansão do guarda-chuva médico a fim de incluir as doenças inorgânicas (qualquer que seja o seu sentido)"4.

Ao investirem-se de prerrogativas as quais não lhe cabem, como as do psicólogo e psiquíatra, eles deixam de cumprir verdadeiramente a sua missão para tornarem-se em ministros seculares, metade médico (uma parte insignificante) e metade sacerdote secular (uma parte avantajada), corrompendo todo o objetivo do aconselhamento e, por conseguinte, da medicina. Até porque muitos vêem o aconselhamento como uma forma de não-aconselhamento, relativista, em que o aconselhado é estimulado a falar ao invés de ouvir, onde não se busca o resultado objetivo (no caso do crente, a santificar-se e amoldar a sua imagem à de Cristo).

A função do conselheiro é a de, com sabedoria e ensinamento bíblico, orientar o aconselhado a abandonar as práticas que lhe são nocivas, notadamente as práticas anti-cristãs, e pecaminosas.

Notas:

1
- "Manual do Conselheiro Cristão" - Dr. Jay Adams - Ed. Fiel
2 - Idem - pg. 40
3 - Idem - pg. 85
4 - Idem - pg. 22

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A música gospel e a proliferação de heresias.

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Por: Renato Vargens

Lamentavelmente a Igreja brasileira tem experimentado nos últimos anos uma variedade enorme de falsos ensinos. São tantas as heresias disfarçadas de "doutrinas" que é impossível não sentir-se envergonhado diante de tanta aberração. Infelizmente boa parte destas discrepâncias teológicas se deve as canções cantadas em nossas igrejas.

Ora, por favor, pare, pense e reflita nas letras das músicas que são tocadas nos cultos evangélicos. Sinceramente algumas delas são absurdamente ridículas, além obviamente de um mal gosto musical que denota a incompetência dos compositores. Se não bastasse isso, os princípios teológicos disseminados nestas canções são destruidores.

Sinceramente fico a pensar por que os músicos de nossas comunidades evangélicas não submetem suas "poesias" a pessoas qualificadas para que à luz das Escrituras avalie o conteúdo de suas canções.

Para piorar a situação algumas destas pérolas musicais descaradamente atentam contra o vernáculo ultrapassando em muito a liberdade poética fazendo-nos ruborizar diante de tanta ignorância. Junta-se a isso que os louvores cantados em nossas reuniões são extremamente antropocêntricos, o que nitidamente se percebe em nossos encontros congregacionais. Se fizermos uma análise de nossas liturgias chegaremos a conclusão que boa parte das canções que entoamos são feitas na primeira pessoa do singular, cujas letras prioritariamente reivindicam as bênçãos de Deus.

Pois é, numa liturgia preponderantemente hedonista, os evangélicos são extravagantes, querem de volta o que é seu, necessitam de restituição, determinam a prosperidade, tocam no altar, pedem chuva, cantam mantras repetitivos erotizando sua relação com Deus, desejando da parte do Criador, beijos, abraços e colo.

Caro leitor, sem sombra de dúvidas vivemos dias complicadíssimos onde o Todo-poderoso foi transformado pelos falsos apóstolos em gênio da lâmpada mágica, cuja missão prioritária é promover satisfação aos crentes. Diante disto, precisamos orar ao Senhor pedindo a Ele que nos livre definitivamente desse louvor, filho bastardo da indústria mercantilista gospel, o qual nos tem nos empurrado goela abaixo, conceitos e valores anticristãos cujo objetivo final não é a glória de Deus, mas satisfação dos homens.
Pense nisso!

Autor: Renato Vargens
Fonte: [ Blog do autor ]

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Pelados na igreja!

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Uma igreja no Estado americano da Virginia (nordeste dos Estados Unidos) está causando polêmica ao receber fiéis nus. Até o pastor celebra o culto como veio ao mundo.


Na capela de Whitetail - uma comunidade nudista fundada em 1984, na cidade de Ivor -, roupas são um item opcional.

"Eu não acredito que Deus se importe com a maneira como você se veste quando você faz suas orações. O negócio é fazer as orações", diz Richard Foley, um dos frequentadores.

Mas entre os que não fazem parte da congregação, a ideia de uma igreja nudista não agrada muito. Várias pessoas ouvidas nas ruas de Ivor se surpreenderam e disseram achar o conceito de uma igreja nudista desrespeitoso.

O pastor Allen Parker discorda: "Jesus estava nu em momentos fundamentais de sua vida. Quando ele nasceu estava nu, quando foi crucificado estava nu e quando ressuscitou, ele deixou suas roupas sobre o túmulo e estava nu. Se Deus nos fez deste jeito, como isso pode ser errado?"

Lucro

A comunidade nudista de Whitetail vai de vento em popa apesar dos tempos de crise. Segundo a administração do resort, mais de dez mil pessoas visitaram o local no último ano e os lucros subiram 12% no período.

