Capacidade criativa ou aberração interpretativa?

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É brincadeira o que alguns pregadores estão fazendo com o texto bíblico, usando e abusando de alegoreses, tudo em nome de uma pseuda revelação espiritual na leitura texto sagrado. São verdadeira aberrações interpretativas, que fazem a própria Bíblia gemer.


Pregadores precisam entender, que como porta vozes de Deus, devem ser fiéis ao que o texto bíblico realmente diz, considerando as questões históricas e gramaticais, para só então fazer a devida aplicação, sem maiores apelações.

É incrível o que alguns conseguem fazer com vasos, panelas, peixe frito, fogueiras, camas, colunas, árvores, cachorros lambendo chagas, túnicas, varas, potes, etc.

Criatividade sem responsabilidade, em termos de interpretação e pregação bíblica, é algo muito sério. Dizer o que Deus não disse na Bíblia, é agressão, deturpação e manipulação textual. É falta de temor.

Longe de demonstrar capacidade criativa, o que os tais pregadores/ensinadores fazem, são, na realidade, aberrações interpretativas.

Esse tipo de alimento não nutre a igreja, só enche barriga.

Leia sobre Interpretação Bíblica em:

A HERMENÊUTICA DE CALVINO (Martorelli Dantas)
A HERMENÊUTICA DE BULTMANN (Esdras Bentho)
HISTÓRIA DA INTERPRETAÇÃO CRISTÃ DA BÍBLIA (Monergismo)
INTERPRETAÇÃO ALEGÓRICA Wikipédia)
LUTERO AINDA FALA: UM ENSAIO EM HISTÓRIA DA INTERPRETAÇÃO BÍBLICA (Augustus Nicodemus)



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Fonte: [ Pastor Altair Germano ]
Via: [ Genizah ]

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Formar pastores ou teólogos?

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Por Lourenço Stélio Rega‏

A discussão superada na década de 90 está voltando. Sem dúvida entendo ser uma questão importante, mas também precisamos considerar alguns detalhes.

(1) Depois de mais de 32 anos de ministério – tanto na igreja local, quanto na educação teológica (neste caso quase 34 anos) como na vida denominacional – tenho aprendido que não adianta nada conhecermos bem Teologia e exegese se não pudermos atender o povo, as ovelhas;

(2) mas tenho aprendido também que, para atender às ovelhas, precisamos de conteúdo – conhecimento teológico, bíblico, psicológico, sociológico, filosófico, etc – senão o ministro não vai conseguir ter fundamentos para fazer com qualidade o que for preciso. Será preciso também interpretar a cultura e ideologia deste mundo para poder preparar as ovelhas a sobreviver na vida cotidiana como verdadeiras testemunhas em palavra e vida transformada;

(3) em outras palavras, aprendi que esta questão é como os dois trilhos da estrada de ferro, onde um pára, a viagem pára;

(4) enfim, precisamos aprender que teoria e prática andam juntas. Precisamos formar líderes que sejam líderes na prática, mas que também pensem teológica e biblicamente;

(5) aqui seguem, para os dois lados, alguns ditados sobre o assunto:

A teoria sem a prática é utopia, a prática sem a teoria é rotina. A teoria sem a prática é estéril e mero jogo intelectual, mas a prática sem a teoria é cega e ingênua. A teoria sem a prática é ideologia; a prática sem a teoria é empirismo cego. A teoria sem a prática vira “verbalismo”, assim como a prática sem teoria, vira ativismo. No entanto, quando se une a prática com a teoria tem-se a práxis, a ação criadora e modificadora da realidade.
(Paulo Freire)

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Autor: Lourenço Stelio Rega, Mestre em Teologia, Mestre em Teologia, Mestre em Educação, Doutor em Ciências da Religião; diretor da Faculdade Teológica Batista de São Paulo

Fonte: [ Soli Deo Gloria ]

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Personal Profect - Quando a fé é terceirizada!

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Há alguns meses fui surpreendido por mais uma daquelas tristes novidades que infelizmente acontecem com alguns evangélicos. Confesso que fiquei chocado ao ouvir pela boca de um pastor amigo a mais recente modalidade ministerial e eclesiástica: O “personal profect”.

Pode até parecer loucura mais é isso mesmo que você acabou de ler. Se não bastasse a significativa quantidade de absurdos que percebemos em alguns de nossos arraiais, ultimamente tem surgido em nossos templos pessoas que em nome de uma espiritualidade saudável se auto-intitulam guias e orientadores do rebanho de Cristo. Tais indivíduos fundamentam seus comportamentos no desenvolvimento da sociedade e modernidade, onde em virtude de fatores mais distintos, sentem-se necessitados em contratar especialistas em determinada área no intuito único de satisfazer suas necessidades humanas.

Diante disto, alguns podem até afirmar: para que orar? Pra que me relacionar com Deus se eu tenho alguém que pode fazer isto por mim? Basta solicitar ao meu profeta pessoal a orientação desejada que rapidamente terei as minhas respostas.

O pior amado irmão é que do jeito que a coisa anda daqui a pouco vamos ler nas páginas dos principais jornais o seguinte anuncio: “Ofereço serviço de profeta. Oro por você, leio a bíblia para você e ainda lhe dou a resposta de seus para os seus problemas. Obs: Cobro abaixo da tabela”.

Queridos, a fé, bem como a nossa relação com Cristo, jamais poderá ser terceirizada. Ninguém, absolutamente ninguém, pode se interpor na minha relação com Deus. Jesus Cristo, nosso Senhor, morreu na cruz do calvário para que cada um de nós desfrutasse de momentos de absoluta intimidade com o Pai. Deus não deseja que terceirizemos nossa relação com ele, antes pelo contrario, o que pretende é desenvolver conosco íntima relação, onde a oração, a leitura da Palavra e a comunhão com o Espírito Santo sejam marcas indeléveis de um povo que ama a Deus.

Pense nisso!

Renato Vargens
Fonte: [ Blog do autor ]

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Julgamento de Rozângela Justino

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Por Leonardo Gonçalves

Hoje, 31 de julho, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) estará julgando o caso da psicóloga Rozângela Alves Justino. Ela é acusada de oferecer tratamento psicológico às pessoas que desejam abandonar o homossexualismo, o que supostamente contraria a Resolução 1/99 da CRF, a qual considera que a “homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão”.


Psicologia ou Filosofia?

Assim como as demais ciências, a psicologia também tem sido permeada pelos pressupostos pós-modernistas, entre os quais está o relativismo, escola filosófica que nega a existência de verdades absolutas. A contradição do relativismo é óbvia, pois ao dizer que não existe verdade absoluta, eles impõem o relativismo como verdade (e absoluta, pois não aceitam opiniões contrárias). Sobre esta intromissão da filosofia no campo da psicologia e suas conseqüências, Rozângela argumenta:

“Assim, no campo intelectual, estas teorias e suas práticas disformes, inconsistentes e inconsequentes vêm pervertendo não somente a ordem social como também os conceitos científicos, o que se reflete no ser humano que se encontra em estado de sofrimento, acrescentando-lhe mais dor, especialmente ao que deseja procurar apoio e não encontra o acolhimento desejado, bem como seus familiares. Este é o reflexo mais perverso desta “impostura intelectual” com finalidades políticas e econômicas”. (1)


Opção ou Determinismo genético?

Apesar de existir uma grande pressão por parte de grupos homossexuais militantes, ainda não está comprovado que o homossexualismo é genético, permanecendo, portanto, a hipótese do homossexualismo como uma opção do indivíduo. Os diversos casos de pessoas que foram homossexuais e em algum momento abandonaram a prática oferece a evidencia necessária para corroborar a hipótese de que o homossexualismo é opcional, e não o produto de um determinismo genético.


Direito constitucional

Para se defender-se das acusações, Rozângela pretende valer-se do artigo 5º da nossa Constituição Federal, que garante a “liberdade de pensamento, liberdade de expressão e liberdade científica”. A opção sexual também é um direito inalienável: Ninguém é obrigado por lei a permanecer homossexual ou heterossexual durante toda vida. Contudo, ao colocar-se entre Rozângela e seus pacientes, o CRF parece pressupor que o homossexualismo é uma condição inalterável (o que comprovadamente não é), além de inverter os papéis, fazendo parecer que Justino obriga seus pacientes a abandonarem a homossexualidade, quando o que acontece é justamente o contrário: São eles que, insatisfeitos com a sua opção sexual, procuram ajuda profissional para mudar esta inclinação.


Uma profissional capacitada...

