Os evangélicos e a mania de orar no monte.

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Por: Renato Vargens

O dicionário Aurélio define superstição como um sentimento religioso baseado no temor ou na ignorância, e que induz ao conhecimento de falsos deveres, ao receio de coisas fantásticas e à confiança em coisas ineficazes; crendice; apego exagerado e/ou infundado a qualquer coisa".

Pois é, infelizmente alguns dos nossos irmãos em Cristo tem vivenciado uma fé absolutamente sincrética. Ao contrário do que deveria ser, inúmeros cristãos mostram-se extremamente superticiosos. Em nosso meio existem aqueles que deixam a Bíblia aberta no Salmo 91 para afastar desgraças; utilizam a expressão "Tá amarrado" para superar satanás; abrem a Bíblia aleatoriamente para receber uma orientação de Deus; utilizam elementos como galho de arruda, sal grosso e copo d'água ungida dentro de casa, além de subirem a montes acreditando que por orarem lá, Deus se manifestará de forma especial.

Tais pessoas movidas por um misticismo esquizofrênico vêem gravetos brilharem, anjos reluzentes, além de enxergarem no mato manifestações sobrenaturais de Deus.

Caro leitor, não precisamos subir a montes para falar com Deus nem tampouco para sentir sua santa presença. Em Cristo podemos orar e nos relacionarmos com o Pai no quarto, na rua, na igreja, na praia ou em qualquer outro lugar. O monte não é um lugar santo, nem tampouco um local escolhido por Deus para falar ao coração do povo. Afirmar que o Espírito de Deus age de forma especial em montes e montanhas significa desconhecer as verdades bíblicas.

Isto posto afirmo que cristãos supersticiosos estão fadados a uma vida cheia de neuroses e frustrações. Junta-se a isso o fato de que o cristão ao comportar-se deste forma aponta para uma absurda contradição, até porque as raízes históricas e teológicas do protestantismo sempre foram contra toda e qualquer manifestação supersticiosa.

Caro leitor nossa fé não se fundamenta em superstições ou achismos, mas sim na infalível Palavra de Deus. O evangelho está enraizado em fatos históricos, não em mitos ou impressões estereotipadas do que seja servir a Cristo.

Nesta perspectiva afirmo sem titubeios que não existe lugares especiais onde Deus possa falar com o crente. Do ponto de vista bíblico, em qualquer lugar podemos orar e buscar ao Senhor.

A Ele toda a glória!

Autor: Renato Vargens
Fonte: [ Blog do autor ]

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Chamados Para Julgar

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Autor: Pr. Josemar Bessa
Fonte: [ Blog do autor ]
Via: [ VemVer TV ]

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A minha igreja entrou no Reteté!

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Por Ricardo Mamedes

Sou batista histórico e tradicional, e como todos sabem, esses tais costumamavam afirmar categoricamente seguir a Bíblia, especialmente o Novo Testamento, zelando pela sã doutrina e sem se deixar "contaminar" por ventos, ou comichão nos ouvidos. Pois é, era assim...

Eu, e a Igreja aonde congrego, bem fixada, bem enraizada no Evangelho, sempre sóbria, prezando o culto racional (aquele de Paulo), nos sentíamos bem estabelecidos, bem resolvidos, completamente acertados com relação à liturgia. É bem verdade que a ordem do culto já não era aquela de outrora, podendo se dizer que aglutinaram-se novos costumes em razão do próprio dinamismo que a tudo rege. Afinal, tudo muda, essa é a tônica da vida. E nem sempre a mudança significa o aniquilamento do que antes havia, uma vez que é possível aprimorar-se algo, mesmo que seja a liturgia. O fato é que o culto se tornou muito mais movimentado: palmas, aleluias, glórias a Deus, "louvor" moderno, etc. Até aí tudo bem, pois ainda é possível afirmar que "tudo está sendo feito com ordem e decência".

É estranho como as heresias vão chegando sutilmente, como que apalpando o terreno, sondando... O heresiarca é hábil, manipulador, persuasivo. Ele diz, mas sem dizer realmente. Ele nega, sem de fato negar, mas deturpa a verdade , porque tira-lhe a essência. E é assim que o processo de desconstrução da verdade se consuma: muda-se a verdade dos evangelhos. A criatura passa a ser a "bola da vez".

Não se pense que o instrumento da heresia, o seu implantador, venha negando Jesus com palavras claras, ou que elimine a Pessoa de Deus. Não. Ele apenas suga a fé verdadeira das pessoas, tornando-as mortas.

Assim é na "minha" igreja. O assassinato da fé está ocorrendo com a implantação da teologia da prosperidade. O pregador promete a cada semana que "hoje será o dia da sua vitória" (ela vem? ) , insuflando nos incautos fiéis a ganância e a avareza. Ensinando-lhes - habilmente - que a vitória, seja qual for, vem por seu intermédio.

Esse processo de desconstrução da fé genuína caminha a passos largos. O triunfalismo impera. Prega-se o "eu posso vencer" , através de frases empacotadas trazidas prontinhas para que as pessoas repitam. É o mesmo processo da autoajuda. Ensina-se que o homem se basta, anulando-se a figura de Cristo. Mas as pessoas, em sua grande maioria não veem, pois elas estão cegas pela boa fé.

No mesmo pacote o heresiarca traz também os rituais - um deles é essa vã repetição a que fiz alusão. Outro, talvez o mais importante, seja a "quebra de maldições": nas pessoas, na igreja, nos objetos, no prédio, etc... Mais um vez vemos Cristo sepultado, o seu sacrifício anulado. O homem toma o lugar do Cordeiro. Dele vem o remédio para todos os males: do corpo da alma, da mente.

O homem cura, faz revelações... e a revelação única e verdadeira fica em segundo plano, pois as pessoas querem saber dele o que "Deus está dizendo". Então ele responde: "Deus está me dizendo que..."

Unções... muitas unções. De todos os tipos e gostos. O heresiarca, à maneira de um pequeno deus, distribui unções para todos. Quase como se dissesse: - "ninguém ficará sem unção, não se acotovelem!"

E tudo culmina, no final, com o reteté. Pessoas levadas ao transe, uns chorando, outros gritando em "estranhas línguas"; grunhidos. Muitos caindo, ao serem "ministrados" pelo ungido. Calma, eles estão caindo na unção...

Eu decididamente não quero essa unção. Rejeito a unção, dispenso o reteté; quero me manter na vertical, prefiro falar o meu idioma, uma língua inteligível.

Não preciso da unção de homem algum, pois tenho a unção de Cristo. Ele habita em mim desde o dia em que eu o aceitei, reconhecendo o seu sacrifício na cruz como propiciação pelos meus pecados, a sua filiação divina, a ressurreição ao terceiro dia e a sua ascensão aos céus.

Definitivamente não creio nessa batalha espiritual de caça aos demônios, pois não é esse o objetivo da Igreja de Cristo, mas pregar o seu " IDE". Afasto peremptoriamente a possibilidade de um crente ser possuido por demônios, pois acredito em um Deus Todo Poderoso: as trevas não coabitam com a luz. A unção adquirida com a conversão expulsa essas entidades malignas. Deus ampara. Não fosse assim, Deus seria fraco, logo, não seria Deus.

Esses, os tais, pregam um Deus que necessita da sua "ajuda". Um Deus claudicante. E eles veem anjos, determinam aos anjos em suas "sessões" para "cirurgiarem" as pessoas (sei lá o que isso significa). Eles bradam: - "enfia a epada anjo, enfia a espada!".

Eles sabem exatamente o momento em que o espírito santo desce sobre o povo: - É agora, ele está chegando! Sintam! Fechem os olhos! E a música ao fundo, sempre se repetindo, os mesmos acordes, a mesma canção...

O ungido se torna necessário, insubstituível, ele tem que orar por muitos. Ao término, a fila se forma - eles querem a SUA oração. Ele agora se transmudou em INTERMEDIÁRIO do Criador.

Não, eu não quero, pois já tenho um intermediário. Não preciso de santos ocos. Convém que eu diminua...

Sim, essa é uma IGREJA BATISTA TRADICIONAL, HISTÓRICA, podem acreditar.

Oooopa! Se alguém ficou sem unção, calma, pois terça feira tem mais...

