Desabafo como alerta para a Igreja !!!


Navegando pela Internet hoje, tive o grande prazer em ouvir uma mensagem que o nosso irmão em Cristo Gilson Barboza postou na comunidade do Orkut chamada "Resgatando a Verdade". Um audio que expressa exatamente o que está ocorrendo nas igrejas denominacionais nos dias de hoje.


O autor da mensagem chama-se Max L.S. As palavras são sérias e duras, porém verdadeiras!!! Vale a pena escutar e meditar:

Parte 01




Parte 02




Eles só querem igualdade: homossexuais de calcinha e sutiã e seu direito de livre expressão.


JULIO SEVERO - No lançamento da Frente em Defesa da Comunidade Gay na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, um homossexual dançou de calcinha e sutiã na frente dos deputados. Parece piada? Não é. O fato ocorreu em 24 de outubro de 2007.


que as casas legislativas eram lugares onde o decoro e o respeito eram obrigatórios, nos trajes e nas atitudes.

Eu próprio tive de me conformar semanas atrás, quando estava passando na entrada do plenário de uma casa legislativa sem terno e gravata. O segurança me alertou que com trajes comuns eu não poderia passar por ali. Obedeci à lei. Ai de mim ou de qualquer outro cidadão comum se tentarmos entrar nesses lugares sem terno e gravata em pleno horário de sessão legislativa!

Agora, um homossexual de calcinha e sutiã pode se sentir mais à vontade, pois talvez a primeira preocupação do segurança ou dos políticos não seja deter o escândalo moral em público, mas evitar processos ou rótulos de preconceito!

O noticiário G1, do decadente império Globo, registrou o evento da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, mas evitou a responsabilidade de condenar o fato patentemente pornográfico, limitando-se a relatar as palavras de revolta do Dep. Waldir Agnello:

“Roupas mínimas — calcinha e sutiã — para uma mulher já seria inadequado. Para um homem, continua sendo inadequado também. Podem usar nos lugares digamos privados, mas num lugar público não. Aqui é a casa do povo. Por isso, tem que ser respeitada e respeitar todos os tipos de pessoas que temos aqui”.

Mesmo com o protesto do Dep. Agnello, nenhum segurança apareceu para deter o homossexual desrespeitoso.

No entanto, o deputado socialista Carlos Gianazzi, organizador do evento, defendeu o ato do homossexual de calcinha e sutiã, dizendo: “Foi uma normalidade até porque a Parada Gay de São Paulo, do orgulho gay de SP, isso é absolutamente natural e isso é transmitido por toda imprensa, toda imprensa transmite, fotos em jornal, a televisão, as pessoas participam, os deputados participam também”. Interessante confissão, pois embora ninguém imagine que eventos contendo semi-nudez sejam apropriados para crianças, os organizadores das paradas gays insistem em defender a idéia de que as paradas são espetáculos para a família toda — e até a mídia pró-homossexualismo colabora com essa idéia equivocada mostrando crianças, mas ocultando todo tipo de imagem que assustaria olhos e corações desacostumados a ver orgias em público.

Contrariando todos os seus amigos esquerdistas, que defendem as paradas como atrações para a família inteira, Gianazzi preferiu dizer a verdade sobre o clima normal de bordel desses eventos. Nas paradas gays, é comum a semi-nudez — e muito mais. Os ativistas homossexuais sabem e reconhecem isso. Daí, a explicação deles é que o homossexual de calcinha e sutiã na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo não fez absolutamente nada de anormal pelos padrões das paradas gays, onde ocorre tudo, desde homossexuais de trajes mínimos até nudez, uso de drogas e sexo explícito.

Já que nem mesmo numa casa legislativa os seguranças conseguiram intervir contra o exibicionismo imoral de um homossexual, e agora? O que será do resto da sociedade? E se um professor homossexual sentir vontade de um dia aparecer de calcinha e sutiã diante dos alunos? E se um empregado homossexual quiser um dia aparecer de calcinha e sutiã na loja onde trabalha? Seus defensores poderão alegar que tal comportamento é perfeitamente normal, pelos padrões das paradas gays. Se essa desculpa não funcionar e algum “moralista fanático” tentar deter sua exibição homoerótica, seus defensores poderão alegar o enfadonho argumento de que eles estão sendo vítimas de perseguição, humilhação, discriminação, etc. Esse truque não falha, pelo menos não diante da mídia liberal.

Por enquanto, nenhum professor homossexual saiu do armário pornográfico para se assumir de calcinha e sutiã em plena sala de aula, mas um caso recente deixou a Rede Globo escandalizada. Duas professoras lésbicas, que iniciaram um namoro na escola, foram demitidas, porque seu comportamento impróprio era uma afronta e desrespeito aos alunos e seus pais.

Parece que a Globo ficou escandalizada porque as crianças, que podem ver homossexualismo em suas novelas, estão sendo impedidas de vê-lo ao vivo na salas de aula. “Oh, que horror! Desse jeito, como é que as crianças respeitarão os direitos homossexuais se não podem testemunhar duas lésbicas de mãos dadas ou se beijando?”, imaginam os lunáticos globais. Ou você fica com a mídia liberal, ou é sumariamente tachado de preconceituoso e aliado de skinheads.

Sem dúvida alguma, se tivessem feito a cobertura da destruição de Sodoma, os jornalistas globais teriam aproveitado para atacar não os pecados abomináveis dos sodomitas, mas o “preconceito” de Deus, que decidiu eliminar de uma vez por todas um lugar culpado de viver em farras segundo sua peculiar orientação sexual.

Sodoma, de acordo com a Bíblia, foi destruída porque era um bordel de sodomia, onde os cidadãos viviam paradas gays 365 dias por ano. Os sodomitas queriam estuprar até anjos enviados por Deus! É de preocupar que, do jeito que está em suas concessões ao homossexualismo, São Paulo acabe também se tornando uma cidade onde até anjos poderão correr o risco de ser alvos do mesmo tipo de taradice.

O começo da homoerotização brasileira em público chegou, onde uma casa legislativa, que existe para respeitar e defender os cidadãos e os bons costumes, se prostra diante de um homossexual de calcinha e sutiã apenas para mostrar que defende direitos homossexuais — direitos que inevitavelmente protegerão e promoverão maior homoerotização em todo o Brasil.

Hoje, toleram-se homossexuais em trajes mínimos. E amanhã? Tolerarão o que? Nudez, uso de drogas e sexo explícito homossexual em casas legislativas, escolas e outros lugares públicos?

Lembre-se: Os militantes gayzistas só querem igualdade. Igualdade de fazer em toda a sociedade exatamente o que fazem nas paradas gays.

Veja o vídeo no site do G1

Edir Macedo usa Eclesiastes 3 para defender o aborto!


“Sou a favor do direito de escolha da mulher. Sou a favor do aborto, sim. A Bíblia também é.” (Bispo Edir Macedo)

O Bispo Macedo costuma usar essa passagem de Eclesiastes 6.3 para dizer que a tese da liberalização do aborto tem algum respaldo bíblico, vejamos esse texto em algumas versões:

“Se o homem gerar cem filhos, e viver muitos anos, e os dias dos seus anos forem muitos, e se a sua alma não se fartar do bem, e além disso não tiver sepultura, digo que um aborto é melhor do que ele”. (Almeida)

Mesmo que um home tem cem filhos e filhas, mesmo que viva muitos anos, se não aproveitou do que ganhou, nem deixou dinheiro suficiente para que seus filhos lhe dêem um enterro decente – acho que teria sido melhor para esse homem ter nascido morto. (Bíblia Viva – Ed. Mudo Cristão)

Veja o texto na Bíblia Linguagem de Hoje: "que adianta um homem viver muitos anos e ter cem filhos se não aproveitar as coisas boas da vida e não tiver um enterro decente? Eu digo que uma criança que nasce morta tem mais sorte que ele".

O livro de Eclesiastes é repleto de pensamentos alegóricos em que o homem é levado a pensar em seu fim, que é estar junto a seu Criador. Neste caminho, o homem é confrontado com pensamentos melancólicos sobre o suor gasto no seu dia-a-dia, em seu trabalho, na vaidade de tantas ações humanas e que muitas vezes mais nos afastam que nos aproximam do Altíssimo. O dia-a-dia pode ser sufocante e é necessário que o homem, esta criatura amada infinitamente por Deus, tenha sempre à sua frente seu destino, seu rumo, seu Deus. O belíssimo texto em questão mostra o quanto à vida pode ser improdutiva mesmo que tantas vezes pareça a muitos que ela é bem-sucedida. Uma vida vazia é uma vida sem Deus, e o Eclesiastes mostra que quem não encontra a verdadeira felicidade - Deus – por mais que tenha trabalhado e lutado, sua existencialidade foi nula, como alguém que não viveu, como uma pessoa que nasceu morta.