Valmir Nascimento Milomen (2), jurista, pós-graduado em direito, chama a atenção para o fato de que, “no plano jurídico, a Constituição Federal estabelece que é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer (art. 5.º, inciso XIII)”. Neste caso, cabe recordar o excelente currículo profissional de Rozângela Justino:

1) Graduada em Psicologia desde 1981;

2) Especialista na área clínica e escolar/educacional (reconhecida pelo próprio Conselho Regional - RJ);

3) Pós- graduada em Psicodrama com a tese “Homossexualidade X Heterossexualidade – uma possibilidade de resgate da heterossexualidade”, pelo Centro de Psicodrama do Rio de Janeiro.

4) Treinamento em EMDR (conhecido como a terapia do estresse pós traumático), pelo EMDR Institute Inc.;


Milomen, ao comentar o Artigo 5º da constituição, acrescenta:

“Temos aqui uma norma constitucional de eficácia contida, a requerer lei ordinária para sua regulamentação, e consequentemente, restringir a atuação profissional. Veja bem. Lei ordinária, e não uma simples resolução do conselho de classe, que no caso em questão, exorbita a sua competência, ferindo, portanto, o principio da legalidade” (3)


Estamos aguardando o resultado deste julgamento, e a qualquer momento estaremos informando nossos leitores sobre a decisão do CRF.


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1. Rozângela Justino, no seu blog
2. Valmir N. Milomen em seu site pessoal.
3. Ibid.

Fonte: [ Púlpito Cristão ]

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Como posso livrar-me do vício em entretenimento?

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Eu creio que amo a Cristo de verdade, mas a maior parte do tempo eu prefiro passar o tempo entretendo-me do que gastá-lo na Palavra de Deus. Como eu quebro essa influência que o entretenimento tem sobre o meu coração?

Essa é uma pergunta muito boa. E eu penso que ela é especialmente pertinente porque nós vivemos, eu creio, mais agora do que nunca, em dias em que coisas que entretêm estão imediatamente acessíveis.

Eu estava pensando esses dias na diferença entre nossas tentações e, digamos, as tentações de 250 anos atrás, nos dias de Jonathan Edwards. Edwards escreveria sobre a tolice de pessoas jovens que se juntam para ter "conversações frívolas" ou outras coisas ainda piores. (Uma delas chamava-se "Empacotar": ir juntos para a cama, permanecendo vestidos. Apenas apimentando a vida um pouco. A vida era enfadonha há 250 anos na Nova Inglaterra.)

Hoje nós levamos em nossos bolsos, rádio, televisão, internet e jogos e qualquer coisa que seja excitante e cheia de diversão! E "diversão" é uma palavra que é usada hoje na igreja de forma desenfreada! É um adjetivo, é um substantivo, é um verbo, porque nós exercemos o ministério buscando ajustar-nos a essa mentalidade.

Estou profundamente preocupado com isso. Eu quero defender a seriedade a respeito de Deus, em vez de torná-lo palatável fazendo com que Ele pareça "divertido", transformando-O em mais uma peça de entretenimento.

Assim, a pergunta é: "Como você se livra dessa dependência?"

1. Reconhecer que ela existe é um enorme passo na direção certa.
2. Busque a Deus seriamente sobre isso. Ore como um louco para que Deus abra seus olhos para ver coisas maravilhosas na Sua lei.
3. Aprofunde-se na Bíblia, até mesmo quando você não tem vontade, suplicando a Deus que abra seus olhos para ver o que realmente está lá.
4. Entre em um grupo onde se conversa sobre coisas sérias.
5. Comece a compartilhar sua fé. Uma das razões porque nós não somos movidos por nossa própria fé como deveríamos é porque nós quase nunca conversamos sobre ela com os não-crentes. Nossa fé começa a ficar como um tipo de coisa de estufa e então começa a gerar um sentimento de irrealidade sobre si mesma. E então as forças do entretenimento começam a ter maior influência sobre nossas vidas.

Portanto essas seriam algumas das coisas, mas no final das contas é um presente da graça poder sentir a glória de Deus.

Uma última sugestão: pense em sua morte. Pense muito em sua morte. Pergunte a si mesmo o que você gostaria de estar fazendo no fim da vida, ou nas horas, ou dias, que antecedem o encontro com Cristo. Eu tenho feito muito isso por esses dias. Eu penso no impacto da morte e o que eu gostaria de estar fazendo e como eu me prepararia para encontrá-lo e prestar contas a Ele.

Autor: John Piper
Fonte: [ Mocidade da IPCGYN ]

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Avião profético apostólico: você ainda terá o seu!

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O Falcon 010 pousou em Manaus, trazendo o Ap. Renê em sua primeira viagem.

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Um homem que sonha e realiza seus sonhos. Assim, é o Apóstolo Renê Terra Nova. E hoje, 22 de julho, mais um sonho em sua vida se concretiza. Às 17h45 minutos, desta quarta-feira, pousava no Terminal II, do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, conhecido também como ‘Eduardinho’, o Falcon 010, de prefixo PR – EGB, aeronave adquirida para o deslocamento do Apóstolo Renê em suas jornadas apostólicas pelo Brasil.

Dezenas de discípulos aguardavam ansiosamente no saguão do aeroporto a chegada do avião, o que ocorreu no final da tarde. Ao pisar em solo amazonense, o Apóstolo Renê Terra Nova agradeceu a Deus pela graça alcançada e discorreu um breve discurso de agradecimento. Segundo o seu coração, o avião não é de propriedade dele, mas do Ministério e da Visão Celular, pois facilitará a consolidação de seus discípulos em todo o Brasil. Emocionado, o apóstolo descreveu seu sentimento:

“Hoje, é mais um sonho que se realiza. Deus sabe que esse avião não é pra mim. É de todos. Essa vitória não é só minha, mas de todos que fazem parte desta história. Minha família, a igreja, meus discípulos e a Visão. Este avião é sinal de um milagre, e todos aqui vão receber verdadeiros milagres em sua vida, ministério e família”, disse o Apóstolo Renê Terra Nova.

Cumprimento de profecia – A compra da aeronave é cumprimento da profecia de grandes homens de Deus que declararam que, neste ano, o Apóstolo Renê Terra Nova estaria em seu avião. Campanhas de oração, ofertas voluntárias de todo o Brasil e exterior, além de muitas palavras proféticas davam sinais da realização deste grande sonho. Hoje, é o grande dia do cumprimento.

“A Visão Celular no Modelo dos 12 no Brasil já tem um avião, voando em prol do M12 e em prol unidade do Corpo de Cristo no Brasil. Não pregaremos somente nos Congressos da Visão Celular, mas também em todos os eventos que somos convidados, que contribuam para a benção de estarmos juntos como Corpo de Cristo, numa grande avançada de tomada de território”, são as palavras do Apóstolo Renê Terra Nova, durante o primeiro voo do FALCON 10, no trajeto Goiânia-Manaus, no último dia 22 de Julho. O Apóstolo ainda comentou sobre o primeiro voo oficial do avião: “O sonho se cumpriu e o avião já está na mão da Visão. E hoje começou a rota que estávamos esperando, a primeira rota oficial: Goiânia–Manaus. Acredito que Deus permitiu esta rota porque tem uma chave de avivamento em Goiânia, e tem outra chave de avivamento em Manaus. Acredito que Deus está mostrando que chegou o tempo das asas serem abertas, e começar um voo novo. Assim, o sonho se cumpre. As sementes plantadas frutificaram e agora você fez conosco a primeira viagem oficial da aeronave. Deus te abençoe e te prospere e que as sementes da sua vida, que foram plantadas neste avião, explodam e que dêem frutos a 100 por 1.

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Se antes o sonho de todo pastor era construir uma catedral, agora é adquirir seu próprio avião. Repentinamente, a classe pastoral foi tomada por um complexo de Ícarus.

Ora, se fulano pode, por que eu não?

E assim, cresce a cada dia o número de pastores que desfilam pra baixo e pra cima em suas aeronaves particulares.

O que antes só era visto do lado de cá da linha do Equador (EUA), agora está cada vez mais comum nas terras tupiniquins.

Ter um avião passou a ser sinônimo de estar sob a bênção e a aprovação divinas.

Quanta tolice!

O que pensa o mundo acerca de nossas megalomanias?

Um desses líderes que acaba de adquirir um jato, afirmou em uma mensagem recente:

"Somos [sic] entre os quinhentos homens mais bem-sucedidos do Brasil que possuem um jato. A visão desatou novos líderes e milionários. Pastores e líderes que possuem casa, patrimônio, empresas e templos (como Igreja) acima de milhões, o que fez ministérios e líderes milionários. Sabe por quê? Deixamos de ser tímidos, saímos dos decretos de morte e entramos no decreto de vida. Por isso, estamos ousando conquistar no sobrenatural."

Que credibilidade teremos para pregar o Evangelho da Graça e do Reino de Deus, se nos prostramos ante a Mamom?

Estou corado de vergonha.

Nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, almejou tanto luxo. Poderiam ao menos ser discretos. Mas em vez disso, sentem a necessidade de ostentar.

Qual será o próximo sonho de consumo dos mega-pastores? Um transatlântico?

E o que mais me incomoda é saber que a maioria deles prega pra gente muito humilde, que mal consegue adquirir um carro usado. É o dinheiro dessa gente humilde que sustenta a megalomania dos seus líderes.

Enquanto isso, as convenções e seminários em hotéis continuam servindo como feira de vaidade, onde cada qual quer ter mais vantagem pra contar aos seus colegas.

Vale aqui a exortação de Cristo à igreja em Laodicéia:

"Dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta. Mas não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu" (Apocalipse 3:17).

Lembremos que o sonho de Ícarus tornou-se no seu maior pesadelo. Um dia as asas derretem...

O mito de Ícarus encontra paralelo no Oráculo de Deus acerca do Rei da Babilônia:

"Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono (...) Subirei acima das mais altas nuvens; serei semelhante ao Altíssimo. Mas serás levado à cova, ao mais profundo do abismo" (Is.14:13a,14-15).

Que Deus levante em nossos dias uma geração de líderes segundo o Seu coração, que não se corrompam com as ofertas do Mundo, mas que sejam verdadeiros agentes transformadores do Reino.

Autor: Hermes Fernandes
Fonte: [ Blog do autor ]

O Pastor Hermes expressou exatamente o que eu sinto no coração e que iria dizer a respeito. O que mais me impressiona no Sr. René é o fato dele espiritualizar a compra da aeronave, como se fosse uma profecia. Até a rota Manaus-Goiânia é profética também. Me desculpem o termo mas: que falso profeta cara-de-pau!

RM
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As três campinas

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Adriano é um irmão humilde e trabalhador de uma igreja batista do interior do Estado de São Paulo. Casado com Divanete, ambos levam a vida típica da gente simples do chamado Brasil profundo, lutando com as dificuldades e sempre buscando uma renda extra para fazer frente aos gastos da família. Adriano tem um trabalho digno e aproveita os dias de folga para fazer alguns bicos e ganhar um dinheirinho honestamente. Um desses bicos é capinar terrenos baldios, algo muito necessário nas cidades do interior. Num dia muito quente, Adriano foi capinar um terreno e, conversando com o pastor da sua igreja, este lhe aconselhou que usasse um chapéu, pois o sol estava muito forte naquele dia, mas Adriano não lhe deu ouvidos. Foi capinar com a cabeça desprotegida e quando estava na metade do serviço, percebeu - tarde demais - que o pastor tinha razão. O sol estava de "rachar mamona", como se diz na roça, e ele já estava se sentindo mal, se expondo aos riscos de uma insolação. Não teve dúvidas: parou o serviço e orou, pedindo a Deus que lhe ajudasse a suportar o calor. Pouco depois, capinando uma moita, viu que atrás dela, no meio do mato, estava um boné novinho em folha, o que o deixou muito feliz. Parou o serviço novamente e deu glórias a Deus por ter respondido a sua oração.

Algum tempo depois, surgiu outro terreno para capinar, cujo proprietário lhe havia pedido urgência, pois precisava começar uma obra no dia seguinte. Já declinando a tarde, a enxada que Adriano usava soltou a cunha, e a gambiarra que ele fez não ajudava muito, já que ele mal conseguia capinar com aquela peça bamba. Recriminou-se por não ter pego uma enxada melhor. Não teve dúvida, parou tudo e orou pedindo ajuda a Deus. Pouco depois, deu uma enxadada numa quiçaça e ali, para sua grata surpresa, tinha uma cunha semi-enterrada, que cabia perfeitamente na sua enxada. Diante do achado, levantou as mãos ao céu e glorificou a Deus efusivamente, o que deve ter assustado a vizinha que via pela janela a cena insólita de um homem cansado, no fim da tarde, agradecendo a Deus por uma cunha. Pelo canto dos olhos, Adriano só teve tempo de ver a cortina se fechando rapidamente.

Passados alguns dias, outra pessoa pediu a Adriano um serviço de urgência, que ele não podia recusar nem fazer num dia só sem a ajuda de outra pessoa. Combinou com o seu irmão, mas este avisou-lhe a tempo que não poderia ir. Chamou um rapaz que às vezes lhe ajudava, mas no dia e hora combinados, ele simplesmente não deu as caras. Lá estava o terrenão enorme pedindo enxada, e só Adriano a lhe encarar. Decidiu-se a fazer o que podia, mas já terminava o dia e ainda faltava muito chão para capinar. Exausto e já próximo do desespero, não teve dúvida: parou tudo e clamou a Deus por socorro. Mal teve tempo de dizer o "amém", quando percebeu uma sombra estranha denunciando um vulto enorme que se aproximava. Era um homem negro, grande, mal encarado, como aquele personagem condenado à morte no filme "À Espera de Um Milagre", o que lhe deixou com um baita medo naquele ermo do sem fim. O homem se aproximou e disse:

- Ei, rapaz, você não quer que eu te ajude? Tem muito terreno ainda e eu posso te ajudar por um trocadinho qualquer...

Adriano combinou o preço com o socorro recém-enviado dos céus - que, segundo ele, era um verdadeiro trator - e terminou o seu dia feliz, levando dinheiro para casa e dando glórias a Deus.

Esta é uma história verídica...

Ouvindo esta história, eu fiquei pensando cá com os meus botões: esta é a fé que Deus honra. Não uma pseudo-fé auto-imputada, arrogante, soberba, que trata Deus como um menino de recados ou um escravo obrigado a "honrar" quem alega segui-lO, de preferência cobrindo-o de bens, mas uma fé simples, inocente, dedicada, que se dispõe e põe a mão no arado e na enxada com vontade de ser feliz, e não tem vergonha da sua condição, nem de pedir auxílio a Deus quando as coisas não saem exatamente como se pensava, e em tudo dando glória a Ele. Simples assim...


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Autor: Hélio
Fonte: [
O Contorno da Sombra ]
Via: [ Genizah ]

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Hoje vi um milagre

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"Disto me recordarei na minha mente; por isso esperarei. As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim." - Lamentações 3.21-22

"E Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona. E era trazido um homem que desde o ventre de sua mãe era coxo, o qual todos os dias punham à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam. O qual, vendo a Pedro e a João que iam entrando no templo, pediu que lhe dessem uma esmola. E Pedro, com João, fitando os olhos nele, disse: Olha para nós. E olhou para eles, esperando receber deles alguma coisa. E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda. E, tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e artelhos se firmaram." - Atos 3.1-7 [ACF]


Hoje vi um milagre. Liguei a televisão bem cedo, como sempre faço, e aconteceu de estar num canal que transmitia um programa da IURD Ltda.

Um jovem rapaz estava com um sério problema na perna. Eu perdi o início da conversa entre o pastor que o estava "curando" e ele, mas, pelo aspecto, parecia que havia estado com pinos na coxa recentemente, devido a uma fratura grave.

O pastor curandeiro pôs a mão na coxa do rapaz e disse que iria curá-lo. Apesar de no final do programa o tal ministrante falar em Jesus, a ênfase que ele deu durante muito tempo foi no próprio poder curativo.

Foi trágico. O pobre rapaz, depois do show de curandeirismo exibido pelo programa, foi instado pelo pastor a caminhar logo após a imposição de mãos. Dava para perceber a dor que o pobre rapaz estava sentindo, e o esforço que fazia para deambular, pois certamente ele estaria em resguardo não houvesse sido seduzido pelas falsas promessas de milagre daquela empreja.

Quando Jesus e os apóstolos curavam, a restauração era completa e imediata. Era incontestável. Entretanto, a cura que o pastor disse que era de Deus em nada melhorou o aspecto das cicatrizes da perna do moço. As marcas dos pinos, a ferida, os hematomas... o rapaz tirou a bandagem que estava grudada na perna e o ferimento quase sangrou! E depois o pastor mandou que ele caminhasse de um lado para o outro mostrando que estava curado. A cara de dor do rapaz ao andar fazia com que até eu sentisse a dor que ele estava sentindo.

O pastor, não podendo negar que não fez nada na perna do rapaz machucado, vendo que tratava-se de mais um caso de curandeirismo barato, que não houve cura alguma, pôs a mão na coxa dele e disse que depois de uma semana (!) ele se sentiria melhor. Pobre rapaz.

Senti pena dele. Senti pena da humanidade. Senti indignação. Apesar desse momento "down" em que vi a fé do rapaz ser explorada, eu vi um milagre. Eu pude ver que lá fora o sol estava brilhando. O sol que Deus fez brilhar sobre mim e sobre ele. E sobre o pastor curandeiro que depois deve ter ido regozijante contar o seu dinheiro sujo. Eu vi um milagre: um novo dia em que Deus renova sobre nós suas misericórdias para que não sejamos consumidos. E a certeza de que ele nos deu uma nova chance de viver corretamente.