(Que o Senhor Todo Poderoso tenha misericórdia da Sua Igreja)

Série: Falsos profetas - Parte VIII

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Apóstolo Valdomiro Santiago
Por Renato Vargens


Vivemos dias onde as heresias se multiplicam a olhos vistos. Junta-se a isso o fato de que inúmeras pessoas tem usado do nome de Deus com o propósito de engrandecimento de seus ministérios pessoais.

O denominado "apóstolo" Valdomiro Santiago é um destes. Se não bastasse apologia que faz a sua denominação desqualificando todas as outras, este falso profeta tem ensinado doutrinas absolutamente antibíblicas onde a toma-la-da-cá se faz presente.

Neste mês de dezembro, Valdomiro teve a cara de pau de pedir publicamente o "trizimo" (vídeo abaixo). Este profeteiro em rede de Televisão teve a pachorra de desafiar seus ouvintes a ofertarem 30% de seus rendimentos. Ora, vamos combinar uma coisa, isso extrapola o bom senso! Em nenhum momento nas Escrituras Sagradas nós vemos o Senhor Jesus, os apóstolos ou qualquer personagem bíblico defendendo esta enorme asneira.

Como bem disse o apóstolo Paulo em sua epístola a Timóteo No últimos dias alguns apostatarão da fé.

"Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência, proibindo o casamento e ordenando a abstinência dos manjares que Deus criou para os fiéis e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças." 1 Timóteo 4:1-3

Caro leitor, diante de tantas aberrações e loucuras em nome de Deus vale a pena trazer a memória alguns versículos da Bíblia:

Mateus 24:24 Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.

Marcos 13:22 Porque se levantarão falsos cristos, e falsos profetas, e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos.

1 Timóteo 6:9 Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.

2 Pedro 2:1 E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.

2 Pedro 2:3 E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.

Que Deus tenha misericórdia do seu povo!

Maranata!





Autor: Renato Vargens
Fonte: [ Blog do autor ]

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Silas Malafaia compra em dolar um avião mais caro que o de R. R. Soares e Samuel Câmara juntos

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Depois do Missionário R. R. Soares e do Apóstolo Renê Terra Nova, mais um famoso pastor aderiu a nova moda evangélica e comprou um avião particular, juntando-se a outros nomes pioneiros nesse tipo de compra como Edir Macedo e Samuel Câmara.

Silas Malafaia, que é o vice-presidente da Covenção Geral das Igrejas Assembléias de Deus, anunciou que comprou o avião em um culto que realizou em uma igreja em Boca Raton, nos Estados Unidos. Segundo vários brasileiros presentes, o Pastor teria dito que foi uma "galinha morta", já que o preço pago foi de 12 milhões de dólares (cerca de R$20.800.000,00), sendo que o avião vale 16 milhões de dólares (cerca de R$27.840.000,00).

O avião de Silas Malafaia não é novo, já teve um dono, mas seu modelo é mais caro do que os aviões de R. R. Soares, Renê Terra Nova e Samuel Câmara juntos, que custam 5 milhões cada, tem banheiro a bordo e capacidade para 8 pessoas.

O blogueiro Leonardo Gonçalves comentou em seu blog sobre o ocorrido: "Com tanta necessidade em terras tupiniquins, com milhares de crentes passando dificuldade nos bolsões da fome no Brasil, confesso que até pensei na possibilidade do senhor Silas usar esse dinheiro para levar educação, alimento e salvação a estas pessoas. Mas infelizmente ele preferiu investir em comodidade, igualando-se aos outros ícones da prosperidade". Leonardo também lembrou dos episódios em que o Pastor Silas Malafaia pediu incisivamente junto com o Dr. Morris Cerullo ofertas voluntárias de R$900 prometendo prosperidade e uma Bíblia de estudo sobre "batalha espiritual e vitória financeira" para os contribuintes: "Parece que a farra dos 900 reais, somado à intimidação que o Cerrulo fez na TV, levou milhares de pessoas a ofertarem para o ministério, e ele [Silas Malafaia], sábio e prudente, aplicou o dinheiro onde havia mais necessidade" e completou "Rachem a cara e queimem a língua todos vocês que disseram que a bíblia de 900 reais não trazia prosperidade! Sim, eu confesso que estava enganado. A bíblia do Cerrullo, de fato, prospera!".

Silas Malafaia, que não constuma dar entrevistas, exibiu a alguns dias em seu programa de televangelismo um desabafo aos que criticam seus atos, visivelmente indignado, o mais famoso pastor da Igreja Assembléia de Deus afirmou que "Quem critica não faz nada. Você conhece alguma coisa que algum crítico construiu? Crítico é um recalcado que tem sucesso da obra alheia", finalizou.

Fonte: [ Gospel+ ]
Via: [ Web Evangelista ]

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Nossa responsabilidade de zelar pelo evangelho

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Por: John Stott

(2 Timóteo 1:12b-18)

Deixando de lado, por enquanto, a segunda parte do versículo 12, chegamos à dupla exortação de Paulo a Timóteo, nos dois versículos seguintes: “Mantém o padrão das sãs palavras que de mim ouviste” (v. 13); “guarda o bom depósito, mediante o Espírito Santo que habita em nós” (v. 14). Aqui Paulo se refere ao evangelho, à fé apostólica, usando duas expressões. O evangelho é tanto um padrão de sãs palavras (v. 13), como um depósito precioso (v. 14).

“Sãs” palavras são palavras “saudáveis”. A expressão grega é empregada nos evangelhos nos casos de pessoas curadas por Jesus. Anteriormente eram deformes ou doentes; agora estavam bem ou “sãs”, por não ser mutilada ou enferma, mas “sadia”, ou “completa”. É o que Paulo mencionara, anteriormente, como sendo “todo o desígnio de Deus” (Atos 20:27).

Além disso, essas “sãs palavras” foram dadas por Paulo a Timóteo num “padrão”. A palavra grega aqui é hypotyposis. A BLH traduz por “exemplo”. E o Dr. Guthrie diz que ela significa um “esboço rápido, como o faria um arquiteto, antes de lançar no papel os planos detalhados de uma construção” [15]. Neste último caso Paulo estaria sugerindo a Timóteo que ampliasse, expusesse e aplicasse o ensino apostólico. Parece-me que essa interpretação não se harmoniza com o contexto, principalmente num confronto com o versículo seguinte. A única outra ocorrência de hypotyposis no Novo Testamento encontra-se na primeira carta de Paulo a Timóteo, onde ele descreve a si mesmo como um objeto da maravilhosa misericórdia e da perfeita paciência de Cristo, como um “exemplo dos que haviam de crer nEle” (1:16). Arndt e Gingrich, que optaram por “modelo” ou “exemplo” como sendo a tradução usual, sugerem que essa palavra é empregada mais com o sentido de “protótipo” em 1 Timóteo 1:16 e com o sentido de “padrão” em 2 Timóteo 1:13. Neste caso Paulo estaria ordenando a Timóteo que conservasse como um padrão as sãs palavras, isto é, “como um modelo de ensino sadio”, aquilo que ouvira do apóstolo. Isto certamente corresponde ao ensino geral da carta e reflete fielmente a ênfase da sentença na primeira palavra, “modelo” ou “padrão”.

Assim, o ensino de Paulo deve ser uma regra ou diretriz para Timóteo, da qual este não deve se afastar. Pelo contrário, deve obedecer a essa regra, ou melhor, deve apegar-se a ele com firmeza (eche). E assim deve proceder “na fé e no amor que há em Cristo Jesus”. Isto é, Paulo não está tão preocupado com o que Timóteo deve fazer, mas sim como o modo como ele o fará. As convicções doutrinárias de Timóteo e a instrução recebida de outros, assim como as que reteve firmemente dos ensinos de Paulo, devem ser manifestas com fé e amor. Timóteo deve procurar estas qualidades em Cristo: uma crença sincera e um amor pleno.

A fé apostólica não é somente um “padrão de sãs palavras”; é também o “bom depósito” (he kale paratheke). Ou como expressa a BLH: “as boas coisas que foram entregues a você”. Sim, o evangelho é um tesouro, depositado em custódia na igreja. Cristo o confiou a Paulo; e Paulo, por sua vez, o confiou a Timóteo.