Os visitantes dizem que ser nudista é algo libertador. Para eles, em um ambiente como este não há julgamento de classe social e todos ficam livres para ser quem realmente são.

Além disso, o clima seria de igualdade. Um frequentador exemplificou isso dizendo que, na comunidade, não é possível dizer quem está desempregado, quem é alto-executivo e quem é encanador.

"Aqui, todos participam, todos são compreensivos e preocupados com a comunidade e com a família. Temos uma das congregações mais ativas da região. Eu considero isso um presente de Deus e um privilégio", disse o pastor Parker.

Fonte: [ BBC - Brasil ]
Via: [ Hermes C. Fernandes ]


Era o que faltava mesmo... reductio ad absurdum!
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Crentes sem escrúpulos

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Por Pb. Geovani F.dos Santos

Vivemos uma época de homens sem escrúpulos, de autoridades sem escrúpulos, de pastores sem escrúpulos, de crentes e mais crentes sem escrúpulos! Se no mundo o angu já embolou de vez, no mundinho 'Gospeliano' habitado por charlatães e pseudocrentes travestidos de ovelhas ninguém sabe quem é quem.

É uma lástima que supostos "servos de Deus”, digo supostos, porque verdadeiros crentes renascidos e que conhecem a Jesus não transigem com o erro e, nem tampouco, participam de espetáculos deprimentes de concordância com o que é ilícito.

Isto porque crentes legítimos seguem a risca o que Paulo disse aos Filipenses. Vejamos: "Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Fp 4.8). E, também, o que está em Apocalipse: "Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda” (Ap 22.11).

Por esta razão sempre reitero que existe uma minoria que, seguindo a Palavra e tendo temor e tremor diante da mesma não dão lugar em seus corações a tais atos criminosos. Muitos podem até dizer: você está pegando pesado! Mas, não é isso mesmo?! Qual a diferença de um falsário, um estelionatário ou de um prestidigitador para um crente que compra mercadoria pirata ou piratea? Eu acho que nenhuma. Todos estão de igual modo transgredindo a lei, e todos nós sabemos que aqueles que transgridem a lei são transgressores. Não existe meio termo. Tiago declara: "Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado” (Tg 4.17).

Quer palavra mais incisiva do que está? Se não acatamos o que está escrito como podemos dizer que somos crentes em Jesus? Não podemos coadunar com os conceitos e padrões deste mundo, nem ir pela cabeça de uma maioria que acha que está certa. Perfilemos sempre ao lado daqueles que mesmo sendo taxados de quadrados, antiquados; permanecem incólumes diante de suas próprias consciências e diante do Deus Vivo a quem prestaremos contas de nossas obras – sejam boas ou más. Lembremos, pois, com tremor e temor a admoestação de Hebreus: "Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo" (Hb 10.31).

Que Graça do Senhor Jesus inunde os vossos corações e mentes!

Soli Deo Gloria!

Artigo enviado por e-mail para o Bereianos.
Visite o blog do autor:
http://cristianismoemdia.blogspot.com
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Silas Malafaia debate PL 122 no Ratinho

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A polêmica do PL 122/2006 foi o assunto em pauta no Programa do Ratinho (SBT) dessa quarta-feira dia (24) onde o pastor Silas Malafaia e a ex-deputada Iara Bernardes debateram acaloradamente sobre a possível aprovação do projeto de lei que sanciona como crime qualquer ação, ou mesmo opinião, que venha a ser interpretada como discriminação ou preconceito em relação ao homossexualismo.

ENQUANTO É POSSÍVEL, expresse você também a sua opinião, de maneira totalmente livre e democrática, sobre esse polêmico projeto de lei, que também é chamado entre os evangélicos de 'Lei da mordaça' ou 'Lei do privilégio'.

Parte 1:



Parte 2:



Parte 3:



Fonte: [ OGalileo ]
Por Carlos Lima
conteudo@ogalileo.com.br


Embora não concorde com Silas Malafaia em vários aspectos, ele mandou bem neste debate.

RM
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O Poder Da Cruz Realmente Libertou Você?

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Autor: Tim Conway
Fonte: [ Youtube ]
Via: [ VEMVER TV ]

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Simples demais

Se as igrejas fossem cinemas, os cultos de domingo à noite seriam as estréias de filmes. Acabo de escrever a frase, e ela não me soa bem. Algumas igrejas já estão mais para cinema do que qualquer outra coisa. Outras foram transformadas em um grande teatro, e ainda há aquelas nas quais a dança é a grande atração.

A lógica que regula o culto contemporâneo - generalizo de propósito, sabendo de exceções - é a do show business. "Queremos espetáculos", clama a multidão. "Dêem-nos uma programação recheada de surpresas, música, cores, sons, sensações, e assim seremos um auditório fiel" - gritam as massas. Nada mais falso. Os cristãos que buscam isso são os primeiros a deixar o barco quando o "concorrente" oferece experiências melhores. O "concorrente" pode ser outra igreja, ou o bar mais próximo.