E ergui um clamor de coração: "Cadê o Ministério Público que não vê uma coisa dessas?"


Autor: Avelar Jr.
Fonte: [ Não, Obrigado! ]
Via: [ veSHAME gospel ]

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Crise ética

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Por Daniel Grubba

O titulo do post dá a entender que vamos falar sobre a podridão do Senado ou algo do tipo, mas não é nada disso. A "crise ética" não é exclusividade do Senado, antes fosse. Ela chegou para valer nas igrejas evangélicas e tem dado muito "pano para manga".

Parece que não temos mais nada para falar, não é mesmo? Acontece que ultimamente temos recebido muitos textos, pesquisas, artigos, matérias e livros, que abordam a crescente decepção dos fiéis em relação as igrejas evangélicas institucionalizadas. E não é aconselhável varrer a sujeira para debaixo do tapete. Temos que mostrar ferida (sim, elas existem!) para depois procurar a cura.

Em particular há dois livros destinados a se tornarem best-seller. O primeiro é Porque você não quer mais ir à igreja? - além de ser um sucesso absoluto de divulgação entre os blogueiros cristãos, também não para de crescer na lista de livros mais vendidos do ranking Veja. O segundo livro, Feridos em nome de Deus, foi escrito pela jornalista Marília de Camargo César, que após ver sua antiga igreja ruir em escândalos, ferindo diversos membros, resolveu abordar delicado tema do "abuso espiritual" (Este livro está dando o que falar. Esgotado em 48 horas, também alvo de interesse da mídia secular).

Também quero destacar a atenção para uma matéria da revista Enfoque escrita por Joel Macedo, onde o jornalista aborda o crescimento do movimento dos "Evangélicos sem igreja" (para ler a matéria completa). Ele escreve:

O crescimento numérico da igreja evangélica tem impressionado a todos. Entretanto, pesquisadores revelam que o grupo que mais tem crescido nos últimos anos é o dos “crentes sem igreja” – pessoas convertidas, mas que, decepcionadas com os rumos da pregação e da instituição, optaram por uma caminhada pessoal, vivida na intimidade, ou então pela formação de pequenos grupos nos lares, reeditando ocristianismo do primeiro século .

Porque será que há tantos decepcionados? Será que o modelo de governo esclesiástico não supre mais os anseios de um mundo pós-moderno? Será que se trata de uma nova reforma?

Bom, são tantas questões e subsequentes repostas que não chegaríamos jamais ao fim do debate. No entanto, gostaria de destacar uma particularidade do movimento evangélico que tem revelado ao mundo, não exatamente o amor de Cristo como ele idealizou (Jo 13.35), mas uma face egoísta, bajuladora e manipuladora - principalmente quando os escândalos financeiros vem a tona e deixam transparecer a " crise ética" em que todos nós estamos envolvidos.

Podemos perguntar: Como algo tão nobre como a religião, a busca de Deus, pode se converter em legitimação de tantos sofrimentos e abusos? O teólogo da libertação Jung Mo Sung nos ajuda a entender:

Geralmente as pessoas que se dedicam exclusivamente à religião - os sacerdortes - não produzem diretamente o necessário à própria sobrevivência. Afinal, eles dedicam integralmente o seu tempo aos assuntos religiosos (...) Assim seu sustento provém de uma parte não consumida pelos próprios produtores. Chama-se a parte excedente. Numa sociedade dividida em classes sociais, o excedente geralmente é controlado pelos "ricos". Isso significa que a construção de grandes templos, as despesas com o culto, a manutenção dos sacerdotes e os outros gastos são cobertos em grande parte pelos "ricos" (...) Ora, essa "aliança" da classe dominante com a classe sacerdotal (...) condiciona drasticamente o discurso religioso ... A dependência econômica, ou o casamento da religião com o poder, é fonte de tentação para a manipulação de Deus e da religião . (Jung Mo Sung em Deus: Ilusão ou realidade? p. 24.)

Marília de Camargo César, autora do livro Feridos em nome de Deus, acredita que parte desta "crise ética" está enraizada na bajulação das ovelhas aos líderes autoritários e o envolvimento financeiro da relação :

Muitos ministros sinceros e usados por Deus para ajudar pessoas combalidas por problemas gravíssimos passam a considerar normal receber bens valiosos, como retribuição. Conheço pastores que foram abençoados com carro importado, jóias, viagens ao exterior, roupas degrife ... A reincidência de tais ações , contudo, pode contaminar o relacionamento entre pastores e ovelhas. E o estatuto das igrejas não contempla limites éticos para essas doações, como fazem, por exemplo, as empresas. Essa cultura de retribuir a homens dádivas obtidas de Deus pode facilmente degenerar para a mais pura bajulação e levar o pastor aadotar atitude tendenciosa no momento de julgar questões entre irmãos de diferentes condições sociais. (Marília de Camargo César, Feridos em nome de Deus, p.36).

Não é segredo para ninguém que a crise ética gira em torno da busca pelo poder-dinheiro, e ficar recebendo mimos - descriteriosamente - é um perigo sutil e eficaz. Tiago, irmão do Senhor, já tinha alertado a igreja quanto a isso em sua pequena carta no capítulo 2, verso 2 a 6, que diz:

Porque, se no vosso ajuntamento entrar algum homem com anel de ouro no dedo, com trajes preciosos, e entrar também algum pobre com sórdido traje, E atentardes para o que traz o traje precioso, e lhe disserdes: Assenta-te tu aqui num lugar de honra, e disserdes ao pobre: Tu, fica aí em pé, ou assenta-te abaixo do meu estrado, Porventura não fizestes distinção entre vós mesmos, e não vos fizestes juízes de maus pensamentos?

Deus nos livre desta rendição a Mamon (riquezas), deste favorecimento aos ricos em detrenimento dos pobres, senão um dia aparecerá em alguma biboca santa por ai: O último a sair apague a luz. E há quem diga que estará assinado por Jesus. Pois e ele que diz: Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres. (Ap 2.5)

Autor: Daniel Grubba
Fonte: [ Soli Deo Gloria ]

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O que é o Coronelismo Evangélico?

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por Gutierres Siqueira

Os evangélicos sempre prezaram pelo discurso de “separação do mundo”, ou seja, os cuidados com as práticas mundanas e ímpias, já que somos novas criaturas. Esse discurso é verdadeiro, mas infelizmente pouco praticado. Quando leio as notícias e escândalos envolvendo o nome do senador José Sarney (PMDB-AP) lembro imediatamente de muitos líderes evangélicos que se comportam como coronéis, da mesma forma que o oligarca do Maranhão. Mas o que é coronelismo evangélico e quais as suas características? Quais as características dos coronéis seculares e eclesiásticos?


O que é coronelismo?

Traduzindo, o coronel é uma pessoa influente, que exerce um poder maior do que as instituições que ele representa. Esse tipo de líder normalmente encontra amplo apoio pelas suas práticas “populistas”. Ele fala como o povo, age como o povo, mas na verdade exerce um poder despótico contra o povo. O coronel está acima da instituição, quando deveria ser o contrário.

O coronelismo evangélico é exercido em grandes denominações de todas as vertentes evangélicas, mas principalmente no meio pentecostal (o clássico, inclusive) e neopentecostal. Infelizmente são pessoas que esqueceram que o modelo de liderança de Jesus é o servir e não ser servido: “E ele (Jesus), assentando-se, chamou os doze e lhes disse: Se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo de todos” (Mc 9.35). Coronelismo evangélico é um mundanismo eclesiástico!


Quais as características do coronelismo?

As características do coronelismo são arcaicas, mundanas, símbolo do atraso e da falta de ética. Vejamos:

- Clientelismo

O clientelismo, segundo o Dicionário Houaiss, pode ser definido como uma “prática eleitoreira de certos políticos que consiste em privilegiar uma clientela ('conjunto de indivíduos dependentes') em troca de seus votos; troca de favores entre quem detém o poder e quem vota”. Isso é comum entre políticos ímpios. Agora, verificar isso entre pastores e pastores, ou, entre pastores e políticos... É vergonhoso, asqueroso e perverso. Infelizmente isso existe. O que não podemos é agir com complacência e tolerância diante dessas coisas mundanas. Infelizmente não é dessa forma que alguns grandes cargos eclesiásticos são negociados?

- Nepotismo

Os coronéis sempre querem a perpetuação do poder. Então, o que é melhor do que filhos e netos no mesmo cargo ou em cargos de confiança? Será que todos esses filhos nasceram vocacionadas para tais funções? Coincidência, não é? É claro que um filho de pastor pode ter vocação pastoral, mas então por que essa pessoa assume as melhores funções dentro da jurisdição eclesiástica? Infelizmente o nepotismo nasceu na antiga Igreja Católica medieval e renasce hoje no ambiente evangélico!