Corrobora com minha exegese o escritor Mattew Henry: Uma família numerosa era questão de entranhável desejo, e muita honra para os hebreus; uma vida longa é o desejo da humanidade em geral. Mesmo possuidor destas bênçãos, o homem pode não ser capaz de desfrutar suas riquezas, família e vida. Nesse contexto, tal homem, em sua passagem pela vida, parece haver nascido para nenhuma finalidade ou utilidade. O que nasceu e viveu alguns momentos tem uma sorte preferível ao que viveu muito, mas sem objetividade producente. (Livro “Comentário Bíblico”, Ed. CPAD).

Em síntese, a exegese do texto não fala nada da possibilidade de uma mulher optar pelo aborto. Somente na mente fértil do Bispo Macedo é que existe essa interpretação! Cabe a ele explicar, do alto da sua sapiência teológica, como um trecho como este pode ser utilizado para justificar o aborto.

A prática do aborto sempre foi e continuará a ser condenada pela Igreja Cristã na figura de suas denominações sérias e verdadeiras, comprometidas com a Bíblia Sagrada e suas doutrinas, doutrinas que são imutáveis, não vulneráveis ao tempo e aos costumes de regiões!


Fontes:

http://www.chamada.com.br/mensagens/fatos_aborto.html

http://br.geocities.com/observatoriodaiurd

http://contra-o-aborto.blogspot.com/2007/10/o-aborto-e-teologia-do-dio-de-edir.html

Maiores informações sobre a IURD:

http://www.cacp.org.br/movimentos/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=814&menu=12&submenu=7

http://www.cacp.org.br/pseudocrista/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=812&menu=11&submenu=1


As 95 teses para a Igreja de Hoje

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No dia 31 de Outubro de 1517, o monge agostiniano Martinho Lutero afixou, na Abadia de Wittemberg, 95 teses em que desafiava a Igreja Católica a debater sobre a venda de indulgências. O fato desencadeou o que mais tarde seria conhecido como a Reforma Protestante, movimento que marcou a história da humanidade.

489 anos depois, ao vermos a igreja “protestante” navegar por mares incertos e perigosos, decidimos relançar (com pequenas modificações) em comemoração a esta data tão importante em nossa história, um manifesto pela volta à simplicidade do Evangelho, segundo as Escrituras.

O lema Eclesia reformata, semper reformanda, deve estar sempre ecoando em nossos ouvidos, chamando-nos à responsabilidade de sempre caminharmos segundo a Palavra, sem nos deixarmos levar por ventos de doutrinas e movimentos que tentam transformar a Igreja de Cristo, num circo eclesiástico, nas mãos de líderes inescrupulosos, que manipulam o povo ao seu bel prazer, tudo isso em nome de Deus!Fica lançado aqui o nosso desafio.

Não temos a pretensão de iniciarmos uma “nova reforma”, mas simplesmente levar o povo de Deus a uma reflexão sincera e bíblica daquilo que temos vivido como Igreja de Cristo em nosso tempo.O texto abaixo surge muito mais como desabafo e lamento do que como proposta de revolução.

“Non nobis Domine, sed nomini Tuo da gloriam” (Salmo 115.1)



95 Teses para a Igreja de Hoje


1 – Reafirmamos a supremacia das Escrituras Sagradas sobre quaisquer visões, sonhos ou novas revelações que possam aparecer. (Mc 13.31)

2 – Entendemos que todas as doutrinas, idéias, projetos ou ministérios devem passar pelo crivo da Palavra de Deus, levando-se em conta sua total revelação em Cristo e no Novo Testamento do Seu sangue. (Hb 1.1-2)

3 – Repudiamos toda e qualquer tentativa de utilização do texto sagrado visando a manipulação e domínio do povo que, sinceramente, deseja seguir a Deus. (2 Pe 1.20)

4 – Cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus e que contém TODA a revelação que Deus julgou necessária para todos os povos, em todos os tempos, não necessitando de revelações posteriores, sejam essas revelações trazidas por anjos, profetas ou quaisquer outras pessoas. (2 Tm 3.16)

5 – Que o ensino coerente das Escrituras volte a ocupar lugar de honra em nossas igrejas. Que haja integridade e fidelidade no conhecimento da Palavra tanto por parte daqueles que a estudam como, principalmente, por parte daqueles que a ensinam. (Rm 12.7; 2 Tm 2.15)

6 – Que princípios relevantes da Palavra de Deus sejam reafirmados sempre: a soberania de Deus, a suficiência da graça, o sacrifício perfeito de Cristo e Sua divindade, o fim do peso da lei, a revelação plena das Escrituras na pessoa de Cristo, etc. (At 2.42)

7 – Cremos que o mundo jaz no maligno, conforme nos garantem as Escrituras, não significando, porém, que Satanás domine este mundo, pois “do Senhor é a Terra e sua Plenitude, o mundo e os que nele habitam”. (1 Jo 5.19; Sl 24.1)

8 – Cremos que a vitória de Jesus sobre Satanás foi efetivada na cruz, onde Cristo “expôs publicamente os principados e potestades à vergonha, triunfando sobre eles” e que essa vitória teve como prova final a ressurreição, onde o último trunfo do diabo, a saber, a morte, também foi vencido. (Cl 2.15; 1 Co 15.20-26)

9 – Acreditamos que o cristão verdadeiro, uma vez liberto do império das trevas e trazido para o Reino do Filho do amor de Deus, conhecendo a verdade e liberto por ela, não necessita de sessões contínuas de libertação, pois isso seria uma afronta à Cruz de Cristo. (Cl 1.13; Jo 8.32,36)

10 – Cremos que o diabo existe, como ser espiritual, mas que está subjugado pelo poder da cruz de Cristo, onde ele, o diabo, foi vencido. Portanto, não há a necessidade de se “amarrar” todo o mal antes dos cultos, até porque o grande Vencedor se faz presente. (1 Co 15.57; Mt 18.20)

11 – Declaramos que nós, cristãos, estamos sujeitos à doenças, males físicos, problemas relativos à saúde, e que não há nenhuma obrigação da parte de Deus em curar-nos, e que isso de forma alguma altera o seu caráter de Pai amoroso e Deus fiel. (Jo 16.33; 1 Tm 5.23)

12 – Entendemos que a prosperidade financeira pode ser uma benção na vida de um cristão, mas que isso não é uma regra. Deus não tem nenhum compromisso de enriquecer e fazer prosperar um cristão. (Fp 4.10-12)

13 – Reconhecemos que somos peregrinos nesta terra. Não temos, portanto, ambições materiais de conquistar esta terra, pois “nossa pátria está nos céus, de onde aguardamos a vinda do nosso salvador, Jesus Cristo”. (1 Pe 2.11)

14 – Nossas petições devem sempre sujeitar-se à vontade de Deus. “Determinar”, “reivindicar”, “ordenar” e outros verbos autoritários não encontram eco nas Escrituras Sagradas. (Lc 22.42)

15 – Afirmamos que a frase “Pare de sofrer”, exposta em muitas igrejas, não reflete a verdade bíblica. Em toda a Palavra de Deus fica clara a idéia de que o cristão passa por sofrimentos, às vezes cruéis, mas ele nunca está sozinho em seu sofrer. (Rm 8.35-37)

16 – Reafirmamos que, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, sendo os mesmos livres de quaisquer maldições passadas, conhecidas ou não, pelo poder da cruz e do sangue de Cristo, que nos livra de todo o pecado e encerra em si mesmo toda a maldição que antes estava sobre nós. (Rm 8.1)

17 – Entendemos que a natureza criada participa das dores, angústias e conseqüências da queda do homem, e que aguarda com ardente expectativa a manifestação dos filhos de Deus. O que não significa que nós, cristãos, tenhamos que ser negligentes com a natureza e o meio-ambiente, uma vez que Deus não apenas criou tudo, mas também “viu que era bom" (Rm 8.19-23; Gn 1.31)