Mas os crentes continuam na luta por um culto cada vez mais preenchido de atrações. O melhor som, a melhor banda, os dançarinos, as expressões combinadas, o cheiro do local, e a cor dos assentos acolchoados - tudo para produzir o ambiente perfeito e segurar a audiência.

O que está por trás disso tudo? Existem, pelo menos, duas possibilidades, que, às vezes, se misturam em um mesmo contexto. A primeira delas é a de pessoas honestas, que desejam fazer o melhor para Deus. O problema é que o seu referencial de melhor é o showbiz. Assim, eles tentam se igualar aos eventos populares, investindo nas atrações, pensando que assim estão oferecendo algo agradável ao Pai.

A segunda possibilidade é a daqueles que não confiam na suficiência da Escritura. Como a Palavra, em si, não é suficientemente chamativa, é necessário suprir essa necessidade com muito barulho, e tecnologia. Como a pregação da Bïblia é fraca, são necessárias as muletas da coreografia e equipes de dança. Como não se extrai vitamina suficiente do Evangelho, apela-se para os suplementos de um estacionamento grande, o ar-condicionado no templo, e a fumaça de gelo seco enquanto a banda toca.

No fim das contas, ambas as possibilidades cometem um crime contra a Palavra de Deus. A primeira, por não considerar a Bíblia como referencial último do culto. A segunda, por deliberadamente menosprezar a Escritura, reputando-a por insuficiente para a igreja.

O risco é grande. Desconhecer a Escritura abre espaço para maiores inovações no culto, cada vez mais ousadas. Uma vez que não há fio condutor nesse encontro, tudo é permitido, desde que se tenha um coração sincero, desejoso de oferecer os nossos talentos a Deus. Considerar a Bíblia insuficiente para o culto cristão é dizer a Deus que a Sua Palavra não é o nosso bem mais precioso - as nossas impressões e sensações são. E com isso, toda a Revelação de Deus é deixada de lado. Em consequência, Deus não é mais conhecido, e a igreja encontra o seu fim.

Sabe aquela igrejinha bem simples, sem muita pirotecnia, mas com o coração todo na Bíblia? O culto dela é agradável a Deus, porque foi prescrito por Ele mesmo.

Sola Scriptura.

Autor: Allen Porto
Fonte: [ 5 Calvinistas ]

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Dez acusações contra a igreja moderna - 1

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Por Paul Washer


Primeira Acusação: uma negação prática da suficiência das Escrituras

Primeiro de tudo, a primeira acusação: uma negação prática da suficiência das Escrituras, especialmente na minha denominação, uma negação prática da suficiência das Escrituras.

2 Timóteo 3: 15 em diante diz:

“Porque desde criança você conhece as Sagradas Letras, que são capazes de torná-lo sábio para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra.” (2 Tm 3:15-17)

Ao longo das últimas décadas tem ocorrido uma grande batalha no que diz respeito à inspiração das Escrituras. Agora, talvez, alguns de vocês não participam dessa batalha, porém muitos de nós, de denominações mais liberais, certamente temos uma batalha pela Bíblia.

Contudo, existe apenas um problema. Quando vocês, como um povo, chegarem a crer que a Bíblia é inspirada vocês terão lutado apenas metade da batalha. Porque a questão não é meramente se a Bíblia é inspirada. É ela inerrante? A grande pergunta que segue e que deve ser respondida: A Bíblia é suficiente ou será que temos que trazer todos os chamados estudos das ciências sociais e culturais, a fim de saber como funciona uma igreja? Essa é uma questão importante.

Ciências sociais, em minha opinião, têm tomado precedência sobre a Palavra de Deus de tal forma que a maioria de nós nem consegue sequer perceber. Elas penetraram de tal forma em nossa igreja, em nosso evangelismo e em nossa missiologia que você dificilmente pode chamar o que estamos fazendo de cristão. Psicologia, antropologia e sociologia se tornaram influencias primárias na igreja.

Vários anos atrás, quando eu estava no seminário lembro-me que um professor entrou na sala e começou a desenhar pegadas no quadro-negro. E enquanto ele as marchava através da lousa, ele se virou para todos nós e disse apenas isto: "Aristóteles está caminhando pelas salas desta instituição. Cuidado, pois eu escuto suas pegadas mais claramente do que as do apóstolo Paulo e da equipe de homens inspirados que estavam com ele e até mesmo do que as do próprio Senhor Jesus Cristo.”

Nós chegamos a acreditar que um homem de Deus pode lidar com determinadas pequenas áreas da vida da Igreja, mas quando as coisas apertam temos que ir para os peritos das áreas sociais. Isso é uma absoluta mentira. Diz aqui, nas Escrituras, que o homem de Deus seja equipado, adequado, equipado para toda boa obra.