- Fisiologismo

Os coronéis confundem o privado com o particular. Não é a toa que os nobres deputados e senadores usam do dinheiro público para fins particulares, como o pagamento de um jantar para a namorada. O fisiologismo é isso, uma “conduta ou prática de certos representantes e servidores públicos que visa à satisfação de interesses ou vantagens pessoais ou partidários, em detrimento do bem comum” (Dicionário Houaiss). Muitas igrejas insistem em representantes políticos da denominação. Agora vem a pergunta: Por que esses representantes vêm da parentela de importantes líderes? Será que não existe vocacionado político entre pessoas sem parentesco com os líderes-mor?

- Carisma

Os coronéis normalmente são carismáticos (carisma aqui no sentido sociológico e não teológico). Normalmente agem e gostam de destacar que são autoridades constituídas por Deus, cabendo então o máximo de respeito e reverência... O pior, mesmo diante dos erros e equívocos. Muitos usam o bordão “não toqueis nos meus ungidos” e usam tal versículo inadequadamente como uma forma de proteção contra críticas. Os coronéis são necessariamente papistas, pois o que falam apresenta um valor da infalibilidade. Como carismáticos, também espiritualizam sua função, fazendo com que qualquer crítica torna-se demoníaca!

- Populismo

O coronelismo é casado com o populismo. O líder coronel fala o que o povo gosta de ouvir. Não se engane, muitas vezes até um discurso duro e conservador é usado estrategicamente para agradar certos ouvidos. Agora, o coronel na versão gospel não deixará de falar em bênçãos e usar bordões triunfalistas. O coronel é “o cara”, aliás, ele mesmo se acha “o cara”, o salvador da pátria ou da denominação!

- Midiático

Os coronéis gostam muito da mídia. Mas eles gostam desde que essa mídia seja chapa branca, sem esforço de investigação e denúncia. Na verdade, os coronéis gostam de controlar uma ou mais mídias. Todo coronel que se preze precisa de uma mídia ao seu favor. Na versão gospel não é diferente...

Essas e outras características rodam o universo coronelista. Infelizmente essa praga está no nosso meio. Isso é o famoso mundanismo que muitos denunciam, mas esquecem de suas faces variadas. Uma das faces do mundanismo é o coronelismo eclesiástico.


Fonte: [ Teologia Pentecostal ]
Via: [ Emeurgência ]

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Vendilhão judaizante em ação

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Gravado em um culto dito de "avivamento" realizado em São José dos Campos-SP, datado dia 17/07/2008, em que pessoas se prostraram diante de uma réplica dizendo ser a "arca de Deus" - aquela do antigo testamento - e fazendo seus pedidos.... isso sendo encorajados a tocar na tal "arca". Isso lembra atitudes pagãs e anti-cristãs... a arca simbolizava a presença de Deus e era uma figura de Jesus Cristo, a nossa verdadeira arca... e não nescessitamos mais de objetos ou qualquer outra figura que represente a real presença de Deus, muito menos p/ se fazer pedidos!!! Jesus Cristo é a "REAL PRESENÇA DE DEUS" pois, ele é o "PRÓPRIO DEUS", e o véu do templo já foi rasgado! Bem, há muito o que dizer mas o vídeo fala si próprio e expressa o porque da minha indignação.

Sarita
via e-mail


Compartilho com a mesma indignação da irmã Sarita que nos enviou o video. Eu confesso que chorei quando vi o mesmo. Olha só o que estão fazendo com o evangelho de Jesus. Quantas pessoas estão sendo enganadas por esses aproveitadores judaizantes. Até crianças estão participando dessas "cerimônias judaizantes" que eles insistem em chamar de evangelho. Aonde que isso é evangelho gente? isso é idolatria, é reviver a lei em detrimento da graça, é anular o sacrifício de Cristo na Cruz, é mistificar amuletos mágicos! Que absurdo!

Para quem não sabe, esse falso profeta do video acima é o famoso Yossef Akiva (José Marcelo para os íntimos), um cara que vem fazendo um estrago tremendo em muitas igrejas que se corromperam para esse evangelho judaizante. Além de comercializar este falso evangelho, ele também vende em seus "cultos proféticos" réplicas dessas arcas pela bagatela de R$6.000,00 (veja aqui).

Mais informações sobre este falso profeta, clique aqui.

Para aqueles que insistem em adorar a arca da aliança e recosturar o véu que a Cruz de Cristo já rasgou, ou para aqueles que querem saber mais sobre este assunto, clique aqui por favor.

RM

A inusitada visita de dois pregadores a sua velha mestra

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Eles tinham sido amigos de infância e de igreja, além de companheiros nos primeiros anos de estudo. Encontraram-se recentemente, por acaso, na feira de rua da pequena cidade de Brejo da Várzea no sertão Paraibano, onde nasceram e foram criados. Após terem terminado o curso ginasial, cada um tomou seu rumo, e só agora, por obra do acaso, é que estavam se vendo frente a frente

Após as saudações de praxe, os dois se alegraram muito, riram e se abraçaram pela grata coincidência: ambos eram agora pastores de duas igrejas evangélicas. Armando Pedreira estava com sessenta anos de idade, e Amadeus dos Santos já passava dos sessenta e dois.

Armando Pedreira tinha vindo à sua cidadezinha natal para um encontro especial com a velha Deolinda, professora dos dois pastores nos tempos do curso ginasial. Amadeus viera visitar sua única irmã, que se encontrava muito enferma, e resolveu atender o convite do seu companheiro de profissão para irem juntos à casa da antiga mestra de Moral e Cívica.

Diante da varanda da casa de Deolinda, ficaram por algum tempo estáticos e desorientados como duas crianças assustadas, pois não se viam desde o término do curso ginasial. Uma torrente de pensamentos e fatos vividos atordoava as suas mentes. A professora amavelmente convidou-os a entrar, mas eles acharam por bem ficar na varanda ao sabor do vento úmido daquela tarde de outono. Um odor de eucalipto e capim santo exalava por aquele ambiente, é que D. Deolinda tinha ao redor de casa uma horta medicinal, para feitura de seus prediletos chás, que afirmava ser um santo remédio para suas cólicas e enxaquecas freqüentes. Naquele momento, bem acomodada em sua cadeira de balanço, Deolinda imaginou por alguns segundos: “Será que seus ex-alunos continuavam como antes, após todos esses anos decorridos?” Já tinha ouvido por terceiros que eles eram dois ministros protestantes. Continuava a pensar: “Armando Pedreira pregaria um Deus conservador, tradicional?. Amadeus pregaria um Deus mais tolerante, como era a sua maneira de ser, quando estudante?”.

A velhinha estava ansiosa por aquela oportunidade, em que poderia conferir se as suas tão saudosas e barulhentas aulas tinham deixado algo no espírito daqueles dois homens já bem maduros. “O que teria ficado de indelével em suas personalidades, em razão dos velhos ensinamentos e diálogos do tempo de ginásio?” ─ perguntava para si mesmo.

Passado o nervosismo dos primeiros instantes, os dois pregadores conversaram bastante sobre fatos engraçados da época de estudante. Recordaram alguns embates no grêmio literário da escola. Entretanto, na cabeça de Armando Pedreira reverberava algo que o deixava impaciente. Ele pensava: “nesta disputa eu não poderei perder de jeito nenhum”. “Mostrarei a força da minha instituição”. Algo falava em seu ser: “Tente rápido ganhar essa alma para o seu rebanho! Caso contrário a perderá para a igreja de Amadeus”.

Pedreira atribuía essa voz que saia de dentro dele, a alguma coisa vindo da parte de Deus, sem, no entanto, refletir que tudo aquilo que sentia era fruto de um forte e insano desejo de ganhar uma disputa contra seu arqui-rival de estudos escolares, Amadeus. Achara então, que tinha chegado à oportunidade de encerrar aquele entrevero um tanto fútil, e, percebendo o adiantado da hora, dirigiu-se a velha professora, já aparentando impaciência:

─ A senhora permite, neste momento, entregar-lhe algo que Deus está ordenando que eu fale?

─ A palavra é toda sua, caro Pedreira. Sou toda ouvidos ─ responde Deolinda.

Pedreira faz então uma rápida oração. Em seguida abre gulosamente a sua Bíblia e lê o que está escrito em Salmos (9.17): “...Os ímpios serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus”.

Amadeus reflete: “Meu Deus, o Pedreira continua duro como nos tempos de estudante?. Mal começou a conversa e já entra falando de uma maneira constrangedora!”.