Timóteo deveria “guardá-lo”. É precisamente o mesmo apelo que Paulo lançou no final da sua primeira carta (6:20), com a única diferença de que agora ele o chama de “bom”, literalmente “belo” depósito. O verbo (phylasso) tem o sentido de guardar algo “para que não se perca ou se danifique” (AG). É empregado com a idéia de guardar um palácio contra saqueadores, e bens contra ladrões (Lucas 11:21; Atos 22:20). Fora há hereges prontos a corromper o evangelho e desta forma roubar da igreja o inestimável tesouro que lhe foi confiado. Cabe a Timóteo colocar-se em guarda.

Deveria ele guardar o evangelho com toda a firmeza possível em vista do que acontecera em Éfeso (a capital da província romana da Ásia) e seus arredores, onde Timóteo se encontrava (v. 15). O tempo aoristo do verbo “me abandonaram” parece referir-se a um acontecimento especial. É mais provável que tenha sido o momento da segunda detenção de Paulo. As igrejas da Ásia, onde trabalhara por vários anos, tornaram-se muito dependentes dele, e talvez a prisão do apóstolo lhes tenha incutido a idéia de que a fé cristã agora estava perdida. A reação deles talvez tenha sido repudiar Paulo ou recusar-se a reconhecê-lo. De Figelo e Hermógenes nada sabemos de concreto, mas a menção de seus nomes nos indica que possivelmente eles tenham sido os cabeças da oposição. De qualquer modo, Paulo via nesse afastamento das igrejas da Ásia mais do que uma simples deserção pessoal dele; era, sim, uma rejeição à autoridade apostólica. Deve ter-lhe sido algo bastante sério, principalmente porque alguns anos antes, durante a sua permanência em Éfeso por dois anos e meio, Lucas registra que “todos os habitantes da Ásia ouviram a palavra do Senhor, e muitos creram” (Atos 19:10). Agora “os que estão na Ásia” haviam voltado as costas para Paulo. A um grande despertamento seguiu-se uma grande deserção. “A todos os olhos, menos aos da fé, deve ter parecido que o evangelho estava às vésperas da extinção” [16].

Uma grande exceção parece ter sido um homem chamado Onesíforo, o qual repetidas vezes acolhera Paulo em sua casa (literalmente “reanimou-o”, v. 16) e que, em Éfeso, prestara-lhe muitos serviços (v. 18). Onesíforo permanecera, desde modo, fiel ao significado do seu nome: “portador de préstimos”. Além disso, não se envergonhara das algemas de Paulo (v. 16), o que dá a entender que não repudiou a Paulo quando preso, e que o seguiu, e mesmo o acompanhou a Roma, procurando-o até encontrá-lo no calabouço. Paulo tinha boas razões para ser grato por este amigo fiel e corajoso. Não é surpreendente, pois, que se expresse por duas vezes em oração (vs. 16, 18), primeiro por sua casa (“conceda o Senhor misericórdia à casa de Onesíforo”) e depois, especificamente, por Onesíforo (“O Senhor lhe conceda, naquele dia, achar misericórdia da parte do Senhor”).

Vários comentaristas, notadamente católicos romanos, partindo das referências à casa de Onesíforo (mencionada novamente em 4:19) e à expressão “naquele dia”, têm argumentado que Onesíforo àquela altura estava morto e que, por conseguinte, no versículo 18 temos uma oração em favor de um falecido. Isto, na verdade, não passa de uma simples e gratuita conjectura. O fato de Paulo mencionar primeiro Onesíforo e depois sua casa não dá a entender necessariamente que estejam eles separados em virtude de sua morte; é mais viável crer que fosse devido à distância: Onesíforo estava ainda em Roma, enquanto que sua família permanecia em casa, em Éfeso. “Considero que é uma oração em separado pelo homem e por sua família”, escreve o Rev. Moule, “por estarem então separados um do outro, por terras e mares...Não há necessidade alguma de interpretar que Onesíforo tivesse morrido. A separação de sua família, por uma viagem, isso é o que se depreende da passagem”. [17]

Em todo o caso, todos na Ásia, como Timóteo estava bem ciente, voltaram as costas ao apóstolo, com exceção do leal Onesíforo e de sua família. Era em tal situação de apostasia quase universal que Timóteo deveria “guardar o bom depósito” e “manter o padrão das sãs palavras”, ou seja, deveria preservar o evangelho imaculado e genuíno. Já seria uma grande responsabilidade para qualquer um, quanto mais para alguém com o temperamento de Timóteo. Como poderia então permanecer firme?

O apóstolo dá a Timóteo a base segura de que ele necessita. Timóteo não pode pensar em guardar o tesouro do evangelho com força própria; somente poderá fazê-lo “mediante o Espírito Santo que habita em nós” (v. 14). A mesma verdade é ensinada na segunda parte do versículo 12, que até aqui ainda não consideramos. A maior parte dos cristãos está familiarizada com a tradução “porque sei em quem tenho crido, e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia”. Essas palavras são verdadeiras e muitas outras passagens bíblicas as confirmam; quanto à estrutura linguística, foram traduzidas acuradamente. De fato, tanto o verbo “guardar” como o substantivo “depósito” são precisamente as mesmas palavras no versículo 12 e no versículo 14 e ainda em 1 Timóteo 6:20. Presume-se, então, que “o meu depósito” não é o que eu lhe confiei (minha alma ou eu mesmo, como em 1 Pedro 4:19), mas aquilo que ele confiou a mim (o evangelho).

O sentido, pois, é este: Paulo podia dizer que o depósito é “meu”, porque Cristo lho confiou. Contudo, Paulo estava persuadido de que era Cristo que iria conversá-lo seguro “até aquele dia”, quando ele teria de prestar contas da sua mordomia. Em que se baseava a sua confiança? Somente numa coisa: “eu o conheço”. Paulo conhecia a Cristo, em quem confiava, e estava convencido da capacidade dele para manter o depósito em segurança: “porque sei em quem tenho crido, e estou bem certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia” (v. 12). Cristo cuidará do depósito. E agora Paulo o está confiando a Timóteo. E Timóteo pode ter esta mesma segurança.

Aqui há um estímulo muito grande. Em última análise, é Deus mesmo quem preserva o evangelho. Ele se responsabiliza por sua conservação: “Sobre qualquer outro fundamento a obra da pregação não se sustentaria nem por um momento” [18]. Podemos ver a fé evangélica encontrando oposição em toda parte, e a mensagem apostólica sendo ridicularizada. Talvez vejamos uma crescente apostasia crescer na igreja, muitos de nossa geração abandonando a fé de seus pais. Mas não temos nada a temer! Deus nunca permitirá que a luz do evangelho apague. É verdade que ele o confiou a nós, frágeis e falíveis criaturas. Ele colocou o seu tesouro em frágeis vasos de barro, e nós devemos assumir a nossa parte na guarda e na defesa da verdade. Contudo, mesmo tendo entregue o depósito aos cuidados de nossas mãos, Deus não retirou as Suas mãos desse depósito. Ele mesmo é, afinal, o Seu melhor vigia; Ele saberá preservar a verdade que confiou à Igreja. Isto nós sabemos, porque sabemos em quem depositamos a nossa confiança, e em quem continuamos a confiar.

Vimos que o evangelho é a boa nova da salvação, prometida desde a eternidade, concretizada na História por Cristo, e oferecida à fé.

A nossa primeira responsabilidade reside na comunicação do evangelho, fazendo uso de velhos métodos ou procurando novos caminhos para torná-lo conhecido por todo o mundo.

Se assim procedermos, certamente sofreremos por ele, já que o autêntico evangelho nunca foi popular. Ele humilha muito o pecador.

E ao sermos chamados a sofrer pelo evangelho, somos tentados a adaptá-lo, a eliminar aqueles elementos que ofendem e provocam oposição, a silenciar as notas que ferem os sensíveis ouvidos modernos.

Mas devemos resistir a esta tentação. Pois, antes de tudo, fomos chamados a guardar o evangelho, conservando-o puro, a qualquer preço, preservando-o de toda corrupção.

Guardá-lo fielmente. Difundi-lo ativamente. Sofrer corajosamente por ele. Esta é a nossa tríplice responsabilidade perante o evangelho de Deus, de acordo com este primeiro capítulo.


NOTAS:
[15] - Guthrie, p. 132.
[16] - Moule, p. 16.
[17] - Moule, pp. 67,68.
[18] -Barrett, p. 97.


Fonte: John Stott, A Mensagem de 2 Timóteo, Editora ABU.
Via: [ Monergismo ]

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A incompatibilidade da sã doutrina com o evangelho politicamente correto.