O que Jerusalém tem a ver com a Roma? E o que nós temos a ver com todas essas modernas ciências sociais que foram criadas justamente como um protesto contra a Palavra de Deus? E por que razão é que evangelismo e missões e as chamadas “estratégias de crescimento para a igreja” são mais moldados pelos antropólogos, sociólogos e os estudantes de Wall Street que se alinham a cada tendência cultural?

Todas as atividades em nossa Igreja devem estar fundamentadas na Palavra de Deus. Todas as atividades em missões devem estar fundamentadas na Palavra de Deus.

A nossa atividade missionária, nossa atividade eclesiástica, tudo o que fazemos deve fluir de teólogos e exegetas, o homem que abre a sua Bíblia e tem apenas uma pergunta: “Qual é a Tua vontade, oh Deus?”

Nós não devemos enviar questionários para pessoas carnais a fim de descobrir que tipo de igreja eles querem freqüentar. A Igreja deveria ser “sensível ao que busca”, mas a Igreja deve reconhecer que só existe apenas um “buscador”. Seu nome é Deus, e se você quiser ser amigável com alguém, se você quiser acomodar alguém, acomode Ele e Sua glória, mesmo que você seja rejeitado por todas as outras pessoas. Nós não somos chamados para construir impérios. Nós não somos chamados para sermos exagerados. Somos chamados para glorificar a Deus.

E se você quer que a Igreja seja algo diferente do que um povo peculiar, então você quer alguma coisa que Deus não quer.

Eu quero que você escute só por um momento Isaías, capítulo oito. Ouçam o que ele diz:

“Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram...” (Is 8: 19).

Esta é uma definição perfeita, ou pelo menos uma ilustração, das ciências sociais e os gurus das “estratégias de crescimento para a igreja” e todo o resto, porque cada dois ou três anos todas as suas principais teorias mudam. Não apenas sobre o que é um homem ou como você o conserta, mas também o que é uma igreja e como você faz para ela crescer. A cada dois ou três anos há outra novidade que vem daquilo que pode fazer a sua igreja "super" aos olhos do mundo.

Recentemente um dos maiores e mais conhecidos especialista das “estratégias de crescimento para a igreja” disse que ele descobriu que ele estava completamente errado em toda a sua teoria. Mas, em vez dele voltar às Escrituras, de joelhos, quebrantado e chorando, ele sai para encontrar outra teoria.

Eles não dão qualquer palavra clara. Diz aqui em Isaías:

"acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?” (Is 8: 19)

Devemos nós, como homens da igreja, como pregadores, como pastores, como cristãos, ir lá fora e consultar os mortos espiritualmente, em nome de todos aqueles que o Espírito Santo vivificou? Absolutamente não. Absolutamente não.

Fonte: [ Voltemos ao Evangelho ]
Via: [ Ministério Batista Beréia ]

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Cientista do CERN fala ao CACP sobre o LHC

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Atualmente o mundo vive um frenesi de que o fim está eminente. Pessoas andam apavoradas com o fim do mundo ao ponto de algumas até pensarem em suicídio. O motivo para esse burburinho tem a ver com uma somatória de coisas – A primeira, o calendário religioso dos Maias, seguido de uma superprodução do cinema mostrando que o mundo findará em 2012. Depois o caso do funcionamento da maior máquina científica que a física já produziu – o LHC – O grande Colisor de partículas. Segundo algumas especulações esse Colisor poderia formar um buraco negro, engolindo assim todo o Planeta. Pronto, está formado um caldeirão de fortes emoções!

Diante desses burburinhos, o CACP entrou em contato com o CERN (A Organização Européia para a Investigação Nuclear), que prontamente nos atendeu e nos indicou um dos físicos brasileiros envolvidos com o projeto. Esse é o Dr. Denis Damázio, que muito gentilmente se prontificou em esclarecer qualquer dúvida.

CACP: Dr. Denis Damázio fale-nos um pouco sobre a sua formação e seus projetos de vida.

Dr. Denis: Estudei Engenharia Eletrônica na Universidade Federal do Rio de Janeiro de 1993 ate 1998. Durante o último período da faculdade, comecei no mestrado na COPPE com a intenção de aplicar as técnicas de engenharia na física de altas energias. Acabei passando direto ao doutorado na mesma área e vim fazer uma parte do desenvolvimento da minha tese num dos subdetectores do ATLAS. ATLAS é um dos principais detectores de partículas que estuda as colisões produzidas pelo LHC. Também antes de sair do Brasil (ainda no tempo do mestrado - 1998/1999) trabalhei numa colaboração da UFRJ com a marinha Brasileira para o desenvolvimento de uma metodologia baseada em inteligência artificial para classificação de navios pelo seu som num sonar). Já no CERN (2000/2001), eu trabalhei também na aplicação de técnicas de inteligência artificial para classificação de partículas. Esse trabalho me rendeu varias publicações cientificas e a tese, defendida no final de 2002. Em 2003, fui trabalhar no Laboratório Nacional de Brookhaven nos Estados Unidos num sistema de detecção de raios cósmicos por ondas de rádio. O mesmo grupo tinha um envolvimento com ATLAS, e como eu havia trabalhado previamente no mesmo experimento, eles resolveram me enviar de volta ao CERN para trabalhar na montagem e manutenção do experimento. Nesse meio tempo, eu pude voltar ao projeto que mais me interessa, o sistema de seleção de eventos do ATLAS, o qual, atualmente sou um dos principais desenvolvedores de software.