Cabisbaixo, Amadeus ouve todo aquele discurso de “ganhadores de almas”, que culmina com o pedido para a professora aceitar Jesus como seu Salvador. O próprio Amadeus foi constrangido por Pedreira, a cantar bem baixinho o hino quinze da Harpa Cristã, enquanto ele reforçava o apelo, tudo feito de uma maneira pré-estabelecida, um verdadeiro “clichê”.

A professora, bem educadamente, olhando nos olhos de Armando Pedreira, fala:

─ Bem senhor Pedreira, eu não ia incluir em nossa conversa o lado religioso, mas vamos debater como fazíamos na sala de aula. Vamos argumentar:

─ Por que o senhor me considera uma ímpia e me convida de modo tão extremado para aceitar Jesus a fim de poder escapar do fogo do inferno?

─ D. Deolinda! ─ responde Pedreira, alvoroçado: Eu lhe conheço bem desde aquele tempo. A senhora sempre teve uma queda para o ateísmo. Lembro-me bem dos seus monólogos, e das suas inserções um tanto perigosas sobre a mensagem cristã.

D. Deolinda pede licença ao Pedreirinha ─ como era chamado pelos seus colegas de classe ─ abre a sua velha bíblia encardida pelo tempo, mas cheia de grifos e lê em João (Cap 8:15): “...vós julgais segundo os padrões humanos, eu a ninguém julgo ( palavras de Jesus)”.

Senhor Pedreira! ─ fala a professora, como se estivesse na sua antiga sala de aula ─ Refresque bem a sua memória e procure lembrar-se daquela palestra que discorríamos sobre o “julgar”, quando eu afirmava que o mesmo é sempre produto de premissas falsas. Esse julgamento não corresponde à verdade, pois é resultado de uma avaliação que se faz pelo que se vê, pelo exterior! Você não está a ver o que há no meu coração. Você parece que esqueceu o que eu dizia em minhas preleções no ginásio: “tenham cuidado ao abordarem uma pessoa, e nunca pensem, de início, que ela é o pior elemento. É preciso muito ouvir, para depois falar”.

─ Mas professora, não sou eu quem diz, é a “palavra”. Não tenho culpa ─ retruca Pedreira, já com a camisa empapada de suor.

Vamos ler juntos, Marcos 7:13: “...invalidais, assim a palavra de Deus pela vossa tradição que vós mesmos transmitistes”. Essa fórmula vazia, esse clichê ou slogan que já é uma tradição no seu meio, anula o Evangelho de Cristo ─ conclui a velha professora.

A esta altura, o Sr. Amadeus dos Santos, agradecia a Deus pelo que estava presenciando. Com os dedos das mãos contraídos, dizia para si mesmo: só falarei na ocasião propícia. Ali mesmo, passavam em sua mente, como um filme, as competições do grêmio literário de quarenta e cinco anos atrás.

─ E o senhor, o que faz atualmente? ─ pergunta a professora, dirigindo-se agora para Amadeus.

─ Dou apoio espiritual a um pequeno número de pessoas em minha igreja, mostrando para elas a graça e a misericórdia infinita de Deus para com todos, sem acepção, ensinando os princípios éticos cristãos, a moderação e tolerância, em suma o amor dirigido também aos que não são do nosso grupo.

Armando Pedreira não se contendo, levanta-se furioso e fala:

─ Está vendo Dona Deolinda! ─ Começamos a pastorear nossos rebanhos na mesma época. A minha igreja conta com seiscentos membros, e a do Sr. Amadeus, segundo me contaram, tem quarenta membros. Se a igreja dele não cresce, algo vai mal. Para Deus não existe coração duro, existe pregador frouxo. Na certa ele não está usando o método correto.

Qual o método que você usa bem, para fazer adeptos? ─ pergunta a professora, voltando-se para Amadeus.

Com aquela voz miudinha e de tonalidade baixa, corpo já envergado pelo peso da idade, e sofrido pela angústia ao ver tantas injustiças e incompreensões por parte daqueles que em nome de Cristo deveriam trazer alívio para as pessoas, mas ao contrário colocavam mais fardos pesados nos ombros delas, Amadeus começa lentamente a falar:

─ Meu rebanho é pequeno, não resta dúvida, porém, acredito que o pouco com Deus é muito. Estamos sempre mostrando por onde passamos, que Deus é perdão e misericórdia; procurando levar a verdadeira paz aos que estão em desarmonia. Sabe Dona Deolinda, eu considero a pregação do evangelho como uma prestação de socorro a uma vítima de afogamento, como exemplo. Não procuro saber quem é a pessoa que está em perigo de morte, e jamais eu posso numa situação como esta, pregar o medo, pois eu irei fazê-la afogar-se mais rápido ainda.

Pedreira não se contendo, pede licença a professora e intervém intempestivamente:

─ Está vendo porque sua igreja não cresce? ─ dispara arrogantemente. ─ Este povo é de dura cerviz. Olha, se não for com a ameaça de castigo, de destruição não se converte ninguém. Fale do fogo do inferno que arde mil vezes mais do que o nosso fogo de lenha, e isto eternamente. Eu quero ver quem resiste! Deus há alguns anos, me confiou uma grande missão: pregar nas cerimônias fúnebres. Deixo de comparecer, por este motivo até as festas de casamento e de aniversário. É lá nos cemitérios, que Deus me usa poderosamente. Ali, as pobres almas estão fragilizadas, e, mesmo que elas não estejam entendendo o que estou pregando, não deixo nunca de bradar no final de minha preleção: “Quem sabe, se não pedirão a tua alma hoje? Se não aceitares Jesus, irás direto para o inferno onde há choro e ranger de dentes!. É quando muitos, com medo da condenação eterna se rendem chorando ajoelhados”.

Dona Deolinda não se agüentando mais, pede a palavra, iniciando assim os seus argumentos:

─ Como você diz que é o medo que traz as suas pobres almas ao rebanho, eu quero ler aqui em I João (4:18): “... no amor não há medo. Antes o perfeito amor lança fora o medo, porque o medo produz tormento. Aquele que teme não é aperfeiçoado no amor”.

A velha professora sabia de suas leituras de pedagogia infantil, que a criança herda da paternidade a submissão rigorosa e a arrogância. Ela entendia perfeitamente que o modo de agir dos pais, como eles se comportam, o que eles dizem, o que eles valorizam, estruturam a personalidade da criança.

Deolinda permaneceu silenciosa por alguns segundos, pensando com os seus botões, o tempo bastante para chegar à conclusão, de que a maneira de agir do seu ex-aluno e agora pregador Armando Pedreira, tinha muito a ver com a educação recebida do seu pai. Ela fez uma rápida retrospectiva dos tempos de criança daqueles seus dois ex-pupilos e, chegou à seguinte racionalização: “a rigidez doutrinária e a insistência paterna em forma de cobranças repetitivas, tinham marcado fortemente a personalidade, do agora adulto, Pedreira. Não é assim que acontece com o bebê, que em seu desenvolvimento absorve e apreende tudo que é insistentemente repetido, quer em gestos, quer em palavras”?

Deolinda pode enfim perceber que a pressão psicológica que Pedreira sofrera de seu pai, influíra decididamente no seu modo de ser e de ver as coisas. Foi nessa hora que veio à sua lembrança, as palavras de Natã a Davi: “...agora portanto a espada jamais se afastará de tua casa”. Esse versículo despertou Deolinda para compreender com mais nitidez o que possivelmente acontecera com o seu ex-aluno: A espada do pai passara para o filho. Era com ela, que ele de maneira doentia, manejava para ganhar almas. Ele estava em nome do pai, carregando um fardo pesado, e o passando a outras pessoas, inconscientemente. Não soube se desligar do pai idealizado, justamente com medo do castigo. Aprendera quando criança, a obedecer através da ameaça de castigo, que num círculo vicioso produzia cada vez mais tensão e medo. Mas a professora entendia que Pedreira jamais poderia incriminar os pais por ele ter herdado àquela maneira de ser, pois com o advento de Cristo, cada um torna-se responsável por si mesmo. Deolinda compreendia que foi para aliviar esse jugo, que Cristo viera ao mundo fazer-se maldição por nós, e, achava que toda aquela resistência e arrogância do Pedrerinha ─ agora pregador do evangelho ─, era fruto da sua surdez espiritual. Ele não tinha ainda ouvido a voz branda de Cristo dizendo: “vinde a mim Pedreira, e eu tornarei suave o teu jugo, e farei bem leve esse fardo pesado, que te foi imposto pelos teus em teu ambiente”.

Deolinda, tomada de um impulso raro, põe a sua mão direita no ombro de Pedreira e fala sem meias palavras.