18 – Reconhecemos a suficiência e plenitude da graça de Cristo, não necessitando assim, de quaisquer sacrifícios ou barganhas para se alcançar a salvação e favores de Deus. (Ef 2.8-9)

19 – Reconhecemos também a suficiência da graça em TODOS os aspectos da vida cristã, dizendo com isso que não há nada que possamos fazer para “merecermos” a atenção de Deus. (Rm 3.23; 2 Co 12.9)

20 – Que nossos cultos sejam mais revestidos de elementos de nossa cultura. Que a brasilidade latente em nossas veias também sirva como elemento de adoração e liturgia ao nosso Deus. (1 Co 7.20)

21 – Que entendamos que vivemos num “país tropical, abençoado por Deus, e bonito por natureza”. Portanto, que não seja mais “obrigatório” aos pastores e líderes o uso de trajes mais adequados ao clima frio ou extremamente formais. Que celebremos nossa tropicalidade com graça e alegria diante de Deus e dos homens. (1 Co 9.19-23)

22 – Que nossa liturgia seja leve, alegre, espontânea, vibrante, como é o povo brasileiro. Que haja brilho nos olhos daqueles que se reúnem para adorar e ouvir da Palavra e que Deus se alegre de nosso modo brasileiro de cultuá-LO. (Salmo 100)

23 – Que as igrejas entendam que Deus pode ser adorado em qualquer ritmo, e que a igreja brasileira seja despertada para a riqueza dos vários sons e ritmos brasileiros e entenda que Deus pode ser louvado através de um baião, xote, milonga, frevo, samba, etc... Da mesma forma, rejeitamos o preconceito, na verdade um racismo velado, contra instrumentos e danças de origem africana, como se estes, por si só, fossem intrinsecamente ligados a alguma forma de feitiçaria. (Sl 150)

24 – Que retornemos ao princípio bíblico, vivido pela igreja chamada primitiva, de que “ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum.” (At 4.32)

25 – Que não condenemos nenhum irmão por ter caído em pecado, ou por seu passado. Antes, seguindo a Palavra, corrijamos a ovelha ferida com espírito de brandura, guardando-nos para que não sejamos também tentados. O que não significa, por outro lado, conivência com o pecado praticado de forma contumaz .(Gl 6.1; 1 Co 5)

26 – Que ninguém seja culpado por duvidar de algo. Que haja espaço em nosso meio para dúvidas e questionamentos. Que ninguém seja recriminado por “falta de fé”. Que haja maturidade para acolher o fraco e sabedoria para ensiná-lo na Palavra. A fé vem pelo ouvir, e o ouvir da Palavra de Deus. (Rm 14.1; Rm 10.17)

27 – Que a igreja reconheça que são as portas do inferno que não prevalecerão contra ela e não a igreja que tem que se defender do “exército inimigo”. Que essa consciência nos leve à prática da fé e do amor, e que isso carregue consigo o avançar do Reino de Deus sobre a terra. (Mt 16.18)

28 – Cremos na plena ação do Espírito Santo, mas reconhecemos que em muitas situações e igrejas, há enganos em torno do ensino sobre dons e abusos em suas manifestações. (Hb 13.8; 1 Co 12.1)

29 – Que nossas estatísticas sejam mais realistas e não utilizadas para, mentindo, “disputarmos” quais são as maiores igrejas; o Reino é bem maior que essas futilidades. (Lc 22.24-26)

30 – Que os neófitos sejam tratados com carinho, ensinados no caminho, e não expostos aos púlpitos e à “fama” antes de estarem amadurecidos na fé, para que não se ensoberbeçam e caiam nas ciladas do diabo. (1 Tm 3.6)

31 – Que saibamos valorizar a nossa história, certos de que homens e mulheres deram suas vidas para que o Evangelho chegasse até nós. (Hb 12.1-2)

32 – Que sejamos conhecidos não por nossas roupas ou por nossos jargões lingüísticos, mas por nossa ética e amor para com todos os homens, refletindo assim, a luz de Cristo para todos os povos. (Mt 5.16)

33 – Que arda sempre em nosso peito o desejo de ver Cristo conhecido em todas as culturas, raças, tribos, línguas e nações. Que missões seja algo sempre inerente ao próprio ser do cristão, obedecendo assim à grande comissão que Jesus nos outorgou. (Mt 28.18-20)

34 – Reconhecemos que muitas igrejas chamam de pecado aquilo que a Bíblia nunca chamou de pecado. (Lc 11.46)

35 – A participação de cristãos e pastores em entidades e sociedades secretas é perniciosa e degradante para a simplicidade e pureza do evangelho. Não entendemos como líderes que dizem servir ao Deus vivo sujeitam-se à juramentos que vão de encontro à Palavra de Deus, colocando-se em comunhão espiritual com não cristãos declarando-se irmãos, aceitando outros deuses como verdadeiros. (Lv 5.4-6,10; Ef 5.11-12; 2 Co 6.14)

36 – Rejeitamos a idéia do messianismo político, que afirma que o Brasil só será transformado quando um “justo” (que na linguagem das igrejas significa um membro de igreja evangélica) dominar sobre esta terra. O papel de transformação da sociedade, pelos princípios cristãos, cabe à Igreja e não ao Estado. O Reino de Deus não é deste mundo, e lamentamos a manipulação e ambição de alguns líderes evangélicos pelo poder terreal. (Jo 18.36)

37 – Que os púlpitos não sejam transformados em palanques eleitorais em épocas de eleição. Que nenhum pastor induza o seu rebanho a votar neste ou naquele candidato por ser de sua preferência ou interesse pessoal. Que haja liberdade de pensamento e ideologia política entre o rebanho. (Gl 1.10)

38 – Que as igrejas recusem ajuda financeira ou estrutural de políticos em épocas de campanha política a fim de zelarem pela coerência e liberdade do Evangelho. (Ez 13.19)

39 – Que os membros das igrejas cobrem esta atitude honrada de seus líderes. Caso contrário, rejeitem a recomendação perniciosa de sua liderança. (Gl 2.11)

40 – Negamos, veementemente, no âmbito político, qualquer entidade que se diga porta-voz dos evangélicos. Nós, cristãos evangélicos, somos livres em nossas ideologias políticas, não tendo nenhuma obrigação com qualquer partido político ou organização que se passe por nossos representantes. (Mt 22.21)

41 – O versículo bíblico “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor” não deve ser interpretado sob olhares políticos como “Feliz a nação cujo presidente é evangélico” e nem utilizado para favorecer candidatos que se arroguem como cristãos. (Sl 144.15)

42 – Repugnamos veementemente os chamados “showmícios” com artistas evangélicos. Entendemos ser uma afronta ao verdadeiro sentido do louvor a participação desses músicos entoando hinos de “louvor a Deus” para angariarem votos para seus candidatos. (Ex 20.7)

43 – Cremos que o Reino também se manifesta na Igreja, mas é maior que ela. Deus não está preso às paredes de uma religião. O Espírito de Deus tem total liberdade para se manifestar onde quiser, independente de nossas vontades. (At 7.48-49)

44 – Nenhum pastor, bispo ou apóstolo (ou qualquer denominação que se dê ao líder da igreja local) é inquestionável. Tudo deve ser conferido conforme as Escrituras. Nenhum homem possui a “patente” de Deus para as suas próprias palavras. Portanto, estamos livres para, com base nas Escrituras, questionarmos qualquer palavra que não esteja de acordo com as mesmas. (At 17.11)

45 – Ninguém deve ser julgado por sua roupa, maquiagem ou estilo. As opiniões pessoais de pastores e líderes quanto ao vestuário e estilo pessoal não devem ser tomadas como Palavras de Deus e são passíveis de questionamentos. Mas que essa liberdade pessoal seja exercida como servos de Cristo, com sabedoria e equilíbrio. (Rm 14.22)

46 – Que nenhum pastor, bispo ou apóstolo se utilize do versículo bíblico “não toqueis no meu ungido”, retirando-o do contexto, para tornarem-se inquestionáveis e isentos de responsabilidade por aquilo que falam e fazem no comando de suas igrejas. (Ez 34.2; 1 Cr 16.22)