Sou casado desde outubro de 1999 e nosso primeiro filho chegou a dois anos atrás. Uma segunda esta programada pra março do ano que vem.

CACP: Dr. Denis, como tem sido o envolvimento do Brasil nesse projeto tão grandioso?

Dr. Denis: O Brasil tem sido um grande colaborador apesar dos recursos disponíveis limitados. No ATLAS a colaboração é tão antiga que nem eu mesmo sei quando exatamente começou. O meu orientador de tese, o professor Jose Manoel de Seixas da UFRJ já estava no CERN em 1993, se eu não me engano. Atualmente, temos pesquisadores nas áreas de engenharia (especialmente da computação ou eletrônica) e física trabalhando no desenvolvimento do detector ou na parte de fenomenologia física do ATLAS. Pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora e de São Paulo juntaram-se recentemente ao ATLAS. A UERJ tem uma colaboração forte com o experimento CMS assim como o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF - no Rio) tem uma colaboração com o experimento LHCb. Finalmente, a um ou dois anos atrás apareceu um grupo de Campinas trabalhando no experimento ALICE (mas pra ser sincero, não sei se essa colaboração continuou). Recentemente, foi criada a Rede Nacional de Física de Altas Energias (RENAFAE) com o objetivo de organizar um pouco esses diferentes esforços. Ainda não me parece muito claro o resultado deste instituto, mas a criação do mesmo é, por si só, um passo importante pra pesquisa brasileira.

CACP: Então a pergunta que não quer se calar – O LHC pode destruir o nosso Planeta como alguns acreditam? Seria o fim do mundo?

Dr. Denis: De forma alguma. Se o tipo de evento que nos vamos criar de forma artificial fosse perigoso, se, por exemplo, criasse um buraco negro que engolisse todo o planeta, o planeta já tinha desaparecido muito antes. Os eventos que nos vamos criar atingiram, se atingir, a energia de 14 x 10^12 eV (electron-Volts, uma medida de energia da física de altas energias). Ora, todos os anos muitas partículas com energia muito superior a esta (10^19 eV, ou seja, 10 milhões de vezes mais) atingem a nossa atmosfera (cerca de 1 partícula por Km2 da superfície terrestre por ano). A única diferença e que fazendo esses experimentos de forma controlada, podemos estudar seus subprodutos em maior detalhe (o que é impossível de se fazer na atmosfera...). Assim sendo, se ocorre na natureza, não ha razão para maior preocupação da população em geral.

É verdade que algumas teorias prevêem a possibilidade de se formar minúsculos buracos negros. Os mesmos emitiriam partículas e se dissolveriam antes mesmo de poder causar qualquer dano. Uma vez mais, isso não seria nada que já não aconteça na natureza.

CACP: Se os fatos são claros quanto a impossibilidade da destruição do nosso planeta ou de alguma catástrofe, por que há cientistas afirmando o contrário e com tanta veemência?

Dr. Denis: O Laboratório americano para o qual eu trabalho sofreu o mesmo tipo de pressão quando, graças a altíssima concentração de partículas (lá o mais importante não é a velocidade ou energia da partícula, mas a quantidade de partículas num volume pequeno). Dois pesquisadores do Havaí também fizeram o mesmo alarde. A impressão que da é que são pessoas interessadas em aproveitar a "onda" de publicidade que esta acontecendo. Com relação ao LHC, graças a publicidade extra advinda do livro/filme "Anjos e Demônios", estamos sofrendo uma pressão muito maior. Ainda mais que o livro fala em destruição causada por um "aparato" criado pelo CERN. Na verdade, esse aparato por si só não tem menor sentido. Foi criada até uma pagina no CERN para explicar para a sociedade que muitas das premissas do filme são muito interessantes na ação do filme em si, mas não tem qualquer embasamento cientifico. Quando da inauguração do experimento LEP (nos anos 80 no CERN), apenas as pessoas realmente interessadas tinham acesso a essa informação. Apesar de grandes incertezas, não houve nenhuma discussão a esse respeito na época (que eu saiba. Estava na escola nessa época!).