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Por Renato Vargens

Estou convicto que algumas pessoas ao longo da história abandonaram a Comunidade da Fé em virtude das mensagens pregadas. Infelizmente em um mundo "politicamente correto" os frequentadores de igreja não desejam ouvir TODO CONSELHO DE DEUS. Na verdade, tais pessoas preferem mensagens cujo conteúdo seja exclusivamente voltado para a sua satisfação pessoal.

O famoso pregador inglês Charles Haddon Spurgeon, ao pregar em 05 de fevereiro de 1882, sobre a passagem de João 6:66, "Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com ele", disse: A deserção neste caso foi por causa da doutrina...A verdade era dura demais para eles, não podiam agüentá-la. "Duro é este discurso; quem o pode ouvir?" Um discípulo verdadeiro senta-se aos pés do seu Mestre e crê no que lhe é dito, mesmo quando não consegue compreender o sentido, ou não vê as razões pelas quais o seu Mestre o diz; mas estes homens não tinham o espírito essencial de discípulo, e, conseqüentemente, quando o seu Instrutor começou a desvendar as partes mais recônditas do rol da verdade, eles não quiseram ouvir a Sua leitura delas. Eles estariam dispostos a crer quanto pudessem entender, porém quando não puderam compreender, giraram nos calcanhares e se foram da escola do Grande Mestre. (CHS, Sermons, 28, 111-2)

Caro leitor, um número incontável de crentes não querem ser confrontados pela Palavra de Deus. Na verdade, o que eles desejam é desfrutar das benesses de um clube cristão cujas mensagens pregadas pelo pastor afague o ego, incentive a prosperidade, e promova a felicidade.

Isto posto, chego a conclusão que definitivamente estamos vivendo um tempo de secularização na igreja, onde os cultos se fundamentam em ações motivacionais e principios de auto ajuda. Infelizmente o que determina o sucesso do culto não é mais a Palavra, mas o gosto da freguesia. A igreja prega o que dá ibope, oferecendo ao povo o que ele quer ouvir. Esse evangelho híbrido anuncia Cristo juntamente com o evangelho do descarrego, da quebra de maldições, da prosperidade material e dos decretos humanos.

Prezados, como inúmeras vezes afirmei neste blog, confesso que estou absolutamente perplexo e preocupado com os rumos da igreja evangélica brasileira. Chego a conclusão de que mais do que nunca a igreja de Cristo precisa URGENTEMENTE de uma nova reforma.

Pense nisso!

Renato Vargens
Fonte: [ Blog do autor ]

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A leitura da Bíblia e a pós-modernidade

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Por: Augustus Nicodemus Lopes

Um estudo de como alguns elementos filosóficos e religiosos da pós-modernidade afetam a interpretação bíblica dos evangélicos.


Meu alvo nesse pequeno artigo é mostrar como alguns elementos filosóficos e religiosos da pós-modernidade afetam a interpretação bíblica dos evangélicos, e em especial, dos reformados. Os reformados calvinistas têm tradicionalmente interpretado as Escrituras partindo de alguns pressupostos. Primeiro, que as Escrituras são divinas, em sua origem, infalíveis e inerrantes no que ensinam, seguras e certas no seu ensino. A Bíblia é a revelação da verdade. Só existe uma religião certa, a que se encontra revelada na Bíblia. Tudo o que é necessário à salvação e à vida cristã estão claramente reveladas na Escritura. Não há salvação fora do Cristianismo. Esta salvação é claramente exposta na Bíblia.

Existem alguns aspectos da pós-modernidade que ameaçam a interpretação reformada das Escrituras. Primeiro, o conceito de tolerância. Eu me refiro à idéia contemporânea de total complacência para com o pensamento de outros quanto à política, sexo, religião, raça, gênero, valores morais e atitudes pessoais, ao ponto de nunca se externar seu próprio ponto de vista de forma a contradizer o ponto de vista dos outros. Esse tipo de tolerância não deve ser confundida com a tolerância cristã, pois resulta da falta de convicções em questões filosóficas, morais e religiosas: "A tolerância é a virtude do homem sem convicções" (G. K. Chesterton). É fortalecida pela queda na confiança na verdade, causada pelo avanço da pós-modernidade.

É aqui que entra o conceito de "politicamente correto". Significa aquilo que é aceitável como correto na sociedade onde se vive. É o que se faz em um grupo sem que ninguém seja ofendido. Por exemplo, não é "politicamente correto" tomar atitudes ou afirmar coisas que venham a desagradar pessoas, como por exemplo, emitir valores morais sobre o comportamento sexual das pessoas.

É "politicamente correto" ouvir o que os outros dizem sem qualquer crítica, reparo ou discordância explícita. Aqui devemos também notar em especial a preocupação em não ofender as minorias ou grupos oprimidos: negros, mulheres, pobres, pessoas do 3º mundo.

É preciso observar que existe uma tolerância exigida do cristão. Devemos tolerar as pessoas, mas não suas crenças, quando estas contrariam a verdade de Deus revelada nas Escrituras. Temos o dever de ouvir o que elas tem a dizer, e aprender delas naquilo em que se conformam com a verdade bíblica. Porém, tolerância ao erro, quando a verdade bíblica está em jogo, é omissão pecaminosa.

A tolerância tão característica da pós-modernidade pode afetar a interpretação da Bíblia levando as pessoas a interpretá-la a partir do conceito de "politicamente correto." Evita-se qualquer leitura, interpretação ou posicionamento que venha a ser ofensivo à sociedade ou comunidade a que se ministra. Textos bíblicos que denunciam claramente determinados comportamentos morais, como o homossexualismo, são domesticados com uma leitura crítica que os reduz a expressões retrógradas típicas dos machistas do século I. Textos que anunciam a Cristo como o único caminho para Deus são interpretados de tal forma a não excluir a salvação em outras religiões.

Um outro aspecto da pós-modernidade que afeta a leitura da Bíblia é o inclusivismo. Num certo sentido, é o resultado do multiculturalismo do mundo pós-moderno. Não há mais no mundo ocidental um país com uma cultura única e uma raça homogênea. Países ocidentais são multiculturais e tem uma mescla de diversas raças. Para que não se seja ofensivo, e para que se possa conviver harmoniosamente, é necessário ser inclusivista. Isso significa dar vez e voz a todas as culturas e raças representadas.

Na sociedade pós-moderna, o conceito ser estende para incluir os grupos moralmente orientados. Significa especialmente repartir o poder com as minorias anteriormente oprimidas pelas estruturas de poder, como negros, "gays", mulheres, e raças minoritárias.

Existem coisas boas do inclusivismo multiculturalista, como por exemplo, estudos nos meios acadêmicos sobre a cultura de raças minoritárias e oprimidas no ocidente, como africanos, hispânicos e orientais. Também a criação de bolsas de estudos e empregos para membros destas minorias raciais, bem como de grupos oprimidos, como as mulheres. Ainda digno de nota é a luta contra discriminação baseada tão somente em raça, religião, postura política e gênero.

Mas existem coisas que nos preocupam no inclusivismo. A maior de todas é que o inclusivismo exclui qualquer juízo de valor em termos morais, religiosos, e de justiça. Tem que ser assim para que o relacionamento multicultural e multi-moral funcione.

O inclusivismo acaba também influenciando na interpretação bíblica. Sua mensagem é abordada do ponto de vista do programa das minorias. Por exemplo, a chamada "teologia negra," a teologia da libertação, teologias feministas. Outra coisa é a tendência cada vez mais forte de se publicarem traduções da Bíblia sem linguagem genérica ofensiva, isto é, tirando todas as referências a Deus como sendo homem, etc.

Um terceiro aspecto da pós-modernidade que influencia a leitura da Bíblia hoje é o relativismo. O relativismo, no que tange ao campo dos valores e dos conceitos morais e religiosos, é a idéia de que todos os valores morais e as crenças religiosas são igualmente válidos e que não se pode julgar entre eles. A verdade depende das lentes que alguém usa para ler a vida. O importante é que as pessoas tenham crenças, e não provar que uma delas é certa e a outra errada. Não há meio de se arbitrar sobre a verdade porque não há parâmetros absolutos. Desta forma, alguém pode crer em coisas mutuamente excludentes sem qualquer inconsistência. Ninguém pode tentar mudar a opinião de outrem em questões morais e religiosas.