47 – Que ninguém seja ameaçado por seus líderes de “perder a salvação” por questionarem seus métodos, palavras e interpretações. Que essas pessoas descansem na graça de Deus, cientes de que, uma vez salvas pela graça estão guardadas sob a égide do sangue do cordeiro, de cujas mãos, conforme Ele mesmo nos afirma, nenhuma ovelha escapará. (Jo 10.28-29)

48 – Que estejamos cada vez mais certos de que Deus não habita em templos feitos por mãos de homens. Que a febre de erguermos “palácios” para Deus dê lugar à simplicidade e humildade do bebê que nasce na manjedoura, e nem por isso, deixa de ser Rei do Universo. (At 7.48-50)

49 – Que nenhum movimento, modelo, ou “pacote” eclesiástico seja aceito como o ÚNICO vindo de Deus, e nem recebido como a “solução” para o crescimento da igreja. Cremos que é Deus quem dá o crescimento natural a uma igreja que se coloca sob Sua Palavra e autoridade. (At 2.47; 1 Co 3.6)

50 – Que nenhum grupo religioso julgue-se superior a outro pelo NÚMERO de pessoas que aderem ao seu “mover”. Nem sempre crescimento numérico representa crescimento sadio. (Gl 6.3)

51 – Que a idolatria evangélica para com pastores, apóstolos, bispos, cantores, seja banida de nosso meio como um câncer é extirpado para haver cura do corpo. Que a existência de fã-clubes e a “tietagem” evangélica sejam vistos como uma afronta e como tentativa de se dividir a glória de Deus com outras pessoas. (Is 42.8; At 10.25-26)

52 – Reafirmamos que o véu, que fazia separação entre o povo e o lugar santo, foi rasgado de alto a baixo quando da morte de Cristo. TODO cristão tem livre acesso a Deus pelo sangue de Cristo, não necessitando da mediação de quem quer que seja. (Hb 4.16; 2 Tm 2.15)

53 – Que os pastores, bispos e apóstolos arrependam-se de utilizarem-se de argumentos fúteis para justificarem suas vidas regaladas. Carro importado do ano, casa nova e prosperidade financeira não devem servir de parâmetros para saber se um ministério é ou não abençoado. Que todos nós aprendamos mais da simplicidade de Cristo. (Mt 8.20)

54 – Não reconhecemos a autoridade de bispos, apóstolos e líderes que profetizam a respeito de datas para a volta de Cristo. Ninguém tem autoridade para falar, em nome de Deus, sobre este assunto. (Mc 13.32)

55 – “O profeta que tiver um sonho, conte-o como sonho. Mas aquele a quem for dado a Palavra de Deus, que pregue a Palavra de Deus.” Que sejamos sábios para não misturar as coisas. E as profecias, ainda que não devam ser desprezadas, devem ser julgadas, retendo o que é bom e descartando toda forma de mal. (Jr 23.28; 1 Ts 5.20-22)

56 – Que o ministério pastoral seja reconhecidamente um dom, e não um título a ser perseguido. Que aqueles que exercem o ministério, sejam homens ou mulheres, o exerçam segundo suas forças, com todo o seu coração e entendimento, buscando sempre servir a Deus e aos homens, sendo realmente ministros de Deus. (1 Tm 3.1; Rm 12.7)

57 – Que os cânticos e hinos sejam mais centralizados na pessoa de Deus no que na primeira pessoa do singular (EU). (Jo 3.30)

58 – Que ninguém seja obrigado a levantar as mãos, fechar os olhos, dizer alguma coisa para o irmão do lado, pular, dançar... mas que haja liberdade no louvor tanto para fazer essas coisas como para não fazer. E que ninguém seja julgado por isso. (2 Co 3.17)

59 – Que as nossas crianças vivam como crianças e não sejam obrigadas a se tornarem como nós, adultos, violentando a sua infância e fazendo com que se tornem “estrelas” do evangelho ou mesmo “produtos” a serem utilizados por aduladores e pastores que visam, antes de tudo, lotarem seus templos com “atrações” curiosas, como “a menor pregadora do mundo”, etc... (Lc 18.16; 1 Tm 3.6)

60 – Que as “Marchas para Jesus” sejam realmente para Jesus, e não para promover igrejas que estão sob suspeita e líderes questionáveis. Muito menos para promover políticos e aproveitadores desses mega-eventos evangélicos. (1 Co 10.31)

61 – Nenhuma igreja ou instituição se julgue detentora da salvação. Cristo está acima de toda religião e de toda instituição religiosa. O Espírito é livre e sopra onde quer. Até mesmo fora dos arraiais “cristãos”. (At 4.12; Jo 3.8)

62 – Que as livrarias ditas “cristãs” sejam realmente cristãs e não ajudem a proliferar literaturas que deturpam a palavra de Deus e que valorizam mais a experiência de algumas pessoas do que o verdadeiro ensino da Palavra. (Mq 3.11; Gl 1.8-9)

63 – Cremos que “declarações mágicas” como “O Brasil é do Senhor Jesus” e outras equivalentes não surtem efeito algum nas regiões celestiais e servem como fator alienante e fuga das responsabilidades sociais e evangelísticas realmente eficazes na propagação do Evangelho. (Tg 2.15-16)

64 – Consideramos uma afronta ao Evangelho as novas unções como “unção dos 4 seres viventes”, “unção do riso”, etc... pois além de não possuírem NENHUM respaldo bíblico ainda expõem as pessoas a situações degradantes e constrangedoras. (2 Tm 4.1-4)

65 – Cremos, firmemente, que todo cristão genuíno, nascido de novo, já possui a unção que vem de Deus, não necessitando de “novas unções”. (1 Jo 2.20,27)

66 – Lamentamos a transformação do culto público a Deus em momentos de puro entretenimento “gospel”, com a presença de animadores de auditório e pastores que, vazios da Palavra, enchem o povo de bobagens e frases de efeito que nada tem a ver com a simplicidade e profundidade do Evangelho de Cristo. (Rm 12.1-2)

67 – É necessário uma leitura equilibrada do livro de Cantares de Salomão. A poesia, muitas vezes erótica e sensual do livro tem sido de forma abusiva e descontextualizada atribuída a Cristo e à igreja. (Ct 1.1)

68 – Não consideramos qualquer instrumento, seja de que origem for, mais santo que outros. Instrumentos judaicos, como o shophar, não têm poderes sobrenaturais e nem são os instrumentos “preferidos” de Deus. Muitas igrejas têm feito do shophar “O” instrumento, dizendo que é ordem de Deus que se toque o shophar para convocar o povo à guerra. Repugnamos essa idéia e reafirmamos a soberania de Deus sobre todos os instrumentos musicais. (Sl 150)

69 – Rejeitamos a idéia de que Deus tem levantado o Brasil como o novo “Israel” para abençoar todos os povos. Essa idéia surge de mentes centralizadoras e corações desejosos de serem o centro da voz de Deus na Terra. O SENHOR reina sobre toda a Terra e ama a todos os povos com Seu grande amor incondicional. (Jo 3.16)

70 – Lamentamos o estímulo e o uso de “amuletos” cristãos como “água do rio Jordão”, “areia de Israel” e outros que transformam a fé cristã numa fé animista e necessitada de “catalisadores” do poder de Deus. (Hb 11.1)

71 – Que o profeta que “profetizar” algo e isso não se cumprir, seja reconhecido como falso profeta, segundo as Escrituras. (Ez 13.9; Dt 18.22)

72 – Rejeitamos as músicas que consistem de repetições infindáveis, a fim de levar o povo ao êxtase induzido, fragilizando a mente de receber a Palavra e prestar a Deus culto racional, conforme as Escrituras. (Rm 12.1-2; 1 Co 14.15)

73 – Deixemos de lado a busca desenfreada de títulos e funções do Antigo Testamento, como levitas, gaditas, etc... Tudo se fez novo em Cristo Jesus, onde TODOS nós fomos feitos geração eleita, sacerdócio real, nação santa e povo adquirido. Da mesma forma, rejeitamos a sacralização da cultura judaica, como se esta fosse mais santa que a brasileira ou do que qualquer outra. Que então os ministros e dirigentes de música sejam simplesmente ministros e dirigentes de música, exercendo talentos e dons que Deus livremente distribuiu em Sua igreja, não criando uma “classe superior” de “levitas”, até porque os mesmos já não existem entre nós. (Rm 12.3-5; 1 Pe 2.9)