Outro ponto que também chama muito a atenção é o fato da partícula que estamos a procura, o Boson de Higgs, ter sido apelidado de a "partícula de Deus". Creio que o apelido foi criado primeiro porque dada a dificuldade de encontrar a partícula (o antigo LEP já a procurava), lembra um pouco a procura do cálice sagrado ou algo do gênero. Bem, a tal partícula é difícil mesmo de se achar (e alguns acham mesmo que ela não existe), despertando a curiosidade. A segunda razão, parece-me, pode ter sido para trazer mais publicidade para o tópico. O problema é que, ao misturar ciência e religião, dadas as paixões que despertam ambos os tópicos, podemos acabar numa discussão muito além da questão exata de se encontrar ou não uma entidade com sentido físico.

CACP: O Dr. Walter L. Wagner afirma que os mini buracos negros formados no interior do LHC irão se agrupar e assim juntos formarem um grande buraco com força suficiente para engolir a Terra – teria isso alguma possibilidade?

Dr. Denis: Não conhecia o nome desse pesquisador e suas teorias. Li algumas de suas teorias da internet, aonde todas estão muito bem divulgadas e com seu nome referenciado. Não conheço toda sua obra assim, pode ser um pouco injusto julgar. Me parece, entretanto, que o argumento que tal tipo de evento acontece de forma não destrutiva na natureza sobrepõem seus argumentos para tentar achar um buraco (negro?!) na teoria. Os eventos que estaremos gerando no LHC são raríssimos (mesmo durante as mais intensas colisões as probabilidades que um evento de buraco negro ocorra é bastante baixa) e tais eventos acontecem de forma independente entre si (alguns centímetros de distancia). Assim, a possibilidade que numa mesma colisão dois buracos negros se formem de forma próxima suficiente para que eles se agrupem em escala não microscópica e que isso possa representar algum risco é realmente desprezível.

CACP: Quais os avanços que essas novas descobertas da física poderão, de maneira pragmática, trazer para a sociedade como um todo?

Dr. Denis: Eu sempre respondo esse tipo de pergunta pensando no começo do século 20. Nessa época, pesquisadores como Rutherford bombardeavam finas folhas de metal (ouro) com partículas alfa vindas da decomposição de matérias radiativos, como, por exemplo, o Urânio. Na verdade, esse pesquisador estava fazendo uma das primeiras experiências tais com as que fazemos atualmente. O Urânio, ao emitir diferentes tipos de partículas durante sua desintegração, funciona como um acelerador natural de partículas. A folha de Ouro, funciona como um detector de partículas. Graças a uma experiência a principio sem muito sentido pratico direto como esta, obteve-se uma compreensão profunda do modelo atômico (um núcleo ao centro com elétrons girando a volta). Dai partiu-se para um controle maior dos elétrons em si e dai chegamos (cerca de 40 anos depois) ao transistor. Finalmente, atingimos a nossa sociedade da era da informação que temos hoje em dia. Assim sendo, a pergunta em si me parece um pouco difícil. A verdade é que todo aumento de conhecimento é benéfico, mesmo que só o seja daqui a 40, 100, 200 anos. Para não deixar, entretanto, de dar uma resposta mais concreta, posso citar algumas das pesquisas ou instrumentos desenvolvidos no CERN é que tiveram conseqüências praticas na vida de todos. O mais famoso é o sistema de paginas da internet. O WWW. Foi inventado aqui no CERN com o objetivo de facilitar a comunicação de pesquisadores dispersos no mundo todo através dos Hyper-Documentos. Não acho necessário comentar o impacto desse desenvolvimento na vida de todos. Mais diretamente ligados a pesquisa em si, saiu um artigo recente sobre a utilização de pequenos aceleradores de partículas em clinicas de tratamento de câncer. Um feixe de partículas com energias mais altas é capaz de queimar melhor e de maneira mais precisa um material. O alvo fica mais bem definido em mais alta energia.

Da parte de detectores, posso citar que as mesmas técnicas usadas para detectar partículas interessantes na grande densidade de partículas produzidas a cada colisão do LHC (por exemplo, as técnicas usadas no detector de silício do ATLAS) estão sendo usadas atualmente para realizar radiografia digital, com implicações médicas importantíssimas. O mesmo é feito pelo detector de pixels que esta sendo usado num projeto de tomografia computadorizada. Junto com técnicas de PET-scan, podem ajudar a isolar tumores facilmente e de maneira menos intrusiva. Existe ate um projeto para se criar um olho artificial que poderia ajudar deficientes visuais a voltar a enxergar.

Além de todos estes exemplos (eu realmente tentei resumir ao Máximo), a simples formação de vários pesquisadores (como eu, por exemplo), já é muito importante. Muitos vão trabalhar em pesquisa médica tecnológica e até no mercado financeiro. Essa talvez seja a contribuição de maior importância pró - experimentos: aqueles que não ficaram trabalhando no mesmo, mas levaram a experiência acumulada.