Existem alguns perigos no relativismo quanto à leitura da Bíblia. Primeiro, o relativismo acaba por minar a credibilidade em qualquer forma de interpretação que se proponha como a correta. Segundo, acaba por individualizar a verdade. Cada pessoa tem sua verdade e ninguém pode alegar que a sua é superior à dos outros. Portanto, ninguém pode ter a pretensão de converter outros à sua fé.

Muitos evangelistas tentam suavizar a sua interpretação da mensagem do Evangelho, excluindo os elementos que não são "politicamente corretos" como: pecado, culpa, condenação, ira de Deus, arrependimento, mudança de vida. Acaba sendo uma tentação de escapar pela forma mais fácil do dilema entre falar todo o conselho de Deus ou ofender as pessoas.

Esses são alguns dos perigos que a pós-modernidade traz à leitura e interpretação das Escrituras. Reconhecemos a contribuição da pós-modernidade em destacar a participação do contexto e do leitor na produção de significado, quando se lê um texto. Porém, discordamos que isso invalide a possibilidade de uma leitura das Escrituras que nos permita alcançar a mensagem de Deus para nós e de ouvir a voz de Cristo, como Ele gostaria que ouvíssemos.


Autor: Rev. Augustus Nicodemus Lopes
Fonte: [ IPCB ]

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Curso pra ser profeta?

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Por: Dalton Gerth

Navegando pela internet eu vi um cartaz que fazia um convite muito interessantes. Esse convite era para fazer um curso de treinamento para virar profeta:

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Inicialmente, você deve já ter percebido que a palavra Profeta não possui acentuação, nem antes e nem mesmo depois do Acordo Ortográfico.

Mas como alguém pode se tornar um Profeta? Parece que, para sermos *profetas*, só é necessário um curso, de alguém que imaginar *ser* um profeta, e pronto - nos tornamos um profeta! Que absurdo!

Não sei ainda, como nosso amado irmão e pastor Renato Vargens, um dos remanescentes pastores sérios que combatem a esquisitice e velhacaria desse meio, ainda não viu o “Curso para se tornar um Profeta”.

Logo, veremos cursos para tornar-se um *Messias*, ou então um *Quase-Messias*.

Procurei saber quem é o preletor, que se proclama “Proféta (sic) e Mestre”. Achei estranho que um profeta verdadeiro, aquele que ouve as questões diretamente de Deus, não saber escrever direito a palavrinha “profeta”, mas deixei passar esse erro. Afinal de contas o tal curso em si é um erro muito mais grave.

Agora, imaginem só alguém supostamente Profeta, comparar o Deputado Gabeira com o próprio Profeta Moisés. Não tenho nada contra o atual deputado, mas seria uma comparação totalmente absurda e esdrúxula.

Moisés foi o escolhido por Deus, para libertar os cativos do Egito, assim bem resumidamente. Foi através dele que Deus nos deu o primeiro código, o das Leis Mosaicas. Qualquer comparação desse nível seria totalmente absurda. Mas foi exatamente o que o tal Proféta (sic) disse.

Vejamos a palavra profética de Martin Scott:

“Em encontro para selar o apoio de pastores evangélicos, Fernando Gabeira (PV) teve sua trajetória comparada à história do profeta Moisés. Político sem religião declarada, o verde pediu uma oração por ele e seu projeto para a cidade. Gabeira recebeu o apoio do líder da Igreja Reina, o bispo Hermes Fernandes, e de pastores da Assembléia de Deus e das igrejas Batista e Presbiteriana, em cerimônia em Campo Grande (zona oeste). Na oração solicitada pelo candidato, o reverendo inglês Martin Scott, em visita ao Brasil pela Pioneer Church (igreja pioneira, em inglês), afirmou que "há comparação entre o senhor [Gabeira] e aquilo que Moisés atravessou"

Fonte: [ http://congressoemfoco.ig.com.br ]

Em virtude de tal afirmação, acredito que o mais correto seria parar de escrever, porque é demais para a minha intelectualidade e cristandade.

Fonte: [ CACP ]
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Como ser salvo da religião - Gálatas 4:8-11

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Fonte: [ Pensar e Orar ]

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O homem sonha e Deus realiza

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Por: Rev. Marcos André Marques


A frase acima parece mais uma das encontradas em pára-choque de caminhão, mas não é. Ela faz parte de um novo tipo de adeptos de frases de auto-ajuda, que estão presentes hoje em muitas traseiras de automóveis, que circulam pelas ruas das cidades espalhadas por esse imenso Brasil.

Porém, quero me utilizar dela para combater o que os adeptos da teologia da prosperidade, da confissão positiva e também, dos já populares teólogos da auto-ajuda, estão divulgando em suas canções, preleções e ações.

Na busca pela divinização do homem e na humanização de Deus, que implica em tornar o homem onipotente e Deus em subserviente à vontade humana, esse grupo (não quero cometer o extremo de chamá-lo de quadrilha, embora muitos o façam) tem afirmado, constantemente, que “Deus tem sonhos”. Isso tem me incomodado imensamente por pelo menos três motivos:

1) Deus não dorme. Como poderia sonhar. O salmista no salmo 121.4, afirma: “É certo que não dormita, nem dorme o guarda de Israel”. Acho que estão cometendo um grande engano, pois estão querendo colocar Deus para dormir;

2) O sonho é algo passível de acontecer ou não. Pelo que eu sei das Escrituras Sagradas afirmam que Deus é soberano;

3) Deus não sonha; Deus tem planos e nenhum deles podem ser frustrados (cf. Jó 42.2).

Alguns, inadvertidamente, querem defender a idéia de que sonho e plano são sinônimos, porém, observe o que diz o Dicionário Aurélio XXI sobre sonho e plano:

Sonho [Do lat. somniu.], substantivo, masculino;

1. Seqüência de fenômenos psíquicos (imagens, representações, atos, idéias, etc.) que involuntariamente ocorrem durante o sono;
2. O objeto do sonho (1); aquilo com que se sonha;
3. Seqüência de pensamentos, de idéias vagas, mais ou menos agradáveis, mais ou menos incoerentes, às quais o espírito se entrega em estado de vigília, geralmente para fugir à realidade; devaneio, fantasia;
4. Desejo veemente; aspiração;
5. Aquilo que enleva, transporta, pela extraordinária beleza natural ou estética;
6. Coisa ou pessoa muito bonita; visão;
7. Idéia dominante perseguida com interesse e paixão;
8. O que é produto da imaginação; fantasia, ilusão; quimera (exemplo: seus planos não passam de sonhos)

Plano [Do lat. planu.], substantivo, masculino;

1. Projeto;
2. Projeto ou empreendimento com fim determinado;
3. Conjunto de métodos e medidas para a execução de um empreendimento;
4. Documento que encerra um conjunto de ações governamentais a serem adotadas, visando determinado objetivo;
5. Arranjo ou disposição de uma obra;

Ao meu modo dever e seguindo o que ensina a Bíblia Sagrada, essas palavras não são usadas uma pela outra, principalmente quando se referem a Deus.

Além dos motivos expressos acima, o que realmente está por trás desse tremendo equivoco, são os pressupostos humanistas e secularizado, desses teólogos de meia-tijela, que além de defender uma hermenêutica contemporânea, que nega o sentido do texto como dádiva do autor, buscando justificar as suas afirmações e doutrinas, torcem a verdade de Deus para a sua própria condenação.

Por isso, invertem os papéis. Querem tornar os homens deuses e transformar Deus em seu servo, uma completa loucura! Tais teólogos, via de regra, se utilizando de meios de comunicação em massa (rádio ou TV), fazem, diariamente, afirmações esdrúxulas do tipo: Deus tem sonhos! Ou: Exija seus direitos! Ou ainda, coloque Deus no recanto da parede e exija o que ele lhe prometeu!

Infelizmente, devido à ignorância bíblica do povo, que se diz de Deus, esses falsos mestres, falsos pastores e falsos apóstolos têm conseguido grande número de adeptos. Esses se importam apenas em barganhar com Deus a fim de obterem mais lucros e se tornarem cada vez mais ricos. Desejam gozar “o lado bom da vida”, mergulhando num imenso hedonismo e, deixando de lado o que é mais importante: os dividendos espirituais. Devemos lembrar o que disse o Senhor Jesus: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6.19-20).