74 – Que se entenda que tijolos são apenas tijolos, paredes são apenas paredes e prédios são apenas prédios. Que os termos "Casa do Senhor" e "Templo" sejam utilizados somente para fazer menção a pessoas, e nunca a lugares. Que nossos palcos não sejam erroneamente chamados de "altares", uma vez que deles não emana nenhum "poder" ou "unção" especial. (At 17:24, I Cor 6-19)

75 – Que haja consciência sobre aquilo que se canta. Que sejamos fiéis à Palavra quando diz “cantarei com o meu espírito, mas também cantarei com meu entendimento”. (1 Co 14.15)

76 – Não consideramos que “há poder em nossas palavras” como querem os adeptos dessa teologia da “confissão positiva”. Deus não está sujeito ao que falamos e não serão nossas palavras capazes de trazer maldição ou benção sobre quem quer que seja, se essa não for, antes de tudo, a vontade expressa de Deus através de nossas bocas. (Gl 1.6-7)

77 – Rejeitamos a onda de “atos proféticos” que, sem base e autoridade nas Escrituras, confundem e desvirtuam o sentido da Palavra, ainda comprometendo seriamente a sanidade e a coerência das pessoas envolvidas. (Mt 7.22-23)

78 - Apresentar uma noiva pura e gloriosa, adequadamente vestida para o seu noivo, não consiste em “restaurar a adoração” ou apresentar a Deus uma falsa santidade, mas em fazer as obras que Jesus fez — cuidar dos enfermos e quebrantados de coração, pregar o evangelho aos humildes, e viver a cada respirar a vontade de Deus revelada na Sua palavra — deixando para trás o pecado, deixando para trás o velho homem, e nos revestindo no novo (Tg 1.27)

79 – Discordamos dos “restauradores das coisas perdidas” por não perceberem a mão de Deus na história, sempre mantendo um remanescente fiel à Palavra e ao Testemunho. Dizer que Deus está “restaurando a adoração”, “restaurando o ministério profético”, etc... é desprezar o sangue dos mártires, o testemunho dos fiéis e a adoração prestada a Deus durante todos esses séculos. (Hb 12.1-2)

80 – Lamentamos a transformação da fé cristã em shows e mega-eventos que somos obrigados a assistir nas TVs, onde a figura humana e as ênfases nos “milagres” e produtos da fé sobrepujam as Escrituras e a pregação sadia da Palavra de Deus. (Jo 3.30)

81 – Deus não nos chamou para sermos “leões que rugem”, mas fomos considerados como ovelhas levadas ao matadouro, por amor a Deus. Mas ainda assim, somos mais que vencedores por Aquele que nos amou. (Lc 10.3; Rm 8.36)

82 – Entendemos como abusivas as cobranças de “cachês” para “testemunhos”. Que fique bem claro que aquilo que é recebido de graça, deve ser dado de graça, pois nos cabe a obrigação de pregar o evangelho. (Mt 10.8)

83 – Que movimentos como “dança profética”, “louvor profético” e outros “moveres proféticos” sejam analisados sinceramente segundo as Escrituras e, por conseqüência, deixados de lado pelo povo que se chama pelo nome do Senhor. (2 Tm 4.3-4)

84 – Que a cruz de Cristo, e não o seu trono, seja o centro de nossa pregação! (1 Co 2.2)

85 – Reafirmamos que, quaisquer que sejam as ofertas e dízimos, que sejam entregues por pura gratidão, e com alegria. Que nunca sejam dados por obrigação e nem entregues como troca de bênçãos para com Deus. Muito menos sejam dados como fruto do medo do castigo de Deus ou de seus líderes. Deus ama ao que dá com alegria! (2 Co 9.7)

86 – Que a igreja volte-se para os problemas sociais à sua volta, reconheça sua passividade e volte à prática das boas obras, não como fator para a salvação, mas como reflexo da graça que se manifesta de forma visível e encarnada. “Pois tive fome... e me destes de comer...” (Mt 25.31-46; Tg 2.14-18; Tg 1.27)

87 – Cremos, conforme a Palavra que há UM SÓ MEDIADOR entre Deus e os homens – Jesus Cristo. Nenhuma igreja local, ou seu líder, podem arrogar para si o direito de mediar a comunhão dos homens e Deus. (1 Tm 2.5)

88 – Lamentamos o comércio que em que se transformou a música evangélica brasileira. Infelizmente impera, por exemplo, a “máfia” das rádios evangélicas, que só tocam os artistas de suas respectivas gravadoras, alienam o nosso povo através da massificação dos “louvores” comerciais, e não dão espaço para tanta gente boa que há em nosso meio, com compromisso de qualidade musical e conteúdo poético, lingüístico e, principalmente, bíblico. (Mc 11.15-17)

89 – Que os pastores ajudem a diminuir a indústria de testemunhos e a “máfia” das gravadoras evangélicas. Que valorizem a simples pregação da Palavra ao invés do espetáculo “gospel” a fim de terem igrejas “lotadas” para ouvirem as “atrações” da fé. Da mesma forma, rejeitamos o triunfalismo e o ufanismo no qual se transformou a música evangélica atual, que só fala em 'vitória', 'poder' e 'unção' mas se esqueceu de coisas muito mais fundamentais como 'graça', 'misericórdia' e 'perdão'. (1 Pe 5.2)

90 – Que sejamos livres para “examinarmos tudo e retermos o que é bom” , sem que líderes manipuladores tentem impor seus preconceitos, principalmente na forma de intimidações. Que nenhum líder use o jargão "Deus me falou" como forma de amedrontar qualquer um que ousar questionar suas idéias. (1 Ts 5.21)

91 – Somente as Escrituras. (Jo 14.21;17.17)

92 – Somente a Graça. (Ef 2.8-9)

93 – Somente a Fé. (Rm 1.17)

94 – Somente Cristo. (At 17.28)

95 – Glória somente a Deus (Jd 24-25)

Fonte: José Barbosa Junior (redator e organizador) – www.crerepensar.com.br

Sodomia consagrada em lei e cristãos perseguidos pela lei



A sociedade brasileira, nos últimos anos, tem sido marcada por uma tolerância que chega as vias da apatia. Tolerância com a corrupção na política, com a violência que ultrapassa as cercas das favelas tomando ruas e casas, com os abusos ao indivíduo como no caso dos atrasos nos aeroportos, deixando filas gigantescas e centenas a espera de seus vôos, mas, de todas elas, a mais estapafúrdia é a apatia da Igreja e relação a projeto de Lei contra homofobia (PL nº 5003/01), da deputada Iara Bernardi (PT-SP), que transforma em crime a discriminação de pessoas em razão da orientação sexual. Isso inclui impedir “a manifestação de afetividade” de pessoas do mesmo sexo em “locais públicos ou locais privados abertos ao público”. Quem praticar atos de discriminação poderá ser punido com até cinco anos de prisão. Para tornar-se lei, o projeto ainda precisa ser aprovado pelo Senado e, depois, sancionado pelo presidente da República. São citados vários exemplos. Não se pode demitir uma pessoa do trabalho por ser homossexual. Hotéis não podem se recusar a receber alguém ou cobrar mais pelo mesmo motivo. Os sistemas de seleção educacional e de recrutamento ou promoção profissional também não podem considerar a orientação sexual. O projeto de lei, que tramitava na Câmara dos Deputados desde 2001, vale para gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais.

Ou seja, qualquer creche, escola ou jardim de infância que se recusar a aceitar um travesti ou transexual como profissional de seu estabelecimento poderá ser processado e condenado por crime de discriminação. Também será considerado crime orfanatos, cristãos ou não, recusar casais homossexuais para adoção. Nesse teor, torna-se discriminação, toda decisão que levar em consideração a orientação sexual do indivíduo para deliberar, posse, permanência ou aquisição. Ou seja, nenhum pastor poderá se recusar a casar, ou batizar, alguém levando em consideração sua orientação sexual. Também poderá se caracterizar crime de discriminação, colocando a pessoa em situação de constrangimento, o pregar contra a prática homossexual, não considerar a união legal de casais homossexuais, ou mesmo, aceitar como “família” casais que tenha adotados filhos. Da mesma maneira o coibir “a manifestação de afetividade”, como beijos, carícias e “rala-ralas” dos homossexuais

Na tentativa de se levar o senado a sobriedade, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), que é evangélico, faz várias críticas ao projeto, embora ressalte que respeita os homossexuais. “Se o projeto for aprovado no Senado, vamos ter de proibir o uso da Bíblia - disse ele, reiterando que, apesar de ser contra a discriminação contra os homossexuais, defende a "idéia da família composta por um homem, uma mulher e seus filhos".