─ Sabe de uma coisa meu caro Armando Pedreira? ─ Não me leve a mal, o senhor precisa ser liberto ─ diz Deolinda, querendo encurtar o enredo. O senhor precisa ser liberto da sombra paterna do preconceito, da vingança e do medo com que foi alimentado durante toda a sua infância.

Ela lembrava perfeitamente de uma de suas aulas, como se fosse hoje. Parecia está vendo Pedreira com seu semblante ríspido, no exato momento em que Amadeus afirmava diante de todos os seus colegas, que dialogava com seus pais à mesa, após o jantar, às vezes, discordando deles, em assuntos de religião e política. Lembrou-se de como Pedreira não suportando o relato de Amadeus, retirou-se bruscamente da sala de aula, visivelmente contrariado. Deolinda entendera que aquela reação demonstrada por Pedreira, na verdade, tinha sido fruto de uma vingança executada inconscientemente, em defesa do que ele aprendera do seu pai, o qual, não tolerava o confronto de idéias. Ela não tinha dúvidas de que tinha sido isso mesmo, que fizera com que ele se retirasse da classe. Aquela inesperada fuga da sala de aula tinha sido um ardil, em defesa dos conceitos adquiridos do pai.

─ O que você tanto balbucia aí com os seus botões? ─ pergunta Deolinda, para um Amadeus encolhido e cabisbaixo.

─ É, Dona Deolinda, as coisas de Deus parecem um paradoxo. Há pouco tempo o colega Pedreira pedia para senhora aceitar Jesus. Mas, pelo que estou presenciando atentamente, quem necessita de libertação não é a senhora não, é ele...

Deolinda aproveitando o momento que Pedreira, um tanto nervoso, se dirigira ao banheiro, resolveu sussurrar ao pé do ouvido de Amadeus:

─ É meu caro Amadeus, você é um privilegiado, pois, ao que parece, sobre os seus ombros não foi imposto o “fardo pesado” da subserviência. Contudo, sejamos sóbrios, não vamos tripudiar sobre o seu amigo de púlpito. Antes, devemos aturá-lo com calma, até que ele possa, quem sabe, um dia, chegar ao pleno conhecimento da VERDADE.

Já era tarde da noite quando Deolinda, sem sono, deu asas à imaginação. Pensava de si para si: “Como a promessa de um paraíso após a morte e o medo do castigo eterno atraem as pessoas. Era esse o motivo pelo qual a igreja de Armando Pedreira estava abarrotada de almas penitenciando-se diariamente para escapar do inferno.

É isso mesmo! ─ diz a mestra, terminando o seu pensar: “Os Evangelhos falam de uma salvação que é de graça, mas ninguém acredita. Só se crê naquilo que se consegue através da troca, do toma-lá-dá-cá”.

A velha e cansada professora agora entendia o “porquê” da Igreja de Amadeus ter tão poucos fiéis.


Autor: Levi B. Santos
Guarabira, 27 de Julho de 2009
Fonte: [ Ensaios e Prosas ]

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Miseráveis à porta da misericórdia de Deus

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“Jurei mentiras e sigo sozinho, assumo os pecados”.
(Ney Matogrosso em Sangue Latino)

Sou miserável, sem constrangimentos assumo minha condição de miserável pecador.

Assumo os pecados - que são muitos -, e acredito no Senhor Deus dos desgraçados, aliás, penso que Jesus seja essencialmente o Deus dos falidos, dos fracassados, dos excluídos e marginalizados pela sociedade.

Depois de muito tempo dependendo da minha própria justiça, depois dos incontáveis fracassos da minha alto piedade, estou aprendendo a ser dependente da graça divina.

Em determinada ocasião Jesus disse que não veio para chamar os justos, e sim os pecadores ao arrependimento, e que quem precisa de médico são aqueles que estão doentes e não quem está são. (Evangelho de Marcos 2.17).

Portanto, abandonei minha falsa ideologia de religioso todo certinho e me tornei um “desgraçado, digno de compaixão, cego e nu”, para de alguma maneira alcançar graça, misericórdia, colírios para meus olhos e roupa para minha nudez. (Apocalipse 3.17).

Quero, portanto, solidarizar-se com os que tropeçam, e com os que não alcançam os padrões de santidade exigidos pela religião. Quero ser amigos de pecadores; prostitutas, homossexuais, dependentes químicos e “jantar com publicanos”. (Evangelho de Marcos 2.15-16)

Penso que os pecadores mais miseráveis são aqueles que nunca transgridem, pois assim também nunca experimentam a graça de serem perdoados.

Pobres religiosos que nunca erram, jamais saberão o gosto do abraço afetivo do Pai quando afaga o filho perdido que volta ao lar.

Minha prece, portanto se torna essa:

Pai bendito eu estou mais uma vez de coração angustiado de volta ao lar, “já não sou digno de ser chamado seu filho, faze de mim como um de seus empregados”. Amém! (Evangelho de Lucas 15.21-24, parábola do filho pródigo).

E todos nós sabemos o resto da história.

Miserere cordis, miserandus, a, um – Misericórdia Senhor, Ah! Mísero que sou

Autor: João Ferreira leite Luz
Fonte: [ Repensando conceitos
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Quem És Tu, Que Julgas o Servo Alheio?

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Mateus 7:1-5

"Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão".

Primeiro, Jesus não está condenando todo tipo de julgamento; Ele está condenando o julgamento hipócrita (Mt. 7:5).

Que Cristo não está condenando todo tipo de julgamento é evidente pelo contexto. No mesmo sermão Ele avisou sobre os falsos mestres (Mt. 7:15-17) e falsos irmãos (Mt. 7:21-23). É impossível ter cuidado com falsos profetas e falsos mestres sem julgar doutrina e prática comparando-as com a Palavra de Deus.

Que Cristo não está condenando todo tipo de julgamento é também evidente pela comparação de Escritura com Escritura. Em outras passagens somos ordenados a julgar. Devemos julgar segundo a reta justiça (Jo. 7:24). Devemos julgar todas as coisas (I Co. 2:15-16). Devemos julgar o pecado na igreja (I Co. 5:3,12), disputas entre irmãos (I Co. 6:5), pregação (I Co. 14:29), aqueles que pregam falsos evangelhos, falsos cristos, e falsos espíritos (II Co. 11:1-4), as obras das trevas (Ef. 5:11), e profetas (I Jo. 4:1).


Romanos 14:4

"Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar".

Esta passagem é freqüentemente abusada por aqueles que participam de movimentos ecumênicos. É dito que este verso nos proíbe de expor pecado e erro e comprometimento. É dito, além disso, que o verso ensina que muitas das verdades da Bíblia são "não-essenciais" ou "não-fundamentais" no sentido de como lidamos com elas.

Um pastor escreveu-me e disse:

"Romanos 14 é provavelmente a passagem mais violentada por aqueles de nós que se intitulam 'fundamentalistas' (observe que eu me incluo). Nós temos ou passado por cima deste capítulo ou dado a ele uma pecaminosa interpretação superficial e dançado ao redor de seus poderosos mandamentos sobre como lidar com diferenças a respeito de doutrinas 'secundárias' dentro da igreja. Por 'secundária' não quero dizer 'sem importância'. Eu preciso estar 'plenamente persuadido' sobre todos os pontos bíblicos controversos, ainda que deva receber bem e não julgar ou menosprezar aqueles que têm opinião diferente sobre alguns deles".

A isto eu dei a seguinte resposta:

"Romanos 14 é uma importante passagem, mas não tem nada a ver com a idéia de que há coisas nas Escrituras de valor secundário no sentido de como devemos lidar com elas. Os dois exemplos claramente dados pelo Apóstolo são comer carnes e guardar dias santos. Não há absolutamente nenhuma exigência recaindo sobre o Cristão do Novo Testamento a este respeito. Deste modo, Romanos 14 está tratando de como devemos lidar com assuntos NÃO ENSINADOS NAS ESCRITURAS. Em assuntos nos quais Deus não tem falado, eu devo dar liberdade. Nos assuntos nos quais Deus tem falado, a única liberdade é a obediência. Você está errando o alvo no entendimento desta passagem".


Tiago 4:11-12

"Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão, e julga a seu irmão, fala mal da lei, e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz. Há só um legislador que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?"

Como Mateus 7:1, Romanos 14:4, e I Coríntios 4:5, Tiago 4:11 é freqüentemente mau usada pela multidão ecumênica para dar suporte à sua falsa doutrina de que Cristãos são proibidos de julgar doutrina e prática. Fazer estes versos ensinarem que Cristãos não podem nunca julgar joga a Bíblia em confusão. Há um julgamento certo e um julgamento errado. Muitos versos nos ordenam que julguemos com julgamento justo (Lucas 12:57, João 7:24, I Co. 2:15). Nós devemos julgar pregação (I Co. 14:29), pecado nas igrejas (I Co. 5:3), disputas nas igrejas (I Co. 6:5), pecado em nossas próprias vidas (I Co. 11:31), falsos mestres (Mt. 7:15, Rm. 16:17), espíritos (I Jo. 4:1), etc.