Em vista disso, embora pareça démodé, prefiro a frase ingênua e típica de pára-choque de caminhão: O homem sonha e Deus realiza, a comprometedora, equivocada e herética frase dos defensores da Teologia da Prosperidade, quando afirmam: “Eu não morrerei enquanto o Senhor não cumprir em mim todos os sonhos que ele mesmo sonhou pra mim”.


Rev. Marcos André Marques
Fonte: [ Blog do autor ]

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O Falso Pacifismo e o Debate Teológico

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Por: Heitor Alves

Se existe uma coisa que traz grande perigo para a igreja de Cristo, neste início do século XXI, é a pregação de um suposto pacifismo. Esse pacifismo tem abalado grandemente os alicerces da fé cristã histórica. É uma das armas do inimigo no combate ao povo de Deus. O pacifismo que se prega por aí constitui uma antítese à polêmica ou ao espírito combativo.

Muitos crentes se recusam a participar de debates e discussões teológicos, alegando que são pacíficos e que isso só causa divisões entre o povo de Deus. Será mesmo que se afastam dos debates por não “mancharem a unidade evangélica”? Será que a recusa em participar de tais encontros, reflete uma consciente deficiência dos próprios argumentos? Uma atitude assim só pode refletir uma coisa: os argumentos doutrinários de tais evangélicos não subsistem diante da verdade bíblica! Simplesmente não sabem defender a fé que professam!

Vivemos em meio a um clima de ecumenismo. E tudo o que deve ser feito para não comprometer a tal “unidade religiosa”, precisa ser feito a todo custo, devendo ser evitado até as polêmicas, porque são prejudiciais. Discussões e debates teológicos são desencorajados entre os pacifistas. Tais discussões trazem divisões entre o povo de Deus, criam-se rixas e, além disso, afirmam eles, a discussão desvia a igreja do seu papel fundamental no mundo: a evangelização.

Podemos até concordar com eles, em parte. De fato, devemos evitar debates inúteis, baixas e indelicadas. Debates de cunho pessoal devem ser evitados, pois o que a Bíblia encoraja são os debates no campo das idéias, mesmo que se citem os nomes de seus idealizadores. Não devemos evitar as discussões, se elas envolvem a teologia e a ética. Neste caso, os debates devem produzir efeitos construtivos e salutares, porque se realiza no terreno ideológico, sendo assinalada pela abstração, sem descer às questões de ordem pessoal.

Infelizmente, há pessoas que ultrapassam os limites da educação. Não são merecedores de respostas, pois pecam no excesso de linguagem imprópria à pessoa de boa educação. Podemos ser firmes com quem discorda de nós e militar incansavelmente contra no erro sem ferir com a cordialidade.

Mas essas exceções não devem impedir que os debates aconteçam. Vemos nesse tal pacifismo religioso, avesso aos debates e discussões teológicas, uma tendência perigosa e antibíblica de acomodação ao erro. Pratica-se um pacifismo com o sacrifício da doutrina e isso não condiz com a verdade do ensino bíblico. O evangelho é revolucionário, ele cria divisões (Lc 12.51-53). O evangelho também coloca em atrito o novo homem contra o velho.

Porém, este mesmo evangelho que traz divisões, estabelece uma paz àqueles que o recebem, mesmo com os turbilhões que sobrevêm a esta vida. É uma conseqüência natural da pregação do evangelho. Ela só existe para aqueles que aceitam a Cristo como Salvador pessoal. Textos como os de Lucas 2.14 e Isaías 9.6 se referem à paz trazida pela mensagem do evangelho e que são recebidas e aceitas pelo pecador arrependido. Precisamos entender que numa mesma mensagem do evangelho, ela pode trazer paz àqueles que o recebem e pode trazer divisões àqueles que permanecem com os corações endurecidos e impenitentes. Esta divisão é inevitável, uma vez que os que têm a mente carnal aborrecem os que têm a mente espiritual. Foi o próprio Cristo que afirmou que o mundo odeia os que seguem o evangelho (Jo 15.18,19; 17.14; 1Jo 3.13).

Há uma luta entre os servos de Cristo e seus inimigos. É impossível haver compatibilidade entre os verdadeiros crentes e incrédulos, entre reformados e (neo)pentecostais, entre protestantes e católicos romanos, entre fiéis e infiéis. Logo, é impossível a coexistência pacífica entre correntes doutrinárias adversas. É impossível este ecumenismo. Não nos iludamos com isso: enquanto houver dissentimento entre os homens n que diz respeito à base da religião, não poderá haver concórdia entre eles. É uma utopia imaginarmos a verdadeira paz entre adeptos de correntes teológicas opostas.

Há ministros e membros de igrejas afirmando que deve haver mais união entre os crentes. Mas a união proposta deixa de lado os princípios básicos do cristianismo. Estão dispostos a abandonar algumas doutrinas ortodoxas para abraçarem a paz. Querem comprar a paz pelo preço da verdade. O fato do evangelho dividir os homens demonstra a proeminência ou supremacia do Senhor Jesus Cristo e a superioridade e veracidade do cristianismo, do qual Ele é o Fundador. Falar de pacifismo é desconhecer a essência do evangelho.

A divisão é um preceito bíblico, quando determinada por questões sublimes e por um profundo interesse à causa do Mestre. Quando temos uma divisão causada por questões doutrinárias, isso é louvável, porque expressa a fidelidade bíblica de quem a promove.

Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas. Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más (2Jo 10,11).

Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles, porque esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos incautos (Rm 16.17,18).

Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que ande desordenadamente e não segundo a tradição que de nós recebestes(...) Caso alguém não preste obediência à nossa palavra dada por esta epístola, notai-o; nem vos associeis com ele, para que fique envergonhado. Todavia, não o considereis por inimigo, mas adverti-o como irmão (2Ts 3.6,14,15).

Evita o homem faccioso, depois de admoestá-lo primeira e segunda vez... (Tt 3.10).

As Escrituras não autorizam divisões causadas por brigas pessoais, insultos, desentendimento por questões fúteis e vazias de valor. Não pode haver divisões entre crentes de mesmo credo (1Co 1.10-13; 3.1-9). Somos informados, nestes textos, que as divisões e contendas entre os coríntios não eram baseadas na doutrina, uma vez que Paulo exorta que se falem a mesma coisa e que tenham as mesmas conclusões. Paulo considerava os membros da igreja de corinto como tendo o mesmo credo, a mesma crença doutrinária, o mesmo conjunto de doutrina que formava a fé deles. Isso justifica a exortação à unidade. A exortação bíblica à unidade é com base na verdade. É a verdade bíblica, a doutrina fiel das Escrituras, que torna possível a unidade entre os cristãos de mesma crença doutrinária.

Amado, procedes fielmente naquilo que praticas para com os irmãos, e isto fazes mesmo quando são estrangeiros, os quais, perante a igreja, deram testemunho do teu amor. Bem farás encaminhando-os em sua jornada por modo digno de Deus; pois por causa do Nome foi que saíram, nada recebendo dos gentios. Portanto, devemos acolher esses irmãos, para nos tornarmos cooperadores da verdade (3Jo 5-8).

A obrigação de acolher e de animar aqueles que proclamam o verdadeiro evangelho de lugar em lugar e à alegria por fazê-lo acrescentar-se, opostamente, a necessidade de evitar aqueles que proclamam um falso evangelho. A verdade da doutrina bíblica, a verdadeira teologia bíblica, é a força motriz que deve unir os cristãos de mesmo credo. A união só pode ser possível se for na verdade.

A separação é o caminho da paz. Para que Abraão e Ló vivessem em paz, foi necessário a separação dos dois (Gn 13.1-18). É melhor uma separação do que uma unidade apenas aparente, cuja essência permanece a divisão de pensamentos. A divisão nos traz paz de consciência, porque nos coloca em condições de pensar livremente e de expressar aquilo que pensamos, diferentemente se estivermos num ecumenismo onde não teríamos a liberdade de pensamento, que causaria a quebra de unidade.

O falso pacifismo é uma forma para cessar o combate ao pecado. É uma forma de afrouxamento doutrinário. A unidade proposta não produz a almejada paz. Antes alimenta o pecado, diminui a responsabilidade do crente, enfraquece a evangelização e dá campo vasto para a proliferação da imoralidade.

O não-pacifismo é um preventivo em benefício da pureza da igreja (tanto na vida como na doutrina). Veja a declaração de Paulo:

Para vós outros, ó coríntios, abrem-se os nossos lábios, e alarga-se o nosso coração. Não tendes limites em nós; mas estais limitados em vossos próprios afetos. Ora, como justa retribuição (falo-vos como a filhos), dilatai-vos também vós. Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso (2Co 6.11-18).

