De estratégias e de sucessos‏

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Por: Izaldil Tavares de Castro.

“Se te mostrares frouxo no dia da angústia,
a tua força será pequena.” (Pv 24: 10).


Os percalços constituem um dos problemas mais perturbadores dos nossos objetivos. Quando nos dispomos a executar planos, imaginamos — ingenuamente — que cada passo será dado em solo plano fértil e firme; pois, afinal, elaboramos nossas estratégias, as quais são tidas como as mais bem selecionadas. Normalmente, não se põem nas “cartas de intenções” estratégias que não prevejam sucesso. Aí é que reside a ingenuidade.

Estratégias não podem significar caminho infalível de sucesso; ao contrário, elas devem representar a prudência necessária para o enfrentamento das previsíveis dificuldades. Todo empreendedor absolutamente confiante nos planos que elaborou à risca verá, em pouco tempo, que seu planejamento ficou vulnerável em algum ponto. Por isso, a boa estratégia é a que prevê o enfrentamento das situações adversas.

A Bíblia recomenda, em Mateus, 10: 16, que os servos de Deus sejam simples como as pombas, e prudentes como as serpentes. A lição de Jesus não se limita ao relacionamento com o mundo; estende-se a toda situação que possa ser adversa aos nossos planos.

As pombas são aves que aparentam enorme simplicidade, tanto em seu aspecto físico quanto em seus movimentos aparentemente assustados. Tais aves, entretanto, têm uma aguçada noção de direção, além de desenvolvido senso de situações perigosas. As pombas são capazes de buscar alimentos em espaços bem perigosos, como, por exemplo, às margens das mais movimentadas rodovias, sem serem inevitavelmente atropeladas: elas alçam vôo tão logo percebam o perigo. Sua simplicidade não é ingênua.

As serpentes, em sua prudência, não se expõem ao perigo; mantêm-se em situação camuflada para que não sejam vítimas de seus predadores.

Nosso Mestre, o Senhor Jesus, algumas vezes decidiu sair do meio da multidão. No Evangelho de Lucas, 5: 16, registra-se que ele se retirava para o deserto e ali orava, quando a multidão o assediava em excesso. Quando seus inimigos procuravam meio de matá-lo, Jesus retirou-se com os seus discípulos para o mar (Mc 3:7; Lc 6: 12). As atitudes de Jesus mostram que estratégias marcam decisões que prevêem dificuldades, e não planos que acenem com a facilidade do sucesso.

A vida de Moisés foi salva, porque sua mãe estrategicamente o colocou em um cesto, no leito do rio Nilo (Ex 2: 3). O apóstolo Paulo vendo-se agredido, certo de que seria morto, desceu num cesto pelo muro da cidade (2 Co 11: 33). A Bíblia não ensina que estratégias são a garantia de sucesso daquilo que pretendemos; são, sim, as armas com que se enfrentam as dificuldades.

Diante de crises que nos ataquem devemos buscar a graça de Deus em oração (I Ts 5: 17), devemos nos socorrer da Sabedoria que vem do alto (Pv 1: 7; Tg 1: 5) e da fortaleza que nos concede o Espírito Santo (Ef 6: 10), afim de que as enfrentemos, na certeza de que não lutamos contra a carne e o sangue (vontade alheia), mas contra as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais (Ef 6: 12).

As estratégias do crente, tendo o respaldo do Céu, serão sim, a garantia de que tem uma fortaleza a qual o inimigo jamais poderá transpor. No dia do problema não podemos nos mostrar atingidos, senão, muito pouca será a nossa força.

Autor: Izaldil Tavares de Castro.
Contatos: prof2tavares@uol.com.br

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