A riqueza da língua portuguesa em contraposição à pobreza de algumas canções "evangélicas"

Nossa Língua Portuguesa é falada por aproximadamente 250 milhões de pessoas ao redor da Terra. É a quinta língua mais falada no mundo e a terceira mais falada do lado ocidental do globo.

Trata-se de um idioma riquíssimo. Tal riqueza até mesmo nos impossibilita de afirmar exatamente a quantidade de palavras existentes, embora se fale em algo em torno de 500.000. Essa variedade de vocábulos deve-se ao fato de que nosso vernáculo possui palavras cuja etimologia vem do grego, do latim, do árabe, dos dialetos indígenas e africanos, etc.

No entanto, a multidão de palavras que constitui a “Flor do Lácio” não se reflete em parte das composições evangélicas hoje em voga.

A mesmice que grassa (por falta da graça?) nos “hinos” cantados em nosso meio é sofrível.

Há algumas palavras-chave que, ao que nos parece, tem servido de inspiração ad nauseum pelos compositores “gospel”. Elencarei aqui algumas delas:

- chuva, chover;
- abundante;
- restitui, restituição;
- noiva;
- derrama, derramar;
- shekinah;
- incendeia, incendiar, fogo;
- apaixonado (s);
- vitória.

Tal qual verdadeiros mantras, versos são elaborados com as palavras supra e as mesmas 4 ou 5 frases são repetidas “ad eternum” pelos “levitas”.

Prováveis causas dessa mesmice:

- O pensamento de que “um-fez-e-deu-certo-deixa-eu-fazer-também-para-ver-se-cola”.

- A soma de melodias que grudam pela insistência + letras fáceis são a mistura perfeita para vender CD.

- É disso que o povo gosta: ser levado pela emoção, e não pela razão. E pensamentos batidos/frases de efeito cumprem bem esse papel.

- o real desconhecimento do vernáculo por parte dos compositores.

Mas também não vou generalizar. Há verdadeiros adoradores e há “adoradores”.

Na primeira categoria se enquadram aqueles que não aderem às letras da moda, e estão preocupados unicamente em adorar a Deus. Já os “adoradores”, seguem o esquema palavras chave + frases fáceis + melodias que grudam não tanto pela qualidade, mas pela repetição + um toque de emocionalismo = milhares de CD vendidos. E se não tiver canções novas para lançar o CD anual, o negócio é mandar um “ao vivo”. E se no ano que vem as novas composições ainda não estiverem prontas, é só lançar um “acústico”... Ou quem sabe um "remix"... Os fãs se agradam disso. (Mas... E Deus?)

Soli Deo Gloria!

Autor: Alessandro Cristian
Fonte: [ Blog do autor ]

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