Na pregação dessa suposta paz há muito engano e falsidade: “Curam superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz” (Jr 8.11). Existe paz? Não existe e nem pode existir a não ser que todos aceitem o evangelho, o que é impossível por causa da eleição divina. Daí a conclusão lógica de que não é possível esta pretensiosa paz, visto que a humanidade está dividida entre crentes e incrédulos, entre os verdadeiros profetas e os falsos profetas, entre o verdadeiro ensino e a heresia, e essa situação permanecerá até o fim dos tempos (2Tm 3.1-11; Mt 24.1-14; 2Pe 2).

O cristão verdadeiro possui paz, pois essa é a condição do crente, causada pela justificação (Rm 5.1). Assim sendo, ele precisa expressar essa paz entre todos os homens. Isso tem a ver com nossa relação com o próximo. Portanto, é dever do crente viver em paz com o católico romano, com o espírita, com o ateu, com o pagão etc. Mas isso não significa concessão ao erro. O nosso modo de viver deve ser pacífico, tratando-se de nossas relações pessoais com o próximo. Mas no terreno religioso e ideológico temos que nos colocar na ofensiva e atacar as idéias contrárias ao dogmatismo bíblico. Estamos atacando as idéias, as doutrinas erradas que o herege prega, e não a sua pessoa. Por outro lado, precisamos nos colocar na defensiva, a fim de defender a verdade bíblica dos ataques dos inimigos. Devemos defender sem ferir pessoalmente o atacante. Devemos ferir as idéias.

Firmeza na fé é uma atitude de oposição contra os hereges, os ecumênicos, os pacifistas, os modernistas, os liberais, os espíritas, os católicos romanos etc.

Caro leitor, você sabe defender o que crê? Você sabe argumentar por que escolheu a teologia adotada por você? Você tem se preocupado em defender a sua crença diante dos ataques daqueles que você mesmo considera como hereges? Ou simplesmente você não faz nada? Não diz nada? Você foge dos debates e das discussões? Você vê seus credos serem tachados de heresias e não faz nada? A não ser que sua teologia seja bíblica, você de fato não saberá fazer nada, não poderá dizer nada. Provavelmente você sairá do campo ideológico e partirá para um confronto pessoal.

A minha oração é que a verdade da Palavra de Deus seja exaltada, a qualquer custo, e que tenhamos o mesmo sentimento de Judas quando declarou:

Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos (Jd 3).

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Pregar a Palavra – Um Negócio Muito Rentável

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Prosperityguy Há alguns anos, quando participava de um Programa de Formação em Marketing, dirigido a profissionais de treinamento, fiquei profundamente incomodado quando um dos professores colocou a fé como um exemplo de “produto” que é “vendido” e a cruz, como sendo a sua “marca”.

Queria o professor dizer que, assim como existem marcas de produtos com logotipos, como, por exemplo, a Mercedes Bens, a Ford, a Cônsul ou a IBM; assim também, a cruz seria o símbolo mercadológico do cristianismo.

Isso, à época, soou-me como uma espécie de blasfêmia, mas hoje, infelizmente, sou obrigado a concordar com o que ensinou tal professor.

O que os chamados tele-evangelistas têm feito com a Palavra, a forma deslavada como pedem dinheiro, vendem bênçãos e pregam um evangelho sem necessidade de metanóia; o estilo de vida de ostentação e suntuosidade que adotam; CONTRÁRIO A TUDO O QUE ENSINOU JESUS, mostra que a relação que se estabelece entre eles e o povo é mesmo de compra e venda e que o deus mais importante para eles é o dinheiro.

O Reino de Deus ou o Reino dos Céus é coisa de pobres, que nem lhes interessa mais pregar, porque as ovelhas já foram instiladas com o gérmen da “prosperidade”.

A Bíblia, no entanto, deixa bem claro que isso haveria de suceder, como escreve a apóstolo Pedro: E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita” (2. Pe. 2.3).

Temos a prerrogativa de escolher entre o que nos ensina a Palavra ou o que pregam esses homens, com extrema desfaçatez.

O tempo revelará quem são aqueles que fizeram a boa ou a má escolha.

Soli Deo Gloria

Autor: Tony Ayres
Fonte: [ Psicoterapeuta Cristão ]

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Os modernos adoradores de Baal

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Por: Pr. Neil Barreto

“O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol”. (Eclesiastes 1:9 ACF)

Os liberais de hoje — ou “progressistas”, nome mais discreto pelo qual preferem ser chamados — atuam movidos por uma idéia errada e estranha. Em outras palavras, não há nada nem de longe “progressista” nos dogmas fundamentais de sua cega religião humanista e secular. Aliás, o liberalismo moderno é em grande parte a versão recauchutada e esterilizada de uma mitologia antiquada — uma mitologia que existe antes do único movimento que realmente traz progresso: o Cristianismo bíblico.

Enquanto eu estava visitando a Igreja Evangélica Presbiteriana Rivermont em Lynchburg, Va., poucas semanas atrás, ouvi uma pregação preocupante, mas que me levou a pensar muitas coisas. O Pr. John Maybray falou sobre o antigo costume cananita da adoração a Baal e, embora não tenha revelado por nome, ele fez uma ligação com seu descendente moderno: o esquerdismo e o liberalismo. Baal, o deus da fertilidade que era meio touro e meio homem, era o ponto central da idolatria pagã no Israel semítico antes de Deus ter revelado Sua natureza monoteísta para os precursores do Judaísmo.

Em seu sermão, o Pr. Maybray ilustrou que, embora tenham adquirido um aroma mais moderno, os princípios fundamentais da adoração a Baal permanecem vivos e muito bem hoje. As principais colunas do baalismo eram o sacrifício de crianças, a imoralidade sexual (tanto heterossexual quanto homossexual) e o panteísmo (adoração da criação acima do Criador).

A adoração ritualística a Baal, em resumo, parecia um pouco deste jeito: Os adultos costumavam se reunir em volta do altar de Baal. Recém-nascidos eram então queimados vivos como oferta sacrificial ao deus Baal. Em meio a gritos horríveis e ao cheiro de carne humana queimada, os adoradores — homens e mulheres, sem distinção — se engajariam em orgias bissexuais. O ritual da conveniência tinha como propósito produzir prosperidade econômica estimulando Baal a mandar chuvas para que a “mãe terra” experimentasse fertilidade.

As conseqüências naturais de tal conduta — gravidez e parto — e os pesos financeiras associados às “gravidezes não planejadas” eram facilmente resolvidos. O adorador poderia escolher se engajar em relações homossexuais ou poderia simplesmente — com a disponibilização legal do sacrifício de crianças — participar de outra cerimônia de fertilidade para eliminar o bebê indesejado.

O liberalismo moderno é pouca coisa diferente de seu antigo antecessor. Embora seus rituais macabros tenham sido modificados e maquiados com termos floridos e eufemistas de arte, seus principais dogmas e práticas permanecem assustadoramente semelhantes. A adoração da “fertilidade” foi substituída pela adoração da “liberdade reprodutiva” ou “liberdade de escolha”. Os sacrifícios de crianças por meio de oferendas de fogo foram atualizados, ainda que levemente, para se tornarem sacrifícios de crianças por meio de abortos cirúrgicos ou químicos. A promoção, prática e celebração ritualista da imoralidade e promiscuidade heterossexual e homossexual foram cuidadosamente camufladas — e adotadas com entusiasmo — pelas religiões do feminismo radical, do movimento homossexual militante e do movimento que quer implantar abrangente educação sexual nas escolas. E a adoração panteísta da “mãe terra” foi substituída — apenas no nome — pelo ambientalismo radical.

Entretanto, não são somente aqueles que se intitulam “progressistas” ou humanistas seculares que adotaram as colunas fundamentais do baalismo. Nestes tempos pós-modernos, estamos lamentavelmente vendo o advento do “Cristianismo emergente”, que é contrário à Bíblia, ou como prefiro chamá-lo, “semi-Cristianismo”.

Essa tendência é meramente um liberalismo todo embonecado e imerecidamente carimbado como “cristão”. É um jeito de ideólogos esquerdistas terem seu “cristianismo” e o praticarem. Sob o pretexto da “justiça social”, seus seguidores muitas vezes apóiam — ou pelo menos desculpam — as mesmas políticas pró-homossexualismo, pró-aborto e pró-ambientalismo radical promovidas pelos modernos adoradores de Baal.