CACP: Suas considerações finais:

Dr. Denis: Espero ter ajudado a divulgar a informação importante de que a pesquisa realizada no CERN é uma pesquisa benéfica pra humanidade e livre de riscos. A nossa própria segurança (nos que estamos na linha de frente desses instrumentos de pesquisa) é um fator que não é de forma alguma negligenciado. É natural, dadas as ambições e também as esperanças depositadas nesse experimento, que certa ansiedade apareça. É também uma característica humana que o medo do desconhecido leve a atitudes extremas. Espero que o maior problema que tenhamos seja realmente algumas noticias de jornal que logo serão esquecidas quando os resultados começarem a aparecer.

Dado o longo tempo que levei pra responder estas perguntas, posso dizer que o acelerador foi finalmente ligado em fins de Novembro e embora tenha operado a baixíssima energia como previsto para o inicio da operação, já tivemos vários eventos sendo detectados pelos nossos detectores. O acelerador foi parcialmente desligado em fins de dezembro já que o CERN não funciona durante o Natal/Ano Novo. A experiência deve retornar em mais alta energia em meados de fevereiro.

Um grande abraço, Denis Damazio

O CACP agradece a sua entrevista.

Fonte: [ CACP ]
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Marcas de uma Igreja Apostólica - Parte III: Pluralidade de presbíteros em cada igreja

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Já vimos que os termos presbíteros e bispos se referem ao memo ofício eclesiástico. Presbíteros eram bispos, e bispos eram presbíteros.

Nesta terceira parte da série "Marcas de uma Igreja Apostólica", iremos abordar uma característica pouco percebida da organização da igreja apostólica primitiva. Veja o que diz Atos 14.23:

E, promovendo-lhes, em cada igreja, a eleição de presbíteros, depois de orar com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido.

Vemos, portanto, o importante fato de Paulo e Barnabé promovendo a eleição de presbíteros em cada igreja. Isso quer dizer que havia mais de um presbítero em cada congregação da Igreja Apostólica. Não importa aqui a quantidade de presbíteros, importa tão somente a pluralidade de presbíteros em cada igreja.

Agora veja Atos 20.17:

De Mileto, mandou a Éfeso chamar os presbíteros da igreja.

Vemos que a Igreja de Éfeso tinha não apenas um presbítero, porém, mas de um. Não custa nada lembrar que no verso 28 os presbíteros foram chamados de bispos. Voltando ao presente artigo, na Igreja de Éfeso havia mais de um (pluralidade) de presbíteros ou bispos.

Agora, vejamos Filipenses 1.1:

Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus, inclusive bispos e diáconos que vivem em Filipos.

Não há nada de diferente nesta passagem. A Igreja de Filipenses possuia também uma pluralidade de presbíteros (bispos).

Você, meu caro internauta, perceberá que a carta que Paulo escreveu à Igreja de Filipenses está endereçada aos bispos (ou presbíteros). Ele percebe que havia presbíteros na Igreja de Éfeso, pois Paulos os chamou para Mileto. O internauta perceberá também que Paulo e Barnabé promoveram a eleição de presbíteros em cada igreja.

Você, internauta, sendo sincero e honesto, não resistirá a conclusão de que, nos dias dos apóstolos, havia em cada igreja, uma pluralidade de presbíteros, ou bispos, em cada igreja.

Portanto, a terceira marca, ou princípio, de governo praticado na Igreja Apostólica era que em cada igreja havia uma pluralidade de presbíteros.

Bom, cabe aos internauta analisar se a igreja em que faz parte, possui um ou vários presbíteros, ou bispos. Na próxima postagem da série, abordaremos a quarta marca da Igreja Apostólica. Até mais.

Autor: Heitor Alves
Fonte: [ Blog dos Eleitos ]

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Um Templo ou um Teatro?

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(Série de artigos da : Editora Fiel, disponibilizados pelo projeto Spurgeon)

Os homens parecem nos dizer: “Não há qualquer utilidade em seguirmos o velho método, arrebatando um aqui e outro ali da grande multidão. Queremos um método mais eficaz. Esperar até que as pessoas sejam nascidas de novo e se tornem seguidores de Cristo é um processo demorado. Vamos abolir a separação que existe entre os regenerados e os não-regenerados. Venham à igreja, todos vocês, convertidos ou não-convertidos. Vocês têm bons desejos e boas resoluções: isto é suficiente; não se preocupem com mais nada. É verdade que vocês não crêem no evangelho, mas nós também não cremos nele. Se vocês crêem em alguma coisa, venham. Se vocês não crêem em nada, não se preocupem; a ‘dúvida sincera’ de vocês é muito melhor do que a fé”.