A declaração do senador, de que "A decisão dos deputados em aprovar a Lei na Câmara acabou confundindo o respeito devido a uma opção individual da pessoa com o uso do poder do Estado, através do seu corpo de leis, para impor a todos os cidadãos um comportamento que é claramente antinatural", gerou críticas e insatisfação de movimentos ditos “Cristãos”, como O HARPAZO - MOVIMENTO CRISTÃO PELA DIVERSIDADE.

O maior de todos os argumentos é sempre o mesmo. “não devemos mais tratar o próximo com tamanha crueza, afinal de contas, o maior entre todos os mandamentos é o amor”. Também evocam o tradicional “Todos somos filhos de Deus”, portanto “os homossexuais são filhos de Deus e merecem ser tratados como tal”.

Acusam o senador de fundamentar na lei do velho testamento (Levítico 18. 22), seu argumento sem levar em consideração o contexto histórico e cultural do povo hebreu há 4.000 anos! Que o termo abominação “é um termo religioso, usualmente utilizado para condenar a idolatria e não propriamente um mau moral”. Que “o sexo entre iguais era visto como algo fora do padrão aceito por aquela cultura, pois estava associado à prática da idolatria e à violência”.

A punhalada final destaca que os religiosos são “responsáveis por propagar aversão à homossexualidade, provocando o banimento de homossexuais” e “responsáveis por inúmeras mortes e suicídios num grau semelhante à responsabilidade pelo extermínio de bruxas e outros "heréticos" durante a Idade Média e a Renascença”.

No avanço deste processo, nos deparamos com uma máquina que tem se encarregado, não apenas de informar, mas também de formar, a mentalidade coletiva, mudando princípios e conceitos que sirvam aos seus ideais de pensamento e consumo. A Mídia. Uma das principais armas usadas para esse fim é Desacreditar o Cristianismo. A Segunda é tornar o Pecado um aspecto Cultural e Relativo.

A mídia constantemente mostra os cristãos de uma maneira depreciativa. Nos filmes e nas comédias de situação, são sempre retratados como indivíduos fronteiriços, quase loucos, ou como pervertidos. Os líderes cristãos e os pastores são o alvo predileto. Para completar o ideal de uma vida dissoluta e da manipulação de opiniões em massa é preciso mudar conceitos éticos que se contraponham a estas metas e a principal dela é o fundamento Cristão.

Fundamentos e princípios são para o Cristianismo, muito mais importantes que doutrinas. A própria denominação “evangélica” expressa isso. São inúmeros segmentos, diversas visões doutrinarias e comportamentais edificadas sobre o mesmo fundamento e crescendo com os mesmos princípios. Ser cristão não é a prática de uma religião, mas a fé em uma pessoa, que como tal deve ser imitada e seguida, e como Deus adorado temido. Esse homem é Jesus, O Cristo. Jesus é o fundamento, a pedra angular, a Verdade absoluta que jamais poderá ser mudada. Este fundamento incomoda e precisa ser vencido por aqueles que por ele se sentem ameaçados.


Aqueles que abordam aspectos culturais para fundamentar a idéia da liberdade sexual, nada mais querem que estabelecer a libertinagem como um padrão social, transformando aqueles que se recusam a se submeter a isso em pessoas puramente racistas. Não é uma questão individual. O Problema não é com o homossexual, mas com o homossexualismo. Não aceitar o homossexualismo como uma opção, mas defini-lo e tratá-lo como uma depravação, conseqüente da perda da identidade sexual, seja por abuso na infância, por falta de referencial familiar, ou puramente por uma perseguição espiritual, não é preconceito, é conhecimento profundo da verdade. Profundo porque o raso conhecimento apenas alija e isola e o profundo classifica e trata.


Não se trata de ter aversão a um determinado grupo de pessoas, mas abominar o pecado. Vale à pena lembra que o que mudou, na nova aliança, não foi o conceito de pecado, mas a Lei. Ou seja, a forma como o pecador deve ser tratado. No Novo Testamento vemos Jesus buscando levar o pecador ao arrependimento. “Arrependei-vos” Jesus se manifestou para destruir o pecado. Para Salvar o homem DO pecado. O pecado aprisiona, mata!


Jesus, diante da mulher que foi flagrada em adultério (Jo 8.4-11), diz aos Fariseus, os quais ele cansou de chamar de geração adultera e perversa: “Aquele dentre vós que esta sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra”. O cerne da questão não é se apedreja ou não. Matar, agredir, impedir de ir e vir, humilhar, desrespeitar qualquer indivíduo, independente de sua condição física, mental, social ou sexual, sempre será um grande erro. O que está em jogo não é o crime cometido contra o indivíduo, mas o “imputar pecado”. Primeiro, o pecado foi claramente divulgado como pecado. “Aquele que ESTÁ sem pecado que atire a primeira pedra...”. Uma geração adúltera, jamais estaria na condição de aplicar a lei aquela mulher. Segundo, o pecado foi nomeado: Adultério! Finalmente Jesus, a mulher arrependida, disse “...vai-te, e não peques mais”.


A questão do homossexualismo em relação a igreja está exatamente neste ponto. Fica claro que incomodo é o fato de se imputar pecado no lugar de tolerância e admiração. Que fique bem claro que aqui se está falando em relação ao pecado e não em relação ao indivíduo. O problema é que não tem como condenar o pecado sem confrontar o pecador. Por isso, aqueles que imputam pecado às praticas homossexuais são acusados de serem “responsáveis por inúmeras mortes e suicídios”. Uma das razões que leva o ser humano ao suicídio é a culpa. Onde não há pecado não há culpa. Também não existe a necessidade de perdão. Sem pecado, sem culpa, sem necessidade de arrependimento, também não há redenção. A relativização do pecado tira a dor da consciência, impossibilitando a reconciliação com Deus através de Jesus, estabelecendo definitivamente a crucificação como loucura – é a cruci-ficção.


Outro ponto fundamental é a morte da família. A violência é uma conseqüência direta da desestrutura familiar. Com a migração da censura inconveniente para a exposição da imoralidade, um processo de violência de desencadeou, porque, espiritualmente, a violência anda de mãos dadas com a sensualidade. Desde 1988, quando a censura foi abolida houve um processo de degradação da família, abriu-se a porta, não da liberdade, mas da libertinagem. Antes era a “geração perversa” que ditava as regras, agora é a “geração adultera”. A imoralidade, que muitas vezes é praticada livremente, principalmente, desmerecendo o casamento, tem influenciado diretamente na destruição do padrão familiar, afetando a identidade do indivíduo. Os filhos são um produto direto do relacionamento familiar. Como filhos, somos resultado do perfil e relacionamento que nossos pais desenvolveram. Falhas em relação a princípios familiares são comprometedoras. O Lar é a primeira e fundamental escola da vida. Do lar vem o Homem de Bem e o Tirano.


Finalmente, querer, não apenas obrigar a sociedade a engolir a prática homossexual pública, como coisa normal, absolutamente aceitável e comum, como o constituir família, casar-se e viver seus momentos “românticos públicos”, mas também obrigar as instituições religiosas a aceitar e ter que abençoar, sem direito a repudiar e condenar o pecado é, realmente, o Fim do Mundo.


Em resposta aqueles que contestam os argumentos bíblicos taxando-os de legalistas e preconceituosos, resta dizer que; filhos de Deus são todos aqueles que receberam a Jesus através do arrependimento e confissão de pecados. “Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus” (Jo1.12). Aqueles que se convertem dos seus maus caminhos. “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, de sorte que venham os tempos de refrigério, da presença do Senhor” (At 3.19). Jesus não veio para mudar a lei, mas para cumpri-la “Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir” (Mat 5:17). Que o homossexualismo, assim como o adultério, o homicídio, a pedofilia, a prostituição... é PECADO, condenado por Deus em sua palavra, quer no Velho quer no Novo Testamento.


“Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbedos, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus”. (1Co 6:9-10; I Tm 1.9-10). Que não existe amor sem Justiça e o Juízo de Deus vem para estabelecer a Justiça. Em Jesus o pecado foi julgado. Ele veio para salvar o povo dos seus pecados. (Mt 1.21), “porque todo aquele que comete pecado é escravo do pecado” (Jo 8.34). Esse é o verdadeiro amor. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.(Jo 3.16). Esse é o amor de Deus para com o justo e o Juízo para com os injustos. “Quem é injusto, faça injustiça ainda: e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, santifique-se ainda. Eis que cedo venho e está comigo a minha recompensa, para retribuir a cada um segundo a sua obra”. (Ap 22.11-12).


Cabe aqui a reflexão na realidade de esta matéria concebida, porque ainda há liberdade na lei de se abordar a questão, do ponto de vista Cristão, sem ser considerado crime. Até quando isso será assim? Até quando teremos a liberdade de denunciar o pecado sem sofrer as conseqüências impostas por aqueles que querem calar a voz profética da igreja? E a Igreja, vai enfrentar o espírito de Jezabel e arriscar sua cabeça, ou vai se moldar e se conformar com este século, assim como Tiatira, tolerando Jezabel? É bom lembrar que a condenação não é apenas para aqueles que praticam, mas também para aqueles se aprovam os que as praticam. Quem não reprova, aprova.


“Pelo que Deus os entregou a paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural no que é contrário à natureza; semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para como os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a devida recompensa do seu erro. E assim como eles rejeitaram o conhecimento de Deus, Deus, por sua vez, os entregou a um sentimento depravado, para fazerem coisas que não convêm estando cheios de toda a injustiça, malícia, cobiça, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, dolo, malignidade; sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pais; néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, sem misericórdia; os quais, conhecendo bem o decreto de Deus, que declara dignos de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que as praticam.



Fonte: O Renovo
http://www.orenovo.com.br/homofobia.php

Devemos Julgar?



Por Ruy Marinho
"Procuro alguém pra resolver meu problema, pois não consigo me encaixar nesse esquema, são sempre variações do mesmo tema, meras repetições. a extravagância vem de todos os lados, e faz chover profetas, apaixonados, morrendo em pé, rompendo em fé dos cansados....que ouvem suas canções... estar de bem com a vida é muito mais que renascer....deus já me deu sua palavra..e é por ela que eu ainda guio meu viver! Reconstruindo o que Jesus derrubou.. recosturando o véu que a cruz já rasgou.. ressuscitando a lei, pisando na graça, negociando com deus! No show da fé milagre é tão natural, que até pregar com a mesma voz é normal. nesse evangeliquês universal....se apossando dos céus...estão distante do trono, caçadores de deus ao som de um shofar. E mais um ídolo importado dita as regras para nos escravizar:
É proibido pensar !!!!!"

Gostei muito dessa música do grande João Alexandre, que foi muito feliz em seu novo cd "É Proibido Pensar" em abordar um tema tão necessário para a reflexão do povo de Deus. Recomendo o CD.

Nestes últimos dias o que mais nos deparamos é as heresias que estão sendo pregadas em muitas igrejas por aí. A cada dia ficamos mais indignados com tamanha distorção Bíblica, o Evangelho genuíno está sendo deixado de lado e sendo trocado por uma “teologia popular” voltada ao misticismo, aos modismos, as falsificações bíblicas e fetiches populares. Apóstolos, pai-póstolos, gurus gospel tem surgido por aí trazendo um "outro evangelho". A palavra de Deus em sua essência é trocada por modismos, por hierarquias eclesiásticas, por dinheiro e por interesses particulares destes "super crentes". São tantos "chofás proféticos" que não aguento mais tanta barulheira. É tanto "mantra gospel" que meus ouvidos já estão estourando, é tanto ré-plé-plé que meu senso de racionalidade clama por socorro! Quebra de maldições hereditárias onde o crente nunca se converte de verdade, seções de descarrego, sabonetes de arruda, rosa ungida, sal grosso... é tanto "copo d'agua consagrado" que dá até vontade de ir ao banheiro. Unções especiais, urros, gritos, histerias, regressões, encontros tremendos, pastores poderosos, super apóstolos. 

Diante de tudo isso, muitos Cristãos infelizmente tem se calado para tanta heresia, pois existe um conceito errado de que não devemos julgar nada, que não é o nosso papel estar julgando o que ocorre com estas pessoas, principalmente se vamos falar de algum “líder” que esteja em um comportamento que vai contra as escrituras. Resumindo, querem nos calar mesmo! Já não bastasse a perseguição contra os Cristãos que hoje em dia ocorre em muitos lugares no mundo, inclusive no Brasil, ainda temos que aguentar a distorção bíblica de que jamais deveremos abrir a boca de pastor x, apóstolo y, pois são os "ungidos de Deus". Nestes ninguém fala, até Davi foi repreendido pelo profeta Natan, mas estes líderes contemporâneos não podem ser repreendidos por algum erro ou heresia. É proibido pensar, é proibido julgar! Muitas mentes estão sendo cauterizadas por esta "nova doutrina".

Existem algumas passagens Bíblicas que muitos Cristãos têm interpretado erroneamente a respeito de julgamento. Meu compromisso nesta postagem é desmistificar e esclarecer ao Povo de Deus de que não devemos nos calar jamais, pelo contrário, devemos por obrigação exortar e lutar pelo Evangelho genuíno de Cristo, afinal, quem ama luta pela verdade, pois "O amor não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade". (1 Co 13:6).

A primeira passagem Biblica a ser analisada é talvez a mais usada para afirmar que nunca devemos julgar ninguém que esteja praticando e difundindo um erro ou algo que vai contra as Escrituras. Esta passagem é Mateus 7:1
“Não julgueis, para que não sejais julgados.”

Em primeiro lugar deixo claro que aqui JESUS claramente proíbe o julgamento. Mas a grande questão é se JESUS proíbe qualquer julgamento ou somente certo tipo de julgamento. O versículo 1 por si mesmo não nos dá uma resposta para esta pergunta. Por isso temos que aplicar uma regra fundamental para poder interpretar a Biblia. Analisar sempre o contexto da passagem citada para poder saber de que se trata a mesma, pois sabemos que texto fora de contexto é um pré-texto para formar até mesmo uma heresia.

Aqueles que citam esta passagem isoladamente para dizer que não devemos julgar ninguém e ser tolerante estão gravemente equivocados.

Para sabermos de que tipo de Julgamento JESUS proibiu nesta passagem vamos analisar o contexto:

“Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também. Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão” Mt 7:2-5

Analisando o contexto podemos ver claramente que JESUS proíbe especificamente o “julgamento hipócrita”. Jesus diz aos judeus no versículo 1 que eles não devem julgar. No versículo 2, ele dá a razão pela qual eles não devem julgar: o padrão que eles usam para julgar os outros será o mesmo padrão que os outros usarão para julgá-los. Eles não devem ignorar seus próprios pecados, enquanto condenando os mesmos pecados nos outros. Fazer isto é julgar com um “padrão Duplo”, ou seja, julgar hipocritamente.

Não é hipócrita condenar o irmão por uma pequena falta, ou mesmo tentar ajudá-lo a sobrepujá-la, quando você mesmo é culpado de uma falta maior? Esta é a grande questão que JESUS estava colocando diante do povo nesta passagem.

Note que o pecado dos dois pecadores (a pessoa e seu irmão) é o mesmo em dois respeitos. Primeiro, é o mesmo em natureza: em ambos os casos um pedaço de madeira estava no olho da pessoa. Segundo, ambos estão atualmente pecando: o pedaço de madeira estava no olho deles naquele momento. A diferença entre as suas faltas é somente uma de tamanho: um pedaço é pequeno, e o outro é grande. É hipocrisia alguém cujo pecado é maior condenar alguém cujo pecado é menor, sendo em ambos os casos o mesmo tipo de pecado (vs 5). Em outras palavras, uma mulher que está abortando um feto de oito meses não está na posição de repreender um homem que mata um caixa de banco, e o homossexual não está na posição de criticar infidelidades num casamento homossexual!

Mateus 7:1, de acordo com o seu contexto, não proíbe todo julgamento e intolerância, mas somente o julgamento e intolerância hipócrita. De fato, ele requer de nós que, após nos arrependermos dos nossos próprios pecados, condenemos o pecado do irmão como pecado, e ajudemo-lo a se voltar dele.
“tira primeiro a trave do teu olho” , diz Jesus, “e então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão”. Mt 7:5

Jesus ordena uma intolerância genuína, e não hipócrita, do pecado que o irmão comete.