Quando, então, está Tiago proibindo? O contexto esclarece o assunto.

Primeiro, Tiago está tratando do falar mal (Tg. 4:11). Julgamento apropriado é falar a verdade em amor. A verdade não é má e falar a verdade em amor não é mal. O tipo de julgamento condenado por Tiago é julgar no sentido de rebaixar, transmitir informações oficiosas, e difamar. É julgar com má intenção. Quando alguém julga biblicamente o pecado e o erro, nunca é com o desejo de ferir as pessoas. Os fariseus julgaram Jesus desta forma má (Jo. 7:52). Os falsos mestres na Galácia e em Corinto julgaram Paulo desta mesma forma, tentando rebaixá-lo ante os olhos das igrejas (II Co. 10:10).

Segundo, Tiago está se referindo ao julgamento feito de um modo que é contrário à lei de Deus (Tg. 4:12). Isto se refere a julgar outros pelos padrões humanos e não pelos divinos, colocando desta forma a si mesmo como o legislador. Os fariseus fizeram isto quando julgaram Jesus por suas tradições (Mt. 15:1-3). Por outro lado, quando um crente julga as coisas pela Palavra de Deus, de forma santa e com compaixão, ele não está exercendo seu próprio julgamento; ele está julgando pelo julgamento de Deus. Quando, por exemplo, digo que é errado a uma mulher ser pastor, este não é o meu julgamento, é o de Deus (I Tm. 2:12).


O seguinte artigo foi tirado do livro THINGS HARD TO BE UNDERSTOOD (COISAS DIFÍCEIS DE SEREM ENTENDIDAS), disponível pela Way of Life Literature.

Autor: Pr. David Cloud - Fundamental Baptist Information Service, P.O. Box 610368, Port Huron, MI 48061, 866-295-4143, fbns arroba wayoflife.org.

Fonte: [ Luz para o Caminho ]


Para saber mais se devemos julgar ou não, clique aqui!
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Numerologia evangélica: quando 2 + 2 = superstição

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http://www.almamistica.com.br/figuras/numerologia.jpg


“E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós.” – 1 Co 11.19

“Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” – Ef 4.13-14

Nessa manhã eu estava ouvindo a Rádio Musical FM (de teimosa!), e o missionário Ezequiel Pires estava propagandeando a “Vígilia das 7 horas”, com 7 pastores, 7 não-sei-o-quê, e que será poderosa, com dons espirituais, pentecostes, curas, profecias, etc. Pela propaganda só faltou dizer que o próprio Deus estaria dando autógrafos nas Bíblias dos irmãos. Mas o que me chamou a atenção nessa vigília em especial foi a importância dada ao número 7, como se esse número a tornasse melhor do que as outras.

Procurei na internet sobre a tal vigília milagrosa, mas não a encontrei. Acabei achando uma semelhante, do mesmo pregador, a “vigília das 12 horas” (acho que foi muito longa, aí resolveram fazer uma menor, com 5 horas a menos). Também é interessante frisar que as vigílias que eles fazem são “as maiores da Terra”, segundo eles, é claro:


http://estrangeira.files.wordpress.com/2009/07/vigilia12horas.jpg?w=274&h=400


Nessa vigília anterior, o poder estava no número 12: 12 horas, 12 pastores, 12 cantores, 12 orações e 12 meses de bênçãos. Fico pensando se algum incauto fez 13 ou 11 orações (de repente chegou atrasado, e não esteve nas 12 horas), será que a bênção para ele foi reduzida?

O mundinho gospel adora falar mal das religiões que julga místicas, mas adora uma superstição. É banho de sal, rosa ungida, sabonete abençoado, água fluidificada que não acaba mais. Porém, uma das superstições mais corriqueiras é o uso de números, entre os quais imperam o 7, o 12, o 40 e o 70, mas também se usa 318 e outros mais.

Por que o fascínio dos pastores por certos números? Muitos gostam de pinçar passagens da Bíblia e trazê-las literalmente para o contexto atual, esquecendo-se que certas mensagens são para certas pessoas em certos períodos da história. Como Jesus teve 12 discípulos, inventou-se uma “visão de Deus” chamada G12 que O imita, muito toscamente por sinal. Como Deus fez o mundo em 7 dias, e como o 7 é o numero inteiro depois da dízima periódica 6,66…, conclui-se que seja o número divino, e por isso com um poder especial. O 40 remete aos quarenta anos do povo hebreu e de Cristo no deserto; o 70, aos enviados por Cristo. E por aí vai, para fazer uma campanha ou um método de crescimento de sucesso basta escolher algum número bíblico e, em cima dele, forjar uma doutrina de mistério e poder sobrenatural.

Outro que está fazendo uma campanha numerológica gospel é o Pr. Marco Feliciano. Ele teve uma revelação do “Alto”, onde cada fiel que quisesse uma bênção deveria depositar em sua conta R$ 7,00, e orar por 7 dias faltando 7 minutos para a meia-noite. Como seu site parece uma “25 de Março” virtual, tamanha é a quantidade de anúncios de venda de produtos, fica difícil achar o site da campanha.

Quando se dá uma ênfase desnecessária a um método, transpõe-se para ele o poder para se chegar ao objetivo desejado. Dizer que tem-se que ir nas 40 semanas da campanha “Deus faz milagres” denota que, caso o fiel a siga à risca, terá sua bênção. Não passa de uma superstição grosseira, como o de andar com um pé-de-coelho com o intuito de chamar a sorte, ou de mandar rezar uma novena na igreja católica (ah, novena não pode, pois nove é número de satanistas, pois 6+6+6=18, e 1+8=9! Se bem que já vi campanha de novena em igreja evangélica também). Além da superstição, há a clara alusão à uma barganha com Deus: eu fiz as 7 orações, então o Senhor tem que cumprir sua parte no acordo (como se Deus tivesse se comprometido com o fiel, quando quem faz isso é o pastor ou líder, quando diz que a campanha é poderosa e praticamente infalível). Se o “acordo” é cumprido, dá-lhe testemunho! Se não é, o que ocorre em mais da metade dos que fazem a campanha (segundo estatísticas minhas), não tem problema: semana que vem tem uma nova, a dos 19 dias na presença de Deus, afinal 19 é 7+12, o que dá ainda mais força e poder.

Quando as igrejas pentecostais, como a Quandrangular, começaram a fazer campanhas décadas atrás, o intuito era simplesmente o de manter os fiéis “interessados”, frequentes no culto, e também como meio de evangelização. Hoje a coisa degringolou de vez, tornando-se, além de uma panacéia para a mesmice da igreja, algo “quase palpável”, onde os os fiéis podem se segurar, uma vez que o Deus que é pregado está muito distante, embora diga-se nos cultos que Ele sempre está ali. Se não posso ver a Deus, sei que Ele me obedecerá, ou melhor, me abençoará, pois estou cumprindo com minha parte no ritual. É isso, a numerologia gospel é mais um ritual pagão em meio à igreja de Cristo.

Mas a mistura do cristianismo com o paganismo (ou gnosticismo) é muito antiga. O povo hebreu foi cativo no Egito e na Babilônia, incorporando o misticismo dessas culturas em seu culto doméstico, e isso foi motivo de grandes exortações de Deus através dos profetas. Nos tempos de Jesus, os judeus ainda estavam envoltos numa atmosfera gnóstica, viviam sobre o poderio romano, e Paulo, em suas cartas, não se cansou de admoestar seus irmãos sobre a entrada de doutrinas estranhas no ensino do Evangelho. Se, naquela época, com relativamente poucos líderes cristãos isso acontecia, o que dizer agora! Não estamos no Egito ou na Babilônia, mas o Brasil é rico em sincretismo religioso, sendo facilmente aceito que um cristão frequente de vez em quando o centro espírita e passe o Ano-Novo pulando 7 ondas (de novo esse número?) na praia.

Já passou da hora de, como Igreja, deixarmos de ser tão infantis espiritualmente, buscando as bênçãos e não ao Abençoador. Ir uma, duas, três, cem, mil vezes no culto não nos fará mais ou menos merecedores de nada, mas mesmo assim Deus, em Sua infinita bondade, nos supre no que necessitamos, e muitas vezes nos eleva a lugares nem sonhados. Busquemos o Reino de Deus e a Sua justiça, e tudo o mais se acrescentará, e isso pode ser feito a todo o momento, não apenas faltando 7 minutos para a meia-noite ou durante 12 horas de vigília e oração.


Fonte: [ Uma estrangeira no mundo ]
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