Embora a “esquerda cristã” represente uma minoria insignificante dentro do Cristianismo maior, apesar disso os meios de comunicação liberais abraçaram a causa deles e adotaram a popularidade deles entre as elites como prova de que a tão chamada “direita cristã” (leia-se: Cristianismo bíblico) está perdendo influência — que o Cristianismo está, de certo modo, “acompanhando a evolução dos tempos”.

Pelo fato de que o Cristianismo emergente não consegue passar pelo teste de autenticidade toda vez que é sujeito ao exame bíblico mais leve, suspeito que com o tempo ele acabará em grande parte se extinguindo. Mas isso não absolve os líderes evangélicos de sua obrigação de cobrar explicações acerca dessa heresia de outros líderes envolvidos nessa revolução contrária aos princípios bíblicos. Não é uma questão de direita versus esquerda; é uma questão de certo e errado — de princípios bíblicos versus princípios não bíblicos.

Apesar disso, as colunas acima mencionadas do baalismo pós-moderno — aborto, relativismo sexual e ambientalismo radical — quase que certamente farão rápido progresso nos próximos quatro a cinco anos, com ou sem a ajuda da esquerda cristã. Os deuses do liberalismo têm um novo sacerdote supremo na pessoa de Barack Obama, e desfrutam muitos seguidores devotos nos meios de comunicação liberais, nas instituições de ensino e no Congresso controlado pelos liberais democratas.

Tanto a agenda social de Obama quanto a agenda do 111º Congresso americano abundam de desenfreados objetivos de aborto, liberdade sem ética, homossexualismo e ambientalismo radical. O mesmo tipo de “esperança, ação e mudança”, suponho eu, que os cananitas de Baal do passado engoliram.

Portanto, o liberalismo de hoje é realmente apenas um velho livro com uma lustrosa capa nova. Uma filosofia enraizada nas antigas tradições pagãs, das quais nada há para se orgulhar.

É verdade: “não há nada novo debaixo do sol”.

Autor: Pr. Neil Barreto
Fonte: [ IBB ]

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Demônios nas finanças - O terrorismo go$pel dos gafanhotos

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No capítulo do livro, “Por Trás das Bênçãos e Maldições”, o Bispo Rodovalho descreve os quatro tipos de espíritos malignos que atacam ao homem quando está em algum tipo de brecha na área das finanças. Veja:

1) Cortador: Este era aquele que tinha o poder para cortar. Quando o brotinho nascesse, logo seria cortado. Começa a fazer um negócio, vem alguém e desmancha. Inicia uma empresa lucrativa e aí vem os prejuízos e tem que fechar. Começa a ter esperança no trabalho, logo vem um chefe que se indispõe e manda embora. É o espírito de gafanhoto cortador que está liberado contra a pessoa.

2) Migrador: Este é um demônio que migra, muda, não fica em lugar fixo. Ele opera em um período, depois ele volta. Um ano depois, volta novamente. Ele migra até de família em família, região em região. Você já percebeu que de vez em quando começam os acidentes de carro? Sabe o que é isso? São os espíritos migradores. Fazem danos em uma casa trazendo acidentes e perdas financeiras, logo depois aquele espírito de tormenta vai perseguir outra família, outra casa.

3) Devorador: Este tem o poder para cortar mais fundo que o migrador. Ele devora, come velozmente, arranca as cascas e o cerne das plantações deixando apenas a raiz, às vezes deixando só o tronco morto ou semimorto. O devorador toca não apenas nos bens da pessoa, mas no casamento, nas emoções. Delibilita a própria saúde, o próprio equilíbrio que aquela pessoa possuía.

4) Destruidor: Este tem o poder para tirar a vida da planta. Ataca a raiz. As pessoas que se suicidam, muitas delas o receberam. Começa com a perda financeira. Vai envolvendo-se em negócios inescrupulosos, tormentos, até que perde tudo o que possui. O espírito do gafanhoto destruidor arrasa completamente os bens, a felicidade, a saúde e a própria vida da pessoa, matando-a.

Fonte: [ Site da SNT ]

Não consigo entender de onde vem tanto misticismo nos ensinamentos do Sr. Rodovalho. Ele poderia ser menos místico e mais bíblico.

Caro leitor, não se apavore, não caia neste engano anti-bíblico! Esta analogia feita sobre os gafanhotos é pura invencionisse. Uma alegoria mística sem nenhum fundamento exegético, um verdadeiro terrorismo manipulador em detrimento da liberdade que o verdadeiro evangelho de Jesus Cristo nos proporciona. Afinal, com medo do tal "demônio devorador", muitas pessoas são aprisionadas a este falso ensinamento de que, se não "devolver" o dízimo, tal demônio irá consumir toda a sua renda arrecadada no mês. O dízimo então seria uma proteção, não somente do "gafanhoto", mas dos demais supostos "demônios" descritos no livro do profeta Joel (1:4).

Além do Sr. Rodovalho e toda a sua pirâmide sacerdotal, muitos tem pregado esta mentira. Este devorador, na verdade não se trata de um "demônio"! É um erro grosseiro de interpretação bíblica afirmar o contrário. Vou explicar:

Para começar a refutar este engano, vamos analisar uma passagem bíblica muito conhecida, que fala do gafanhoto "devorador". Em Malaquias 3:11 fala de um gafanhoto devorador na forma de “juízo de Deus”, são pragas nas plantações. O contexto deste verso de Malaquias está, além das passagens anterior e posterior a este versículo, também em Dt 28:38 onde este “gafanhoto” faz parte dos “castigos da desobediência”, veja:

“Lançarás muita semente ao campo; porém colherás pouco, porque o gafanhoto a consumirá.”

Isto é uma das muitas conseqüências da desobediência do povo de Israel se caso desobedecesse os mandamentos do Senhor.

Para verificar que este gafanhoto é um instrumento de juízo do Senhor, veja também Amós 7:1:


“Isto me fez ver o Senhor Deus; eis que ele formava gafanhotos ao surgir o rebento da erva serôdia; e era a erva serôdia depois de findas as ceifas do rei.”


Note a relação “Desobediência e Juízo de Deus como conseqüência”.

Uma cadeia de equívocos interpretativos ocorre pelo Sr. Rodovalho e pelos defensores da "demonologia dos gafanhotos", pois quando lemos estes quatro versos (8, 9 ,10 e 11 de Malaquias 3) com a devida atenção, fica claro que o contexto é de bênçãos materiais e não espirituais. Abastança! Colheita farta! Frutos na vide! Sem devorador! Sem gafanhotos destruindo as lavouras. O tema é benção material e não saúde, paz, amor e esperança, muito menos existe uma conotação de espíritos malignos!

É exatamente o contexto direto de Joel 1:4, que fala de quatro tipos de gafanhotos (ou de estágios da praga de gafanhotos), alegorizados misticamente pelo Rodovalho. Veja:

"O que deixou o gafanhoto cortador, comeu-o o gafanhoto migrador; o que deixou o migrador, comeu-o o gafanhoto devorador; o que deixou-o o devorador, comeu-o o destruidor".

Note o contexto deste versículo, principalmente os versos 16 ao 18 do capítulo 1, onde mostra claramente que se trata de uma praga literal e não hiperbólica, como muitos místicos insistem em erroneamente interpretar.

"Acaso, não está destruído o mantimento diante dos vossos olhos? E, da casa do nosso Deus, a alegria e o regogizo? A semente mirrou debaixo dos seus torrões, os celeiros foram assolados, os armazéns, derribados, porque se perdeu o cereal. Como geme o gado! As manadas de bois estão sobremodo inquietas, porque não têm pasto; também os rebanhos de ovelhas estão perecendo"

No próprio livro do profeta Joel, fica claro que esta praga de gafanhotos era exatamente um instrumento de juízo de Deus. Em Joel 2:25 diz:

"Restiruir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto migrador, pelo destruidor e pelo cortador, o meu grande exército que enviei contra vós outros".

Portanto: se algum líder lhe apregoar o terrorismo dos gafanhotos, não acredite, pois na verdade isso não passa de um grande engano, baseado em uma mentirosa distorção bíblica.

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Soli Deo Gloria!

Autor: Ruy Marinho

Fonte: [ Bereianos ]
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