Outra passagem bastante utilizada é João 8:7-11. O contexto é a história da mulher que foi pega no próprio ato de adultério e trazida a Jesus pelos escribas e fariseus. No versículo 7, Jesus diz aos escribas e fariseus: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra”. No versículo 11 ele fala para a mulher: “Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais”. Os defensores da tolerância usam estas palavras para argumentar que ninguém deveria condenar outras pessoas, pois não é melhor que elas.

Embora explicaremos o que significa julgar em maior detalhe mais tarde, estendamos por ora que, quando alguém julga, ela dá um veredicto: Culpado ou inocente. Após ser julgada, a pessoa é sentenciada: A pessoa culpada é condenada (sentenciada ao castigo) e a inocente é liberta. O ponto é que julgar e condenar são duas coisas distintas, relacionadas, mas não idênticas.
Tendo isso em mente, note que Jesus de fato julga esta mulher, mas não a condena. Ao dizer-lhe “vai e não peques mais”, Jesus indica que ela tinha pecado. Em si mesma, a acusação dos fariseus estava correta, e Jesus julgou o pecado como sendo pecado. Isto mostra intolerância pela ação pecaminosa! Seguindo o exemplo de Jesus, devemos dizer aos pecadores que mostrem arrependimento genuíno não mais cometendo pecado.

Embora Jesus tenha julgado a mulher, ele não a condenou. Ela pode ir embora: ela não foi executada. O evangelho para o pecador penitente é:
Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.”­ ­Rm 8:1
Esta é a mensagem que Jesus dá à mulher; o próprio Jesus foi condenado por ela! Ele suportou o castigo que lhe era devido, para que ela pudesse ser livre!
A resposta de Jesus aos fariseus expõe o julgamento hipócrita deles no assunto (o propósito primário deles, certamente, não tinha nada a ver com a mulher; era pegar Jesus em suas próprias palavras. Todavia, Jesus sabia que os fariseus se orgulhavam da justiça própria deles, e respondeu à luz deste fato).
Os fariseus, Jesus Recorda-os, também eram culpados de pecado, e especificamente de adultério, quer físico ou no coração. Porque também não eram livres de pecado, também eram dignos de morte como ela. Assim, ao desejar saber que julgamento ela deveria ter recebido, eles revelaram sua própria hipocrisia e motivação errônea.
João 8:7 e 11 nos ensinam como tratar com outros que pecam. O versículo 11 nos ensina que devemos desejar o arrependimento do pecador; o versículo 7 nos ensina que não devemos fazer isso hipocritamente, nem com motivos errôneos ou de uma maneira imprópria. Contudo, a passagem não quer dizer que nunca devemos considerar as pessoas responsáveis por seus pecados ( isto é, julgar o pecado como sendo pecado).
Agora gostaria de colocar as passagens Bíblicas que nos ordenam julgar.
João 7:24
Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça”.
Outras passagens na Escritura nos ordenam positivamente a julgar. Uma passagem que nos diz isso claramente é esta citada acima. Ela se encontra no contexto da discussão de Jesus com os judeus que questionaram sua doutrina, e tinham-no acusado de ter um diabo (Jo 7:20) e de quebrar o dia do Sábado curando um homem (Jo 5:1-16). A eles Jesus diz: “Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça”. Ao dizer “não julgueis”, Jesus não pretende proibir o julgamento como tal, mas proibir certo tipo de julgamento, como a parte positiva deste versículo deixa claro. Podemos julgar, mas quando o fizermos, devemos julgar justamente.
O julgamento exterior e superficial – isto é, julgar simplesmente sobre base do que parece ser o caso, sem conhecer todos os fatos – é um julgamento imprudente, injusto e sem discernimento, que é contrário ao nono mandamento da lei de Deus. Deus odeia tal julgamento. O Julgamento justo é feito usando a lei de Deus como o padrão pelo qual discernimos se o que parece ser é o caso é realmente o caso.
1 Co 5
1 Coríntios 5 é um capítulo importante com respeito ao dever positivo de julgar. Primeiro, no versículo 3 Paulo declara, sob a inspiração do Espírito, que ele tinha julgado um membro da igreja em Corinto que estava vivendo no pecado da fornicação. Seu julgamento foi “seja entregue [tal pessoa] a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no Dia do Senhor Jesus”. Este é um julgamento ousado da sua parte.
Segundo, nos versículos 9-13, Paulo lembra aos santos do seu dever de julgar as pessoas que estão dentro da igreja, quanto a se eles estão obedecendo ou não a lei de Deus. Aqueles que alegam ser cristãos e são membros da igreja, mas que são julgados como sendo impenitentemente desobedientes a qualquer mandamento da lei de Deus (vs 9-10), devem ser excluídos da comunhão da Igreja. Paulo, sob a inspiração do Espírito, diz para a igreja não tolerar pecadores impetinentes.
Outras passagens:
Outras passagens também indicam que é nossa responsabilidade julgar. Jesus pergunta às pessoas em Lucas 12:57: “E por que não julgais também por vós mesmos o que é justo?”. Jesus repreende os escribas e fariseus em Mateus 23:23 e Lucas 11:23, dizendo: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém fazer essas coisas e não omitir aquelas”. Era o dever deles, de acordo com a lei, julgar – mas eles tinham falhado neste dever. Paulo orou para que o amor do filipenses “aumentasse mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção”. (Fl 1:9). Ele diz aos Corintos: “Falo como a criteriosos; julgai vós mesmos o que digo”. (1 Co 1:15).
Os cristãos são solicitados a examinar tudo e reter o bem (1 Ts 5:21). Eles também são obrigados a provar se os espíritos são de Deus: "Irmãos, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas tem saído pelo mundo afora." (1 Jo 4:1)
Mesmo nas reuniões cristãs eles devem "julgar" o que ouvem: "Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem." (1 Co 14:29).
Os Crentes de Corinto receberam ordens para julgar imediatamente a imoralidade existente entre os seus membros (1 Co 5:1-8). Mesmo o estrangeiro de passagem não deve ser hospedado se for verificado que não se trata de uma pessoa alicerçada na verdadeira fé ( 2 Jo 10,11). E um anátema (maldição) deve ser proferido contra aqueles que apresentarem um tipo diferente de evangelho (Gl 1:9).

Conclusão:
Algumas passagens da Escritura parecem proibir o julgamento, enquanto outras claramente exigem isso. Estudando os contextos daquelas que parecem proibir o julgamento, descobrimos que o que é proibido não é realmente o julgamento em si, mas sim um tipo errôneo de julgamento. Deus odeia o julgamento hipócrita! Mas Deus ama o julgamento justo da parte dos seus filhos. Que ele ama isso é claro a partir do fato de ordenar que o pratiquemos, e de ter dado sua lei como um padrão pelo qual podemos cumprir tal mandamento.
Portanto, é dever de todo Cristão Julgar! Mas este "julgar" não significa fazer injúrias, calúnias ou fofocas sobre a pessoa que está no erro. Se vemos que alguém está se desviando do Evangelho ou pregando heresias, o nosso objetivo principal deve ser alertar, repreender, exortar e conduzir o pecador ao arrependimento e a restauração. Caso a disciplina seja indispensável, ela deve ser feita com seriedade, amor e tristeza, sempre objetivando o arrependimento, e não a condenação eterna do pecador. E com muito temor também, afinal, não somos pessoas perfeitas e ninguém deve ser julgado ou condenado injustamente. E também é nosso dever estar alertando ao Corpo de Cristo sobre determinadas heresias que porventura continuam a ser pregadas e os autores da mesma não querem dar ouvidos.
“Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado.” Gl 6:1
“Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina, pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se a fábulas.” 2 Tm 4:2-3
"Aventura-se algum de vós, tendo questão contra outro, a submetê-lo a juízo perante os injustos e não perante santos? Ou não sabeis que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deverá ser julgado por vós, soi, acaso, indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos? Quanto mais as coisas desta vida!. Entretanto, vós, quanto tendes a julgar negócios terrenos, constituís um tribunal daqueles que não têm nenhuma aceitação na igreja. Para vergonha vo-lo digo. Não há, porventura, nem ao menos um sábio entre vós, que possa julgar no meio da irmandade?" 1Co 6:1-5
Créditos: alguns textos retirados do livro:
"Julgar, o dever do Cristão" – Rev. Doug Kuiper
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