Talvez o leitor diga: “Mas ninguém fala desta maneira”. É provável que eles não usem esta linguagem, porem este é o verdadeiro significado do cristianismo de nossos dias. Esta é a tendência de nossa época. Posso justificar a afirmação abrangente que acabei de fazer, utilizando a atitude de certos pastores que estão traindo astuciosamente nosso sagrado evangelho sob o pretexto de adaptá-lo a esta época progressista.

O novo método consiste em incorporar o mundo à igreja e, deste modo, incluir grandes áreas em seus limites. Por meio de apresentações dramatizadas, os pastores fazem com que as casas de oração se assemelhem a teatros; transformam o culto em shows musicais e os sermões, em arengas políticas ou ensaios filosóficos. Na verdade, eles transformam o templo em teatro e os servos de Deus, em atores cujo objetivo é entreter os homens. Não é verdade que o Dia do Senhor está se tornando, cada vez mais, um dia de recreação e de ociosidade; e a Casa do Senhor, um templo pagão cheio de ídolos ou um clube social onde existe mais entusiasmo por divertimento do que o zelo de Deus?

Ai de mim! Os limites estão destruídos, e as paredes, arrasadas; e para muitas pessoas não existe igreja nenhuma, exceto aquela que é uma parte do mundo; e nenhum Deus, exceto aquela força desconhecida por meio da qual operam as forças da natureza. Não me demorarei mais falando a respeito desta proposta tão deplorável.

FONTE: [ Editora Fiel ]
Via: [ Projeto Spurgeon ]

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Conquistas esquecidas da Reforma [1]

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Por: Elaine Resende

Esta micro-série pretende resgatar algumas conquistas teológicas dos reformadores. Um conteúdo inovador, que distinguiu de uma vez por todas as igrejas protestantes do catolicismo. Contudo, muitas igrejas evangélicas modernas simplesmente esqueceram ou mesmo nunca praticaram esses pressupostos. Mesmo assim, estas denominações se dizem filhas do pensamento da Reforma. A pergunta que deixo para análise individual: será que apenas por não estar dentro do catolicismo romano, uma denominação pode ser considerada herdeira da Reforma?

A salvação pela fé

Começamos com o apelo primordial da Reforma, expresso muitos séculos antes pelo apóstolo Paulo:
Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie (Efésios 2,8-9).
A salvação pela fé é a antítese da salvação pelas obras. Com ela, questiona-se muitas práticas que visavam a salvação fora de Cristo, como a compra de indulgências. Mesmo práticas consideradas espirituais em certas igrejas, como orações pelos parentes falecidos, ficam sem sentido, uma vez que se entende que a fé deve ser exercida em vida.

Ainda não conheço nenhuma denominação evangélica que afirme a salvação pelas obras. Mesmo assim, a fé que certas igrejas proclamam está bem distante da fé defendida pelos reformadores. Algumas denominações atuais dizem que para "fortalecer" a fé e, com isso, assegurar a salvação, são necessários inúmeros objetos. Estes adquirem poder para abrir os caminhos, espantar mal olhado e restaurar a felicidade no lar. Tudo após um ritual bastante cênico e algumas palavras mágicas proferidas pela liderança.

Paul Freston, em seu artigo Breve história do pentecostalismo brasileiro (um pouco antigo, de 1994, demonstrando que certas coisas não mudam), faz um levantamento sobre a Igreja Universal do Reino de Deus:
Em uma só página da Folha Universal, lemos a respeito dos seguintes símbolos: o Pão da Fartura, a Maçã do Amor, a Rosa Consagrada, o Nardo Ungido, a Sarça dos Milagres , o Sabão em Pó Ungido e uma mesa de frutas simbolizando a prosperidade. Sem falar na Reunião da Paz ("os participantes comparecerão vestindo uma blusa branca e carregando uma rosa branca") e na Vigília do Clamor de Jonas ("os participantes se concentrarão dentro da representação simbólica de uma baleia"). A justificativa do uso de tais recursos é parecida com a da Igreja Católica. Segundo um pastor, as pessoas precisam deles como incentivo à fé , mas o que resolve é a fé.
Não só a Universal, mas suas "filhas" gostam de inventar um objeto mágico. A Igreja Mundial do Poder de Deus lançou no ano passado uma miniatura de um galão de água ungida. Segundo o pastor, uma só gota era suficiente para mudar a vida do fiel. Alguns meses depois do galão veio o pedaço de rede por R$ 153.

O que dizer? Um cristão não precisa de objetos mágicos para incentivar sua fé. O que um cristão precisa para manter a sua fé é de uma vida de oração, leitura atenta da Palavra e do auxílio do Espírito Santo. O resto é invenção para chamar a atenção ou tirar dinheiro das pessoas.

Obs: o artigo de Paul Freston está no livro Nem anjos, nem demônios. Interpretações sociológicas do pentecostalismo.

Autora: Elaine Resende

Fonte: [ Nani e a Teologia ]

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